17. monstro das cócegas

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— vai, atende - me levanto e começo a morder minha unha.

— yuri... - ele parecia meio bêbada - você é um grande arrombado, você sabe? ain que eu sempre senti falta, vai se fuder

— thainara, que porra você tá fazendo me ligando? e você tá bêbada? - o yuri fecha a cara, ele tá irritado.

— ariel braga, esse nome... ele me perturba desde que a gente tinha 15 anos, sempre foi a melhor, a mais gostosa e a mais bonita... - franzo o cenho na hora que ela fala isso - e quando eu consegui roubar você dela... eu fiz o que tinha que fazer.

— e te dei o que ela nunca poderia ter dado - a thainara finaliza.

— como assim, ela fez o que tinha que fazer? - me ligo no que ela que dizer - yuri, puta merda - balanço a cabeça.

— já é esperado de você essas coisas thainara, a gente não deu certo por conta disso, da sua falta de caráter - ele balança a cabeça.

— e porque você quer ficar brincando de casinha de boneca todo dia, ain minha família, não sei o que minha família - ela fala - eu não quero a ariel perto da minha filha, você escutou não é?

— você não pode fazer nada e eu não vou deixar você levar ela de novo, como aconteceu no internacional, não vou mesmo - ele desliga.

já tinha lágrimas descendo pelo meu rosto.

— sereia - o yuri se levanta e vem na minha direção, eu recuo.
— você escutou ela, não me quer perto da ysis - mordo meu lábio e olho pra ele ainda chorando.

— nossa guarda é amigável, ela não pode fazer nada que interfira nisso - ele me abraça - vem cá

— ele tá certa, ela deu o que você com certeza iria querer algum dia - olho pra ele - o que eu não posso dar.

— ariel, ei - ele levanta meu rosto - esse não é o único jeito de ter um filho, ou seu pai precisou transar pra ter o aquino? - ele sorri.

— não, não precisou - limpo minhas lágrimas,

— e mesmo assim ele é um braga, seu irmão, filho do seu pai - ele beija minha testa - criação é o que importa, claro que o sangue é um fator importante, mas o aquino é tão seu irmão quanto o abraão ou o atlas.

— só me abraça, yuri - olho pra ele e ele faz o que eu peço.

———
17.11.22
são bernardo do campo, são paulo

painho, a buma vomitou ontem, então se acontecer de novo, o senhor vai ter que dar remédio a ela - entrego a ele a bolsinha do remédio.

— você vai pra onde mesmo? - o atlas pergunta enquanto come cereal.
— pernambuco - olho pra ele - que saudades - sorrio.

— vai tentar falar com seus avós? - o papai pergunta enquanto está com a buma no colo.

— não - cruzo os braços - eu tenho que ir, que eu vou comprar umas coisas antes de viajar - dou um beijo na bochecha do papai - amo vocês.

— também te amo - o atlas fala.

———
são josé dos campos, são paulo

— ela falou isso mesmo? - a tainá pergunta e cruza as pernas.

— falou e parece que tudo que eu senti naquela época voltou - cruzo os braços.

Meu Camisa 9 ! Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora