21. but I'd marry you with paper rings darling you're the one I want

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Stenio passou a dirigir pelo Rio de Janeiro. Ligou o som, que estava tocando Take Yo' Praise.

- I have to praise you like I shooouuuld. You're so rare, so fiiiiine. I would be so glad if you were mine.. - Ficou cantando enquanto dirigia. Mudou a letra da música o que fez Helô sorrir.

Helô nem tentou disfarçar. Gostava muito de ouvi-lo cantar, já que cantava muito bem.

- Acho melhor eu ir pra casa. - Ela murmurou, com a cabeça deitada no banco do carro, os olhos fixos nele.

As luzes da cidade iluminavam seu olhar. Ou talvez fosse paixão.

- Nããããããão! - Lamentou ele diminuindo o som do carro. - Não aceito! Você evidentemente teve um dia ruim, Helô, só isso. Nada que não possa ser consertado.

Ela simulou um coque com os cabelos longos, mas não o prendeu. apenas encostou a cabeça no banco do carro, prendendo o cabelo ali. A qualquer momento que desencostasse, iria desmanchar.

Continuou encostada e relaxada, assistindo ele dirigir.

- A, tu vai consertar meu dia ruim agora, é? - Ela riu. - Como?

- A gente vai láaaa pra casa. - Disse ele, com uma voz terna, fazendo os planos. - E agora tá na minha vez de cuidar de você.

- Não precisa..

Ele levantou o dedo indicador da mão direita interrompendo a fala dela.

- Para de ser autossuficiente! Eu sei que não precisa, to te falando que vou fazer mesmo assim. Pensa que é um pagamento por todas as vezes que você cuidou de mim depois do acidente.

- Mas eu não sofri um acidente.

- Ah mas da na mesma. O seu atropelo foi emocional! - Ele gesticulou como se tanto faz. - A gente vai lááá pra casa, aproveitar que não tem ninguém lá, você vai ficar quietinha no silêncio, nem a Creusa vai te atrapalhar. Você vai tomar um banho quentiiiinho, usar uns sais de banho lá umas coisas muito loucas que eu tenho, que você vai amar, enquanto isso.. - Ele colocou o indicador na boca, pensativo. - Eu vou fazer algo pra você comer. Só não sei o que. Você tem algum pedido especial? Carbonara? Você gosta do Carbonara. Pronto, decidido, vou fazer carbonara. Abrir aquele vinhozinho que você aaaama, aquele chocolate que você adoooora.

- Você tem tudo isso em casa, é? - Ela comentou, surpresa.

- Ué, meu bem, eu tinha te convidado pra dormir comigo, você acha mesmo que eu não tinha me preparado? Claro que tinha. Somos bons amigos, eu sou bem legal.

- Achei que você tava de mal comigo.

- Eu tava.. To! - Corrigiu ele, fingindo uma cara de bravo só pra tirar um sorriso dela, e conseguiu. - Mas isso não me impede de ser um bom anfitrião.

- Entendi.

- Aí a gente vai comer um pouco, tomar um vinho pra relaxar. Rola massagem, se você quiser. Pra relaxar ainda mais. Um filminho antes de dormir, e tudo. Vou botar o ar condicionado no seu número favorito que é o VINTEEEE e a gente vai dormir naqueles lençóis que você adora que são suuuper confortáveis. Vai ser o máximo!! - Ele comemorou, empolgado, tentando animá-la.

Helô riu leve. Não conseguia parar de olhar pra ele.

- Que foi? Não gostou dos planos? Você pode mudar algo, se quiser. Mas é que nessa ordem eu lembro que te acalmava muuuito quando éramos casados.

Ela sorriu fraco. Encarou a janela do carro.

- Não? Não gostou? - Ele largou a mão direita do câmbio do carro e descansou na perna esquerda dela. Apertou levemente e fez carinho, tentando mostrar para ela que ele estava ali para ajudar, para cuidar dela.

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