Apagões e Calmaria

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A brisa tímida tocava o rosto da ruiva, assim trazendo o cheiro da maresia e bagunçando seus cabelos soltos

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A brisa tímida tocava o rosto da ruiva, assim trazendo o cheiro da maresia e bagunçando seus cabelos soltos. Na varanda da única casa que existia naquele pedaço de praia, Nayeon apoiava as mãos sobre o parapeito de madeira e aproveitava o momento enquanto podia desfrutar da imensidão azul um pouco mais a sua frente. Surpreendeu-se ao sentir mãos maciais tocar-lhe a cintura e um arrepio tomou conta de seu corpo quando a sua namorada depositou um beijo molhado em sua nuca descoberta.

— O que está fazendo aqui? — Jeongyeon a virou de frente para si e a ruiva pode desfrutar do corpo da namorada apenas coberto por suas roupas íntimas. — Vamos voltar para o quarto… — A morena pediu manhosa.

— Eu estava pensando no que aquelas duas podem estar fazendo agora. — A mais baixa respondeu, passando os braços ao redor do pescoço da outra que fez uma careta em desaprovação a resposta.

— Elas vão sobreviver. — Jeongyeon pausou por alguns segundos e colocou uma mecha do cabelo da namorada delicadamente atrás de sua orelha. — E nós duas vamos aproveitar esse tempo juntas, tudo bem? — Nayeon assentiu.

— Você tem razão. Eu só fico um pouco preocupada mesmo. — Jeongyeon entendia a preocupação da namorada, ela também ficava. Mas Chaeyoung e Mina já eram crescidas o bastante para se virarem sozinhas.

— Elas vão ficar bem, Nay… — O tom de Jeongyeon foi arrastado e fez a mais baixa estremecer em seus braços. — Vamos voltar para o quarto…

— Você está impossível hoje, sabia?

— Estou? — A mais alta indagou cínica, mas logo aproximou o rosto em direção ao pé do ouvido da namorada. — Eu preciso que me esquente, estou com frio. — Aquela frase havia saído mais sugestiva do que ela mesma planejara.

Se a ruiva não havia cedido até agora, aquele foi o momento exato que ela parou de pensar nas duas amigas e focou na sua namorada. Aqueles seriam longos dias.

Longos e prazerosos dias.

• • •

— Son Chaeyoung!

Uma escova de cabelo foi atirada com violência em direção a porta. Se a morena não possuísse bons reflexos aquilo, com certeza, deixaria um belo de um galo em sua testa. Mas ela não tinha culpa, não imaginava que a loira tinha ido trocar de roupa no banheiro do corredor principal.

Chaeyoung fechou a porta rapidamente e segurou o riso. Com certeza se a outra ouvisse ela rir naquele momento daria um jeito de fazer o objeto atravessar a porta e acertar bem no meio de seu rosto.

Ela não podia arriscar, certo? Certo.

— Foi sem querer, eu juro! — A morena mantinha o corpo encostado a porta e tentava se explicar.

Acaso Prometido | MiChaeng Onde histórias criam vida. Descubra agora