02.Promíscuo.

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Entrei no meu apartamento deixando minha bolsa e meu salto de lado. Assim que pisei no mesmo, ouvi os latidos e barulhos vindo em minha direção.

- Hey, bebês da mamãe - me abaixo para falar com meus cachorros.

Eu tinha três. Sim, era muita responsabilidade, mas eles me ajudavam a não me sentir solitária nessa cobertura enorme.

Potiguar e Milo eram da raça maltês, eram calmos e não davam muito trabalho, quem dava muito trabalho era o Pitbull, Shark. Ele parecia uma criança pequena, eu tinha até medo de deixa-lo sozinhos por muito tempo sem supervisão.

- Boa noite, Marília - a senhora que trabalha para mim disse, logo atrás.

Ela andava rápido, com sua bolsa de lado.

- Tenho que ir agora, deixei os meninos sozinhos - ela completa se referindo aos netos.

- Claro, claro. Obrigada por tudo e por ficar de olhos nesses mostrinhos - ri comigo mesma.

- O prazer foi meu, até amanhã. Deixei comida no forno pra senhorita não passar fome ou comer besteira -

- Até, Eva. Obrigada - eu digo rindo, a vendo sair pela porta.

Eva era mais que uma empregada, além de me ajudar a cuidar da casa e dos meninos, ela ainda me dava os melhores conselhos e fazia a melhor comida caseira que eu já comi.

Na mesma hora que Eva saiu pela porta, meus bebês saíram também, correndo para algum outro canto da casa.

Suspirei, andando até o centro da sala e me sentando no sofá, pegando o celular para mandar mensagem a minha assistente.

Maraisa estava trabalhando para mim faziam alguns dias e estava fazendo um bom trabalho.

Era tão diferente da última assistente que tinha sido recomendada por Luíza, além de ela errar meu café quase todos os dias, ela adorava passar a mão em mim e depois fingir que era sem querer.

Eu simplesmente odeio pessoas que forçam proximidade, ainda mais na empresa que eu administro, onde eu faço questão de que todo o tipo de contato com meus funcionários seja extremamente profissional, e nada, além disso.

Quando fui enviar mensagem para a senhorita Perreira, vi que tinha mensagem de uma pessoa desconhecida.

Geralmente eu bloquearia na hora.

Mas, ao ler a mensagem eu acabei mudando de ideia.

"Desconhecido 19:32 PM: Oi, chefinha"

Foi a mensagem que eu recebi. Nada a mais. Digitei uma resposta rápida, perguntando quem era.

Ao invés de me responder, a pessoa que me enviou a mensagem, agora enviou uma foto. Uma foto muito explícita.

Nela a mulher estava deitada na cama, apenas com uma calcinha minúscula e pelo ângulo da foto eu podia ver metade dos seus seios. Infelizmente eu não podia ver seu rosto.

Suspiro, sentindo a parte do meu corpo que eu não queria começar a acordar e me incomodar em baixo do short de compressão que eu usava.

Droga, Marília. É só uma foto. Você precisa de sexo.

Digito dessa vez com as mãos um pouco suadas, perguntando quem era mais uma vez.

"Desconhecido 19:34 PM: Não consegue identificar pela foto? Isso é bom"

"Desconhecido 19:34 PM: Não sabe o quanto estou me esforçando para impressionar a senhora"

Pergunto quem é mais uma vez, impaciente e cansada de olhar para aquela foto, que antes a pessoa misteriosa tinha me mandado.

Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️Onde histórias criam vida. Descubra agora