Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️

13. fraco.

Acordo, tateando o outro lado da cama, apenas para ter certeza de que Maraisa não estava mais ali. Me levanto, e a primeira coisa que eu reparo é no pequeno bilhete em cima do móvel que ficava ao lado da cama.

"Bom dia, Marília. Não pense que eu sou daquelas que fogem no dia seguinte. Eu só tive que ir porque trabalho hoje e minha chefe é bem rabugenta, preciso chegar na hora. Gostei muito da nossa noite, queria ter ficado para lhe dar um beijo de 'bom dia', mas infelizmente o dever me chama. Até breve" - Maraisa Perreira.

Termino de ler as frases contidas no papel dando um sorriso e dou um pulo, indo até o banheiro que fica no meu quarto.

Faço minha rotina matinal, acompanhada de um banho e saio do quarto já arrumada para o trabalho.

Entro na cozinha levando um susto com meu irmão ali, bebendo um café enquanto mexia no celular, com as malas ao seu lado.

— Bom dia — digo, andando até a geladeira e pegando uma fruta qualquer.

Eu não costumava comer pela manhã.

— Bom dia, querida. Que bom humor é esse? — dou de ombros, não conseguindo prender o sorriso que estava estampado em meu rosto.

— Não tem motivo nenhum, só estou feliz — mordo uma uva que eu tinha pegado.

— Essa felicidade tem a ver com a latina que saiu do seu quarto pela manhã? Eu levei um susto com ela quando estava chegando — me engasgo com minha uva, não sabendo o que responder.
— Bem, eu... E-er — gaguejo — Sim... — respondo finalmente.

— Não precisa ficar com vergonha, Marília. Não vou falar nada — meu irmão diz, terminando a xícara de café e vindo em minha direção — Tenho que ir, estão me esperando lá em baixo —

Gustavo me dá um beijo no topo da cabeça e depois encosta a sua ali.

— Volto em quatro meses. Não sinta minha falta.

— Eu sempre sinto — respondo prontamente o vendo ir até suas malas.

— Depois que eu voltar, vou fazer uma pausa e só vou em turnê de novo no ano que vem, não se preocupe .

— Eu vou ficar bem. Já aprendi a te dividir com seus fãs — sorrio o vendo me dar um último "adeus".

— Te amo, até.

— Também te amo, Gustavo Mendonça.

Depois que meu irmão sai, eu termino minhas uvas. Me preparando para sair.

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Como sempre, assim que entro na empresa vejo os funcionários correrem para seus respectivos lugares. Era sempre assim, eu já estava até acostumada.

Vou até o corredor do meu escritório, chamando atenção da secretária. Maiara se levanta e vem em minha direção assim que me vê.

— Bom dia, Senhora Mendonça. Maraisa pediu para avisar que ela vai chegar uns dez minutos atrasada — Maiara diz.

— Diga a ela para ir a minha sala assim que ela chegar — respondo, continuando meu caminho.

— Mais uma coisa. Tem alguém na sua sala, esperando pela senhora — Franzo o cenho, me perguntando internamente quem poderia ser. Ansiosa, apresso meus passos, chegando na minha sala e encontrando minha amiga ali.

— Bárbara! — ando até ela, lhe abraçando — Que saudades! — exclamo.

A de cabelos negros se levanta, retribuindo meu abraço apertado.
Como eu senti falta de Bárbara.