Lágrimas do Dragão

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Duas faces tem a moeda.



Acorde!

O esgar violeta abriu num supetão, erguendo o tronco afoito e sentindo a dor aguda na lombar o envergar seu corpo por completo. Ele moveu as mãos até essa parte em sua barriga, encontrando folhas arbóreas apodrecidas grudadas na pele por uma gosma amarela. Aemond mordeu os lábios grosseiramente, os dentes rasgaram a pele e gotículas de sangue brotaram acompanhadas do suor no rosto e nas costas.

AHG! — rosnou, contraiu-se em imediato, a fisgada retumbou até suas estranhas, unhas arranharam a própria coxa no intuito de descontar a carga visceral que sentiu.

—Não mexa, príncipe, a ferida ainda está bem aberta — Ele virou a cabeça para voz, encontrando Alyx Rivers, com sua capa negra e semblante enigmático. Aemond a olhou melindrado, como uma criança perdida.

— Lucerys .... ele!... Eu! -Preciso... — Sua voz saiu entrecortada e arfante, como um miado falho e rouco, a cabeça do príncipe começava a rodar em delírio. Alys mudou sua postura para preocupada.

Ela se aproximou e sentou-se ao lado dele na cama.

—Shiuu! — Alys assoviou, o fazendo recostar na parede, o toque de mão na pele exposta do peito de Aemond, o transferindo uma energia em ondas calmante. — Procure não se esforçar, Luke está bem.

Ele a olhou túrbido de espanto, mesmo que ela ainda o fitasse tranquila. Aemond assentiu devagar, ainda que sentisse as dores das facadas, ela tornou-se tolerável através dos toques da mulher. Rodou o olhar por todo o quarto e acuou por não o reconhecer.

—Aonde eu estou? — Questionou, testando sua voz e recriminando-se por ainda soar fraco e engrolado. Alys sorriu suave a ele.

— Está seguro.

— Me sinto muito confuso — Ele conta, fechando os olhos com força ao senti-lo lacrimejar e flash vindo como pontadas em sua cabeça. — Eu me lembro de sangue e fogo por toda parte...

Alys fica cabisbaixa, havia sentido pela ligação todo o desespero que bombeou pelo coração do príncipe.

—Entendo... — Fala vagamente — O homem que o mutilou tinha muita raiva dentro de si, eu suponho que ficara uma cicatriz horrível... atearam fogo em você, queimou dos pés à cabeça.

— Eu não, não sinto as queimaduras — Aemond estranha, ele abre o olho e visualiza sua pele alva intacta e límpida, e então mira Alys, mordendo o lábio como se medisse suas palavras.

— O fogo não o queimou, príncipe, apenas nos cabelos.

Aemond rapidamente leva as mãos à cabeça e se desespera ao não encontrar seus longos fios prateados, apenas tufos incompletos e buracos crestados.

𝕺𝖘 𝖘𝖊𝖓𝖍𝖔𝖗𝖊𝖘 𝖉𝖆 𝖌𝖚𝖊𝖗𝖗𝖆 • 𝕷𝖚𝖈𝖊𝖒𝖔𝖓𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora