26 - VOU MATAR TODOS VOCÊS!

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R O B I N

OK! Que porra é essa? O universo deu de fazer tudo se repetir novamente? Meu coco não é de titânio não, tá Universo? Daqui a pouco terei um traumatismo craniano.

Tentei me mexer, abrindo brevemente os olhos e notando que meu tronco estava amarrado em uma cadeira, a qual eu estava sentada sobre ela, óbvio. Fiz uma careta, resmungando assim que senti uma dor enorme na minha bochecha esquerda. Eu levei um soco? Porra! Me deixe pelo menos reclamar primeiro, cacete!

– Olha só... a branca de neve acordou. - Escutei uma voz grave e rouca. Abri novamente os olhos, levantando a cabeça e encarando os homens ali.

– E veja só o que ela encontrou, os sete bobalhões. - Dei uma risada, vendo eles ficarem sérios e o homem que estava mais próximo de mim, desferiu outro soco em meu rosto. – Qual é... Chama isso de soco? Até uma criança de sete anos bate mais forte.

– Já acordou cheia de marra. - Segurou em meu rosto, apertando fortemente minhas bochechas e forçando meu rosto para que ficasse apenas olhando para ele – Você é idiota? Já viu a situação em que se encontra?

– Já estive em piores, e ainda estou viva, não estou? Essa não será diferente. - Tirei meu rosto de seu aperto com brutalidade, deixando um sorriso presunçoso escapar pelos meus lábios – Dando um spoiler, acabará comigo solta e todos vocês, sem exceção, mortos com os crânios esmagados.

Ele começou a rir, assim como os outros.

– Olha só, ela é piadista.

– Pelo menos faço jus ao meu trabalho, já que os patetas riram com o som de suas risadas semelhante aos burros relinchando. Sem ofensas aos animais, apenas com vocês. 

– Desculpe estragar a sua "fantasia", mas você está em um lugar com mais de cem homens. Nem em seus sonhos mais profundos, conseguiria sair daqui, derrubando um por um. - Ignorou completamente o que eu havia dito há segundos atrás, mas podia ver sua irritação.

– Bem louco. Enfim, onde estou mesmo? Aliás, o que estou fazendo aqui? - Perguntei metendo o foda-se para sua fala anterior.

– Nós fazemos as perguntas aqui. Você é uma moça bonita, e pra sua sorte pegamos mais leve com mulheres. - Joguei minha cabeça para trás, encarando o teto, fingindo um bocejo. Ele segurou meu cabelo, puxando com força para que eu voltasse o olhar para o mesmo.

– Credo. Sua mãe não ensinou que deve ser mais delicado com as damas? - Brinquei, recebendo um soco no estômago, o deixando mais irritado quando eu comecei a rir.

– Escute aqui sua filha de uma putinha--

– Mais respeito com os mortos, por favor. - Adverti, recebendo outro soco - Mal educado.

Uma garrafa foi arremessada no mesmo instante, passando a centímetros do meu rosto, acertando a parede atrás de mim e pelo som, se quebrou assim que colidiu com a parede. Um homem alto e com uma barba de papai Noel na juventude, adentrou o local e pelo jeito que os outros homens reagiram, acredito que esse seja o chefe do local.

– Todos, se retiram. - Ele ordenou com seus olhos fixos nos meus. Os homens saíram rapidamente, encostando a porta e nos deixando a sós – Garota abusada.

Caminhou até estar bem próximo de mim.

– Eu vou ser direto. Odeio rodeios. - Enrruguei o nariz. Aquele cara com toda a certeza do mundo não via uma escova de dentes há muito tempo, talvez nem um sabonete ou chuveiro.

Não é à toa que produtos higiênicos são as coisas que mais encontramos.

– Eu quero o seu líder. - Franzi as sobrancelhas - Talvez, se me disser onde ele está, posso ter piedade da sua vida e quem sabe deixar você se juntar à mim e meu grupo. Será a minha cadelinha particular, o que acha? Um bom acordo, não é? – Passou a mão em meu rosto, sorrindo pateticamente com aqueles dentes amarelos, e com a outra mão, apertou minha coxa. Seu tom repleto de malícia me dava nos nervos.

Sobreviva Ou Morra_2° Parte. (Ronancy) G!p Onde histórias criam vida. Descubra agora