14. fácil.

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Me sentei com dificuldades, tirando os braços de Marília que estavam em volta da minha cintura. Me levantei, tirando a blusa que ela tinha me emprestado na noite passada e coloquei a roupa que vim para cá.

Depois que acabei, peguei meu celular e olhei para Marília, pensando no que ela pensaria de mim se acordasse e não me visse ao seu lado.

Tendo esse pensamento, peguei uma caneta em cima do móvel ao lado da cama e escrevi um bilhete curto usando um papel qualquer que estava ali em cima.

Poderia mandar uma simples mensagem, mas a bateria do meu celular tinha morrido.

Saí andando pelo corredor da enorme cobertura, indo até a sala. Antes que pudesse abrir a porta, levei um susto com a figura do moreno ali, fazendo com que eu quase derrubasse meu celular no chão.

— Que susto! — ele foi o primeiro a dizer, colocando a mão no peito.

— Que susto digo eu! — respondi rindo.

— O que faz saindo do quarto da minha irmã a essa hora? — Gustavo perguntou, arqueando a sobrancelha.

— Acho que você já pode adivinhar o porquê. Mas você pode perguntar a ela — fui direta o fazendo arregalar os olhos.

— Parece que minha irmã finalmente perdeu a insegurança — ele sorriu de lado.
— Mais ou menos, mas, aos poucos eu vou fazer com que ela perca — respondi no mesmo tom — Adoraria conversar com você, mas eu preciso mesmo ir, um dia longo de trabalho me espera — mandei um beijo no ar para ele e lhe desejei "bom dia" mais uma vez.

Entrei no meu prédio, indo direto para o banheiro. Eu estava morrendo de fome mas, tinha que tomar um banho e me arrumar primeiro.

Quando acabei, fui correndo até meu quarto, colocar a roupa de trabalho e passar um corretivo embaixo das minhas olheiras e uma base no rosto.

— Mara? — ouvi a voz de Maiara e logo depois ela abriu a porta — Onde dormiu ontem? Ficamos preocupadas — sorri de lado e Maiara, do jeito que me conhecia, logo adivinhou — Quem é a pessoa? — se apoiou no batente da porta, com um sorriso sugestivo no rosto.

— Uma tal de MaríliaMendonça. Conhece? — brinquei. Terminando de espalhar minha base.

Minha amiga ficou olhando para mim como se não acreditasse.

— Marília caiu nos seus encantos? Mas, como? —

— Prometo que te conto quando chegar, preciso comer alguma coisa — passei por ela, indo até a cozinha.

Naiara, minha amiga e outra colega de quarto estava lá, comendo um pedaço de bolo. Assim que Maiara e eu entramos, ela levantou o olhar, sorrindo para mim e para a namorada.

— Eu vou indo. Pelo jeito você vai se atrasar — Maiara disse, pegando apenas uma maçã.

— Sim, devo me atrasar uns dez ou quinze minutos. Pode avisar a Marília por mim? — Maiara assentiu, andando até a namorada e lhe dando um beijo rápido, depois me mandando um beijo no ar.

Fingi que peguei seu beijo, fechando minha mão e guardando meu bolso.

— Você parece... Feliz demais — Naiara falou baixo, me olhando desconfiada.

— Eu dormi na Marília ontem. Nós... Você sabe — fui direta.

Peguei a jarra de suco, colocando no copo e bebendo enquanto comia alguns biscoitos de leite.

Minhas amigas saberiam uma hora ou outra, já que não conseguia esconder as coisas das duas. E elas não contariam pra ninguém mesmo.

— Combinamos que dentro da empresa manteremos nossa relação profissional. O que é um saco — rolei os olhos.

Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️Onde histórias criam vida. Descubra agora