Ponta tempestade

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A fúria é nossa

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A fúria é nossa

Desde que tivera onze anos, Aemond soube que não possuía o amor de seu pai.

Nem de ninguém.

Sua mãe e seu avo estavam sempre ocupados dando holofotes para seu irmão mais velho, o preparando para ser um rei que ele nunca seria.

Aemond estava bem acostumado a ser apenas um peão, preparado cumprir sua missão de levar seu irmão a sua mãe, preparado para morrer desde que sua sina estivesse igualmente morta. Alguém solitário nas noite. Afinal não havia beleza em si. Seu rosto era deformado, seu corpo era de um combatente. Os suspiro que ouvia pelas paredes eram de perturbação, ele sabia.

Quando foi procurado em seus aposentos ao meio da noite, ele sabia que o Rei havia morrido, tal como dissera a pouco que iria. Aemond tentou buscar algum sentimento dentro de si que não fosse agrado por finalmente as cartas serem postas as mesas, mas falhou. Havia apenas rancor em si em suas lembranças pelo pai.

—Chamem minha irmã— Aegon pediu aflito, quando Sor Criston Cole e Aemond o encontraram escondido no alto septo de Baelor. Aemond reprimiu a vergonha que sentia daquele verme em sua frente. —Deem a coroa a ela! Eu não a quero! Por favor meu irmão, irei apanhar um navio no porto e fugir, nunca mais me verão.

O conselho verde se reuniu. Eles articulavam a sucessão escondida de Aegon, sem que a notícia vazasse. As pressas. 

Aegon se ergueu de sua cadeira.

—Disse uma vez e torno a repetir, eu não quero essa coroa. Ainda não é tarde, mandem um corvo a minha irmã.

Aemond estava recostado no pilar observando como seu irmão era fraco. Ele se desgrudou dali quando Otto relembrou que a princesa Rhaenyra nunca aceitaria termos de paz, e que toda sua linhagem deveria ser morta para assegurar o reinado de Aegon.

Ele estaria em seu aposento, avisou aos membros. 

Aegon saiu totalmente frustrado da reunião de planejamento, de repente, assassinar crianças, seus sobrinhos, não parecia ser o certo a se fazer, mas se ele refletisse bem, sua própria reinvindicação não parecia certa para começo de conversa.

Haveria apenas um que poderia ajudar em seu pequeno esquema. Por isso, deu meia volta e chamou seus guardas.

Nunca faria sentido na cabeça de Aegon porque o seu irmão sempre optou pela reclusão depois que foi costurado meistre após o acidente. Havia ouvido do próprio que ele fora explicitamente contra ele voltar a montar, claramente, seguindo as ordens da Rainha Mãe, uma Hightower, que nunca compreendia o significado de um Targaryen proibido de voar em seu dragão.

Aegon desde o acidente, e o afastamento com seus sobrinhos, quis estreitar relações com o obscuro homem e tentou diversas vezes, mas seu irmão nunca abria uma réstia de brecha. Aemond fazia uma rotina árdua de treinamentos, voos sob Vhagar, torneios, e competições para provar sua força, ao mero sinal de aproximação ao irmão, era respondidas com o sarcasmo e o escárnio próprio. Quando reclamou disso com sua irmã-esposa num dia que quis ver os filhos ela sorriu, e disse que ele não sabia apreciar a conversa com o Targeryen. Intrigado Aegon relembrou as raras conversas e encontrou alguma consideração para com ele por parte de seu irmão, como quando respondia sobre como esperava que sua inabilidade para pensar com lógica acabasse por contagiar os demais lordes de seu conselho e que logo teriam sua segurança nas mãos de um bando de ovelhinhas amedrontadas e pequenas. Na mente retorcida de Aemond isso era um modo de dizer que ele devia alterar o rumo das conversas e rever inimizades desnecessárias, ou foi isso que Aegon conseguiu captar. 

𝕺𝖘 𝖘𝖊𝖓𝖍𝖔𝖗𝖊𝖘 𝖉𝖆 𝖌𝖚𝖊𝖗𝖗𝖆 • 𝕷𝖚𝖈𝖊𝖒𝖔𝖓𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora