Capítulo 15

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Entro no quarto, ainda meio chocada com o que acabou de acontecer. Levo a mão até meus lábios e os toco delicadamente. Eu realmente acabei de beijar o Conan. Isso é incrível, e tudo o que eu mais queria nesse momento é contar para ele, sobre o beijo, sobre mim. Talvez tenha finalmente chegado o momento, talvez eu já tenha esperado muito para isso. 

Sento em minha cama e escrevo 3 vezes o rascunho, estou nervosa, ansiosa e empolgada também. Posso começar a pular e dar gritinhos como uma pré-adolescente, ou, posso começar a me tremer toda. Ainda não sei qual será.

Contenho minha ansiedade ao escrever o e-mail, optando por algo um pouco menos direto. Às vezes, é necessário um pouco de preâmbulo para fazer a coisa toda funcionar. 

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De: tur.p.aurora@gmail.com 
Para: CoNan.o.Barbaro@gmail.com 
Assunto: Está acordado? 

Não sei se está por aí, mas, queria conversar. Tenho algo para contar e acho que estou com um pouco de saudades também. 

Beijos, sua Tur.
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Olho pro celular aguardando uma mensagem que não chega. Perco a conta de quantas vezes atualizo minha caixa de entrada, para garantir que não recebi nada de novo. Meu peito chega a doer um pouquinho, pela ausência de respostas, e, mesmo que eu justifique de mil e uma formas, boas razões para que ele não tenha me respondido, minha mente traidora acaba sempre voltando ao mesmo ponto, e minhas inseguranças todas dão a carinha de uma só vez.

Não sou uma pessoa insegura normalmente, ou, pelo menos gosto de acreditar que não o sou, mas, todo mundo tem alguma insegurança em alguns momentos. Acredito que não ter resposta do cara que você acabou de beijar é um ótimo motivo para isso, mas, talvez eu esteja enganada. 

Fico durante horas, deitada na minha cama, olhando para o teto, fingindo tentar dormir enquanto fico esperando pateticamente a resposta que nunca chega

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Fico durante horas, deitada na minha cama, olhando para o teto, fingindo tentar dormir enquanto fico esperando pateticamente a resposta que nunca chega. Até a festeira da Mirella que chegou tarde da noite no quarto já está dormindo, enquanto eu não consigo pregar meus olhos. O dia definitivamente teve muitos altos e baixos.

O dia começa comigo sentindo como se um caminhão tivesse passado por cima de mim, eu devo ter dormido por duas ou três horas, no máximo até ter que me arrastar ao banheiro e para o refeitório. Tudo até agora indica que esta será uma segunda-feira particularmente ruim.

— Você não está com uma cara boa. — Tracy diz quando se encontra conosco. Tenho estado tão focada em garotos e estudos, que pareço ter perdido, ou, me esquecido de quanto isso é bom. Estar com minhas amigas, conversar.

Tenho sido uma pessoa extremamente relapsa com as pessoas que me amam, me dou conta. Troco poucas mensagens com minha mãe por dia, as amigas que deixei na Inglaterra não ouvem minha voz, há semanas, e até as amigas que conquistei aqui tenho deixado de lado.

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