Os Strong de Harrenhal

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Já somos amaldiçoados, pode nos elogiar à vontade

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Já somos amaldiçoados, pode nos elogiar à vontade.





Os corvos alcançaram voo assim que o crepúsculo desaparecia dos céus.


Lucerys despertou num sobressalto. Debilitado e ferido, ele não queria sentir a queimação em seus músculos com tanta força toda vez que respirava. Mas sentia.
Encontrou numa cama enorme, quente e confortável, tanto, que ele desejava retornar ao sono, entre os travesseiros de plumas e cobertores. 

O quarto era na fortaleza vermelha, ele soube.

Como exatamente ele parou ali, permaneceria um mistério. Uma onda de miséria o acompanhou. Ele estava muito longe de casa.

Viu também que estava limpo e perfumado. Vestes de dormir. Um relampejo cruzou sua mente.

Ponta Tempestade. Arrax. Aemond.

Havia uma ama o encarando extasiada e ela soltou um gritinho abafado ao vê-lo acordado. Lucerys se assustou também, mas conseguiu manter impassível ao encará-la. Ela se apressou a sair correndo para fora do quarto.

Ele tentou ficar de pé. Amaldiçoou todos os deuses quando sentiu o ar frio atingiu sua pele. Seus machucados latejaram mais pelo movimento abrupto. As pernas bambearem e ele caiu de volta ao colchão. 

Os punhos fecharam e mesmo grunhindo, ele quis saltar. Mas desistiu, era doloroso e inútil. Voltou a deitar-se. 

Não demorou para que a porta abrisse de novo, e o próprio Aemond Targaryen entrasse no quarto, com a mesma senhora de antes em seu encalço. Ele parou a alguns passos da porta, encarando-o daquele jeito que parecia o assassinar pela forma como seus olhos brilhavam. Lucerys se encolheu em si.

—Sobrinho! — exclamou jocosamente— Pensei que não acordaria mais.

—Há quanto tempo estou aqui? — embora quisesse ter soado mais firme, sua voz saiu engrolada e fraca. A garganta arranhando de secura.

—Três dias inteiros. — Contou sério, aproximando-se — Como se sente? 

Lucerys riu num gracejo irônico. 

—Do jeito que se espera quando é afugentado por Vhagar — ele cuspiu. Sentindo as lagrimas encherem seus olhos — Arrax está morto. Estou com dor até nas células. Deve estar contente, afinal sua besta é uma demente mesmo após séculos. 

— Disso não posso discordar. — Disse Aemond com cuidado. — Sinto muito por Arrax, não consegui impedir Vhagar.

—Não minta. —  Seu tom foi cortante — Você a instigou a me seguir, você queria isso. Eu só não entendo por que estou vivo.

Aemond emundou-se. Também não sabia pôr em palavras o que o motivou a resgatar o Príncipe Lucerys.

Talvez a percepção ao vivo de que não queria ser um assassino de parentes.

𝕺𝖘 𝖘𝖊𝖓𝖍𝖔𝖗𝖊𝖘 𝖉𝖆 𝖌𝖚𝖊𝖗𝖗𝖆 • 𝕷𝖚𝖈𝖊𝖒𝖔𝖓𝖉Onde histórias criam vida. Descubra agora