Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️

44 Honduras (Parte 2)

Heyy, como estão?

Boa leitura, me desculpem qualquer erro, ou qualquer parte confusa

Mija - mi hija (minha filha)
Abuela/abuelita (avó/vovó)
Pero (mas)

》》》》》》》》

Me sentei na cama, estranhando o fato de não ter minha namorada ao meu lado. Demorei alguns minutos para acordar de verdade, e ver que eu estava na casa dos meus pais.

Me levantei, indo até minha mala, pegando uma roupa mais confortável e saindo do quarto. Ao passar pela sala em direção ao banheiro, vejo minha namorada conversando animadamente com minha avó.

— Bom dia, amor. Bom dia, abuelita — entro no banheiro o trancando e quando olho no espelho reparo realmente no que eu tinha acabado de ver.

Minha namorada.

Minha abuelita.

Tendo uma conversa.

Fiz minha rotina matinal em uma velocidade incrivelmente rápida e voltei correndo para a sala.

Não quis atrapalhar a conversa das duas, até porque nem ao menos sabia por quanto tempo elas estavam ali, então apenas dei um beijo em Marília e me sentei em sua coxa.

— E aí, Marília... Você coloca tudo no forno, pode colocar em microondas também, mija. Mas o sabor fica diferente no fim — minha avó terminou o que eu achei ser uma receita, e ao olhar de relance para o celular de Marília, vi que ela estava anotando tudo.

— Sobre o que estavam conversando? — perguntei.

— Sua avó estava me ensinando a fazer burritos...

— Mas não qualquer burrito — abuelita a interrompeu — São os meus burritos, é receita secreta e ninguém sabe —Arregalei os olhos com a amizade das duas.

Minha abuela não tinha passado essa receita nem para mim!

— Como assim, dona Viola? A senhora nunca me passou a receita. E ainda sempre diz que eu era a neta favorita — cruzei os braços.

Tentei sair do colo de Marília, mas suas mãos agarraram firme minha cintura.

— Pero... Mas você é, mija — abuela tentou se defender, mas eu continuei com o semblante fechado e com os braços cruzados, só para ver a reação dela — Isa, meu amor. Eu não te passei a receita, porque você não sabe cozinhar — abri a boca sem acreditar nas palavras.

— É claro que eu sei! — me defendi.

— Amor.... Quer dizer, você sabe cozinhar, mas... — Marília entrou na conversa, piorando ainda mais o meu lado — É que... Na primeira vez que você tentou fazer um jantar romântico pra mim, quase colocou fogo na minha casa.

— Quer saber, não vou ficar aqui com vocês, traidoras — saí ainda de braços cruzados.

Cheguei no quarto, deixando que minha feição se suavizasse e minha risada escapasse. Na verdade, eu preferia que minha abuela e Marília falassem sobre comida do que fazendo perguntas constrangedoras para ela.
Fui até a mesa ao lado da cama, pegando meu celular e respondendo algumas mensagens dos meus amigos.

Tinham mensagens de Naiara, Maiara, Débora e Bruno. Perguntando como havia sido a viagem. Tirei esse tempo para respondê-los e quando estava enviando uma mensagem rápida para brujo, avisando que estava bem, minha namorada entrou no quarto encostando na porta.

— Eu sei o que fez — foi o que ela disse, sorrindo de lado com aquele maldito sorriso malicioso que me deixava molhada em segundos.

A situação não era nem para ser sexual, já que ela só estava falando da minha avó. Mas não conseguia resistir aquele sorriso.