Capítulo 5

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Ouço seus amigos rindo, juntamente com loira 1 e loira 2. Arrisco um olhar na direção da loira 3 e daria para definir sua expressão simplesmente como fuzilando com o olhar, tenho certeza que na sua cabeça ela me mata de mil formas diferentes nesse momento. 

— Você é nojento. — Digo enquanto me levanto, apesar de não ser isso que passa na minha cabeça enquanto me apoio nele para levantar. 

— Continue repetindo isso que talvez um dia você acredite, princesa. 

Como alguém pode ser tão babaca e tão incrivelmente bonito, é a dúvida que fica na minha cabeça quando me viro e saio sem responder sua provocação — não que eu admitiria caso alguém perguntasse se acho ele bonito. Uma personalidade dessa destrói qualquer beleza, até mesmo uma como a dele, com seus olhos incrivelmente azuis e seu corpo firme. 

— Ele é ridículo, ridículo. — Digo em voz alta, conforme me afasto. 

— Um idiota, um idiota que eu totalmente pegaria. — Fala Mirella que complementa depois. — Não que ele tenha sequer olhado para mim, já que está claramente interessado em você. 

— Ele não tá interessado em mim. — Protesto. 

— Está sim. — Dizem minhas amigas em uníssono. 

— Ei, você!  Ruivinha com a gorda e a Smurfete! — Ouço uma voz feminina atrás de mim e paro, não por que eu queira conversar e sim pelo ódio que me sobe ao ouvir os apelidinhos. 

Parece que a cada segundo aqui entendo mais o sentimento do Conan, estou começando a odiar esse lugar também. Olho para trás e não me surpreendo ao ver loira 3 vindo em minha direção. 

— Fica longe do meu namorado, sua versão barata da pequena sereia. 

— Acho que você deveria é pedir pro seu namorado ficar longe mim garotinha. 

— Amber, meu nome é Amber, e até onde vi, não foi o Nath que enfiou a cara nas suas partes íntimas, sua vagabunda. 

Quero responder, eu chego a abrir a boca, mas não tenho tempo, pois Mirella se coloca na minha frente e acerta precisamente um tapa no rosto da menina. 

— Isso não foi por você ter me chamado de gorda, porque gorda não é, e nem deveria ser ofensa. Sou gorda mesmo e tenho muito orgulho disso. Isso foi, por você vir dar una de scema para cima da minha amiga, então se você é tão insegura, amarra teu homem numa coleira. Farabutto. 

Ninguém responde nada, acho que muito se deve ao fato de ninguém ter entendido exatamente o que Mirella disse, mas acredito que deu para pegar o principal. 

Em seguida, Mirella se vira e praticamente arrasta a mim e a Tracy pelo caminho. Amber fica no mesmo lugar, com os olhos arregalados. Nisso que dá ter uma amiga com o sangue quente dos italianos aparentemente. 

— Estou morrendo para saber o que você disse para ela em italiano. — Fala Tracy quando chegamos ao nosso quarto. 

— Eu meio que xinguei ela, scema significa tola ou idiota e farabutto é desgraçada. 

— Meu deus, melhor coisa de conhecer você, viu aprender palavrões em italiano. — Fala Tracy e da risada. — Agora muita audácia daquela lá, vir dar uma de louca para cima de você. 

— Ela só ficou bravinha do namorado dela dar mais atenção para mim que para ela, já que ele estava ignorando ela o tempo todo. 

— Como você sabe disso? — Pergunta Mirella me olhando com as sobrancelhas franzidas. 

— Eu vi. 

— Você tem certeza que não está interessada nele, certo? 

— Claro que tenho. Só estou usando os conselhos do poderoso chefão, mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda. 

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