Porto Real

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Caos não é um abismo, caos é uma escada

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Caos não é um abismo, caos é uma escada.






Rhaenyra Targareyn não era uma mulher comum, essa percepção estaria a milhas da realidade. Bastaria um longo olhar sob si e todos perceberiam assombramento sua notoriedade. 

Ela não foi criada para ser íntegra quando desafiada, alguém que dedicaria sua vida a alguma causa ou gasta suas noites sofrendo pelas vidas perdidas dos inimigos. Não, ela foi acostumada a conquistar tudo na marra, se fazer ser ouvida, respeitada, validada. 

Repassou a carta, estarrecida, a todos seus conselhos após ler a mensagem. Um nome sangrento e tremulo. Um aviso claro e evidente. 

Lucerys estava vivo e nas garras de Alicent.

Mais uma vez, ela pesou asperamente: seus Deuses precisam pôr a prova se ela realmente merecia ser a rainha.

Quando abriu os olhos após fecha-los dolorosamente, encontrou um Daemon ardente encarando-a. Os olhos vermelhos de fúria, os cabelos platinados perfeitamente alinhados, vestes de malha, armadura reluzente, a cara amargamente raivosa.

Ele aguardava Rhaenyra obstar. Ela não iria.

A princesa devolveu o olhar muda, sem precisar ler a linguagem corporal dele, ele desejava a guerra.

—Estão nos provocando — Lorde Corlys falou após ler, a voz amaciada por estar em recuperação. — Brincando com nossos psicológicos! 

O coração batia mais rápido, ela se sentia sufocada por todos. Sabia perfeitamente onde iria se seguisse seu coração.  

—Lucerys está morto, minha rainha — Sor Erryk Cargill deu um passo, assegurando — Conheço o Príncipe Aemond, ele não teria poupado o nosso príncipe. Esse pergaminho é uma jogada para nos distrair, para te enlouquecer, vossa graça.

—E se ele estiver vivo e respirando? Lucerys é o herdeiro de Driftmark e sua vida é mais valiosa do que sua morte, contra-atacar pela dúvida terá a narrativa de que somos os rebeldes violentos. — Rhaenys rilhou, malbarata.

Daemon encarou a figura de sua prima. Estatura e postura de uma rainha e ela com certeza era uma sílfide. Seus olhos eram ardil para quem fosse pego desprevenido por seus olhares fugidos. Sua presença oprimia qualquer um. 

Uma mulher muito escorregadia e perigosa.  Ele sempre soube.

Daemon sorriu presunçosamente.

—Os lordes de Westeros são ovelhas. O que eles pensam não importa para Dragões.

Rhaenys era o tipo de mulher a qual o diabo vinha pedir favores, ele sabia. Ela riu lampeja com sua fala, prefulgurando.  

—Você consegue se superar em tolice, meu príncipe. — Gracejou — Seria realmente delicado se surgíssemos massacrando toda Westeros para no fim, Lucerys aparecer brilhante.

𝕺𝖘 𝖘𝖊𝖓𝖍𝖔𝖗𝖊𝖘 𝖉𝖆 𝖌𝖚𝖊𝖗𝖗𝖆 • 𝕷𝖚𝖈𝖊𝖒𝖔𝖓𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora