Capítulo 101

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|| Maitê Mendonça Albuquerque ||

Escutei meu despertador tocando e me embolei na cama.

Eu não consegui dormir direito ontem, e agora a preguiça e o sono vão vim com tudo.

Me espreguiçei e me levantei da cama, desliguei meu despertador e caminhei até o banheiro.

Fiz minhas ingienes matinais e lavei meu cabelo, vesti uma calça soltinha preta e um blusão. Finalizei meus cachos e coloquei meu distintivo no pescoço, peguei meu batom e passei o mesmo na minha boca.

Me olhei no espelho e respirei fundo saindo do closet. Peguei minha bolsa e coloquei meu celular dentro dela.

Ontem consegui falar com os pais da Catarina e os mesmos ficaram super preocupados com a filha, eles pediram pra falar com a Catarina e disseram que iriam pegar um vôo hoje de madrugada.

E o Romeu foi até a casa da Catarina com alguns policiais, mais não acharam nenhum vestígio do Henrique, oque me fez ficar preocupada.

Mas o Romeu falou que dois policiais iam fazer ronda na casa, e ele já avisou a todos os aeroportos, então o Henrique não pode sair do Brasil. Estamos em uma caça forte pra encontrar ele.

- Bom dia.- falei sem muita importância

- Bom dia Maizinha.- a Amanda falou sorridente

- Oque tu tem que tá tão feliz?- perguntei pegando meu pão

- Acho que ela deu ontem ao teu irmão. - a Eliza falou bebendo o café e eu caí na gargalhada

- Vai te catar Elizabeth!- a Amanda falou revirando os olhos- Foi a dona Helena pediu pra eu chegar hoje mais cedo pois tinha uma reunião e queria que eu estivesse presente. - ela falou gesticulando- Eu tô ansiosa pra saber do que se trata essa reunião.

- Será que é um aumento no seu salário?- a Eliza perguntou e a Mandy levantou os ombros

- Se for isso eu vou surtar.- a Amanda falou sorrindo

Ela olhou pra mim e eu sorri fraco pegando duas bolachas.

- Oque foi Mai?- a Amanda perguntou me olhando e eu neguei

- Nada não.- mumurei

- Tu tá assim por causa do Henrique?- a Eliza perguntou cruzando os braços e eu olhei pra ela

- Talvez...- falei desviando o olhar

- Maitê, eu já te falei pra tu fazer um boletim de ocorrência contra esse cara, o Henrique é perigoso e tu sabe muito bem disso!- a Amanda falou séria- E além do mais ele tá solto sei lá onde. Não se esqueça que tu não tem que só se proteger por você e sim pelo seu filho.

- A Mandy tem toda razão, e se você denunciar o Henrique, tu vai ter mais proteção. - a Eliza falou me olhando

- Eu sei, mas fiquem tranquilas, não vai acontecer nada comigo!- tentei tranquilizar elas

Talvez essas palavras serviriam pra elas, mas pra mim não. Estou temendo oque pode acontecer daqui pra frente.

- Não tem como ficar tranquila com esse estrupador solto, Maitê. - a Amanda falou se levantando- Toma muito cuidado, por favor.

Concordei e ela veio até mim depositando um beijo na minha bochecha.

- Tchau, e boa sorte na reunião. - ela assentiu sorrindo e saiu da cozinha

- Mai, cê não acha melhor tu ir comigo pro trabalho?- a Eliza indagou se virando pro meu lado- Eu posso te levar e pegar na delegacia sem caô nenhum.

- Não a necessidade Eliza- falei segurando a mão dela- e eu sei me cuidar, cê confia em mim?

- Claro prima, só quero que você se cuide. - ela falou e eu assenti

- Fica tranquila. - beijei as mãos dela- Agora eu vou pro trabalho, até de noite.

Ela concordou e eu me levantei da cadeira, mandei um beijo no ar pra ela e a mesma mandou outro.

Saí da cozinha e caminhei até a sala, peguei a chave do Evoque e saí do apartamento.

Chamei o elevador e entrei no mesmo, passei pela hall do prédio e caminhei até o estacionamento.

Fui até a minha vaga e destravei meu carro, entrei no mesmo e dei partida pra delegacia.

[...]

- Nem uma novidade?- perguntei ao Richard

- Não, eles não encontraram nada.- ele suspirou escorando as costas na cadeira- Esse cara evaporou do mapa, não tem condições.

- Ele não foi em nenhum aeroporto antes de vocês procuraram ele?- perguntei mordendo os lábios

- Não, o Romeu já tinha mandado o aviso pra todos os aeroportos antes da gente ir lá na casa da Catarina- ele passou a mão no rosto- e quando chegamos lá, tinha um pedaço de bolo em cima da mesa. Creio que ele ouviu as sirenes da polícia e fugiu.

Suspirei jogando minha cabeça pra trás. Esse filho da puta tá me dando uma dor de cabeça explosiva.

- E a Catarina? Não vi mais ela.- perguntei deitando minha cabeça de lado na cadeira

- Os pais dela levaram ela na hora do almoço. - o Richard falou calmo- Eles alugaram um apartamento enquanto tudo isso passava. Eu vi o jeito que eles ficaram quando viram a Catarina, pediram até desculpas.

- Ah, que bom que ela tá tendo apoio dos pais.- falei e ele concordou

Ouvi meu celular notificar e peguei o mesmo no meu bolso. Olhei na barra de notificações e vi um número desconhecido, arqueei a sobrancelha e entrei no whatsapp.

|| WhatsApp ||

Número desconhecido

Número desconhecido: Aproveite o máximo que puder, seu tempo está chegando ao fim, Maitê! (6:08)
Mai Mendonça: Quem é você? (6:10)

Saí do whatsapp e desliguei meu celular engolindo fundo. Sei que pode ser só mais um trote de quem não tem nada pra fazer, mas quando li essa mensagem vendo o meu nome nela me deu um frio na espinha que nunca tinha sentido.

- Tá tudo bem?- o Richard perguntou me tirando dos meus pensamentos

- Tá sim.- sorri fraco olhando pra ele- Bom, tá na minha hora, tchau chard.

- Tchau Mai.- me levantei e fiz um toque com ele

Peguei minha bolsa e coloquei meu celular dentro da mesma, peguei minha chave e fechei minha bolsa. Caminhei na hall da delegacia e fui até onde meu carro estava, destravei o mesmo e dei partida pra o meu AP.

[...]

Coloquei o enxaguante bocal na minha boca e gaguarejei o mesmo, joguei ele na pia e abri a torneira da mesma limpando ela.

Peguei a toalha de rosto e sequei meu rosto na mesma, coloquei ela pendurada perto da pia e saí do banheiro.

Caminhei até a minha cama e puxei meu lençol, me deitei na cama e peguei o lençol me cobrindo.

Peguei meu celular em cima do criado mudo e desbloqueie o mesmo, entrei no whatsapp e vi que o número que tinha me mandado mensagem mais cedo visualizou a minha mensagem, mas não respondeu.

Suspirei e apaguei o número do meu WhatsApp, deve ter sido um desocupado tentando me assustar, e conseguiu.

Tantas perguntas tavam na minha mente, mas a pior delas é: Como ele sabe o meu nome?

Passei a mão no rosto e peguei meu carregador colocando na entrada do celular. Coloquei ele pra carregar no criado mudo e acendi a luz do meu abaju.

Me levantei da cama e caminhei até o receptor, apaguei a luz do quarto e voltei pra minha cama.

- Boa noite meu amor. - mumurei alisando minha barriga e depois me arrumei na cama

Não demorou muito pra eu adormecer.

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