Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️

59.Tudo mudou.

Falta tão pouco pra acabar, ninguém me toca.

Então, o próximo capítulo é o último, e vamos ter um mais um extra, aproveitem esse capítulo cute cute

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Estava tudo bem, até que não estava.

Maraisa conseguia se controlar bem. Já estávamos no hospital, e ela já estava na sala de pré parto, andando de um lado para o outro, e se... preparando.

Estava tudo bem até o momento, sua bolsa já havia estourado, e o médico vinha aqui com frequência para ver sua dilatação.

Minha mulher não surtava muito, apenas quando as contrações vinham. Aí ela me xingava, jogava coisas em mim, ou gritava. Mas quando passavam, ela voltava a ser um amor.

Eu estava até achando engraçado a maneira que seu humor mudava tão rapidamente..

— Espero que não esteja rindo de mim, Marília Mendonça — ela me avisa.

Foi bom dar uma risada em meio a confusão que estava na minha cabeça.

Eu estava morrendo de preocupação, eram três crianças, e mesmo que eu saiba que minha mulher é forte, fico pensando em sua recuperação, em como ela vai ficar esgotada depois. Eu pensava em tudo que poderia dar de errado, e isso fazia com que eu ao menos tivesse mais unhas para roer.

— Eu só acho engraçado. Como você parece tão calma, e depois surta? — pergunto.

Maraisa agora estava em uma daquelas bolas de Pilates, cantarolando uma música da Jessie Reyez.

— Não estou tão calma. Na verdade, eu estou extremamente nervosa o tempo todo — sua voz foi calma — Mas você já está surtando por nós duas, parece que é você quem vai parir, então eu prefiro me controlar quando dá. Porque se eu me descontrolar... Ah! Lila, você não sai viva dessa sala.

- Engulo seco, abaixando meu olhar.

Ela está se segurando por mim.

Eu sou tão egoísta, Maraisa quem estava sofrendo mais, e eu ao menos lhe dei oportunidade para surtar. Meus surtos eram os suficientes para nós duas.

Me assusto com seu grito alto, correndo em sua direção e tentando lhe ajudar.

— Porra! — ela grita, me apertando.

Minha mulher me olhando com a feição irritada, e eu sinto que se ela soltasse raios pelos olhos, eu já estaria morta.

Fico um tempo parada, sem saber se me aproximo. Se é seguro. Ou se me afasto, e deixo ela ter o momento dela.

— Me ajuda, merda! — Maraisa responde minhas dúvidas.

A ajudo a se levantar, a colocando mais uma vez na cama. Envolvo minha mulher em um abraço, e logo sinto suas lágrimas molhando meu peito.

Essas mudanças de humor.

— Quando vou ter dilatação? Já estamos aqui há tempos, eu não aguento mais essas malditas contrações!

—Não sei responder sua pergunta, mas sei que ela tem razão. As contrações já diminuíram o período de tempo, mesmo assim. Nada.

Enquanto ela chorava no meu colo, a enfermeira voltou, fazendo o famoso exame de toque. E ao menos ligando para a mulher chorando ali.

Ela já deve estar acostumada.

Quando ela termina, sua feição não foi nada boa, e eu vi que algo não está certo.

— Doutora...

— Me acompanhe, por favor — ela pede. Olho para Maraisa, e ela assente, falando para eu voltar logo.