24. Parceiros no crime.

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Esse capítulo faz menção a estupro e pedófilia. Se cuidem, fujam dos seus gatilhos.

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Já faziam alguns minutos que Marília tinha me mandado a mensagem de que chegaria com meu chocolate e nada.

Assim que ela saiu do quarto de emergência do hospital, a médica veio, perguntando gentilmente o que havia ocorrido na festa. Depois de eu contar sem muitos detalhes as coisa, seguido da minha decisão de não denunciar, ela me deu alta.

Naiara e Maiara me trouxeram para a casa de Marília e até agora, quase duas horas depois, elas ainda pareciam maravilhadas com o apartamento da minha querida e rica namorada, elas olhavam para tudo com os olhos brilhando e já exploraram toda a casa, excluindo o quarto de Marília.

Eu já havia tomado um banho e colocado uma calça e uma blusa de Marília e elas ainda estavam comentando sobre o quanto o apartamento era grande.

- Sério! Dá pra morar com uma família aqui, tem quatro quartos. Quatro! Por que uma mulher, que antes era solteira, iria querer morar em uma cobertura com quatro quartos - Maiara exclamou.

Eu ri, negando.

Não podia julga-la já que na primeira vez, também fiquei horrorizada com o tamanho da casa que Marília morava praticamente sozinha, já que seu irmão mal parava em casa.

- Os cachorros comem melhor do que a gente. Eu vi a ração deles, são aquelas rações caras que tem no pet shop, mas a gente não passa nem perto e vai direto na ração mais barata - Foi a vez de Naiara dizer, enquanto olhava para potiguar deitado debaixo da mesa de centro.

Shark estava no meu colo. Eu fazia carinho no pitbull, pensando onde diabos minha namorada estava.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta e todos os três cachorros saíram correndo, provavelmente reconhecendo o cheiro da dona.

Me levantei também, indo em direção a porta e franzindo o cenho.

- Desculpe a demora, amor. Te trouxe barra de chocolate e sorvete. E também eu...

- O que houve com sua mão? - a interrompi, pegando em sua mão enfaixada - Lila? O que aconteceu? Você 'tá bem? - fiz as perguntas rápido, sem deixar que minha namorada respondesse.

- Eu tive um pequeno imprevisto, não se preocupe - Ela beijou minha testa e foi até a sala.

Marília agradeceu minhas amigas por terem me trazido até aqui em segurança e por terem cuidado de mim, como se eu fosse um bebê.

Me despedi das duas também, que logo viram que Marília e eu tínhamos muito a conversar. Quando elas saíram eu cruzei os braços, me sentando no sofá ao lado da minha namorada.

Quando eu ouvi o barulho das minhas amigas fechando a porta, decidi falar com Marília mais uma vez sobre sua mão enfaixada.

- Baby? - chamei sua atenção - Eu te conheço, sei que não foi apenas um "imprevisto", o que aconteceu?

- Eu fui até a casa do Danilo e as coisas foram um pouco além do que eu imaginei.

- ela revelou tão baixo que eu não pude ouvir.

- Você o quê? - perguntei, só para ter certeza do que eu ouvi.

- Fui até a casa dele, avisar pessoalmente que ele estava demitido. Ele disse algumas coisas que eu não gostei e eu acabei deixando a raiva falar mais alto - ela explicou, se levantando e indo até seu quarto, sem deixar que eu falasse nada.

Fui atrás dela.

- Você quebrou a mão batendo na cara dele? - perguntei incrédula.

- Não foi a mão inteira, eu só desloquei o pulso, mas... não teve muitas complicações e em menos de um mês eu vou poder tirar o gesso. Talvez até em duas semanas, o doutor falou - Marília disse, tirando toda a roupa e entrando no banheiro.

Por que não? •Marília Mendonça • |G!p| ♻️Onde histórias criam vida. Descubra agora