Capítulo 20

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⚠️ Aviso: este capítulo contém citação de sexo não consentido. ⚠️

Quando acordo, não tenho ideia de que horas são, não tenho ideia de onde estou, meu corpo inteiro dói, minha cabeça parece prestes a explodir. 

Abro os olhos e encaro o teto branco do lugar onde estou, não estou no meu quarto, estou sozinha, dolorida e me sentindo suja, num lugar que não sei qual é. As lágrimas escapam do meu rosto quando entendo o que aconteceu, quando noto meu corpo nu, quando percebo a mancha de sangue na cama.

Estou tremendo quando me levanto, minhas pernas quase não sustentam meu peso. Coloco minha roupa com dificuldade, minha calcinha faz arder minha pele dolorida e sensível, o que faz com que mais lágrimas escapem, em seguida pego o celular. O aparelho quase cai da minha mão de tanto que meus dedos tremem, o barulho do chuveiro ligado me deixa apavorada. Não me lembro do que aconteceu noite passada, não sei quem é a pessoa que tomou de mim algo tão precioso, mas, até prefiro que seja assim, não sei se quero colocar um rosto no monstro que toma banho nesse momento. Não quero me lembrar do que ele fez comigo.

Saio do quarto o mais silenciosamente o possível, apenas para correr o mais rápido possível assim que estou fora dali. Meu coração bate tão rápido que chega a doer meu peito. Pego o celular e digito os números com pressa, desesperada.

— Você está atrasada. — Ele diz assim que atende a ligação.

— Preciso de ajuda. Não sei onde eu estou. Por favor. — Digo, as lágrimas caindo profusamente.

— Princesa, respira, se acalma, me manda a localização. Estou indo aí, tá bom.

Após cerca de 10 minutos um táxi para em minha frente, e Nathaniel sai do veículo

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Após cerca de 10 minutos um táxi para em minha frente, e Nathaniel sai do veículo. Estou encolhida num canto olhando para ele com os olhos marejados. Observo-o pagar o motorista e vir até mim, eu me levanto conforme ele se aproxima, ainda trêmula de medo.

— Ei, você está bem? O que houve? — Ele diz quando chega perto de mim. Seus olhos subindo e descendo pelo meu corpo, a preocupação é visível no seu belo rosto.

Não consigo responder. Apenas me jogo em sua direção, envolvo meus braços em torno dele e apoio minha cabeça em seu peito. 

— Pronto, passou, já passou. — Ele diz enquanto passa a mão em meu cabelo, suavemente. — Vem, vamos. Vem comigo Aurora.

Nathaniel passa o braço em torno de mim, e me guia pelas ruas movimentadas de Nova York, sigo ele sem dizer uma palavra.

— Vou te levar para minha casa, tá bom, estamos perto. Não vou te levar para faculdade nessas condições. — Ele diz e eu apenas assinto com a cabeça. 

Caminhamos por cerca de 15 minutos, e em momento nenhum Nathaniel desgrudou de mim, em momento nenhum ele tentou novamente fazer perguntas. Apenas andou com o braço envolta de mim, dizendo eventualmente que tudo ficaria bem.
Quando finalmente chegamos a frente a uma casa grande com a fachada azul, ele para, abre e entra na casa. 

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