Retorno e Lágrimas

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— Eu não sei com quem aprendeu a jogar isso, mas estou começando a levar para o lado pessoal, Yeri

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— Eu não sei com quem aprendeu a jogar isso, mas estou começando a levar para o lado pessoal, Yeri. — Chaeyoung diz um pouco emburrada.

Estava mais uma vez na cadeia por duas rodadas.

— A culpa não é minha se os dados não gostam de você. — A garota provocou, causando uma risada coletiva.

Era quase final de tarde e no centro da sala, mais precisamente sobre o tapete, as garotas jogavam um dos tantos jogos de tabuleiro que estavam guardados no porão. Chaeyoung, Mina, Momo, Joohyun e Yeri pareciam imersas em não falir enquanto jogavam Monopoly e Dahyun estava na cozinha esperando a pipoca ficar pronta.

— Eu estou quase falindo... — Joohyun lamentou observando as poucas cédulas do dinheiro falso em suas mãos.

— Você ainda pode ganhar com os aluguéis. — Momo explicou. — Eu, por exemplo, ainda não fali porque vocês vivem caindo nas minhas propriedades.

— Eu já cai em duas das suas avenidas, Moguri. Não adianta, esse jogo é um roubo. — A de franjas bufou.

— De roubo a Chaeyoung entende, afinal, vive na cadeia. — Yeri provocou mais uma vez.

— Esses dados que são viciados, quando eu não caio na cadeia diretamente, caio em alguma casa que me mande para lá. — A indignação da morena com o simples jogo de tabuleiro mostrava o quanto ela era competitiva.

— Certo, vamos deixar a Chaeyoung em paz um pouco e focar no jogo. — Mina partiu em sua defesa. — Joga os dados, Joohyun. — A loira passou os dois dados para a garota a sua direita.

A loira seguiu jogando, tentando dividir o foco entre a rodada e o carinho que fazia nas madeixas escuras de Chaeyoung, que permanecia deitada com a cabeça sobre seu colo desde que havia perdido a vez. O cafuné foi quase como automático, mas sentia-se um pouco envergonhada por notar alguns olhares, por mais que as garotas tentassem ser discretas e pareciam ter feito um acordo silencioso para não as constranger.

— O que foi? — Chaeyoung perguntou baixo.

Mina não notou que acabou divagando enquanto mantinha o olhar na morena. Parecia ter se tornado algo comum se pegar olhando-a simplesmente sem motivos, apenas como se aquele fosse seu ponto de fuga favorito.

— Nada. — Ela respondeu. A morena sorriu mostrando os dentes e a loira derreteu-se por dentro.

Por um momento recordou-se sobre o acampamento e também do momento que tiveram dentro da cabana, onde suas inseguranças falaram mais alto no final da noite e ela acabou indo dormir com pensamentos não muito agradáveis. Dois dias haviam se passado desde aquela noite e ela buscou não pensar muito sobre o ocorrido, prometeu a si mesma tentar sem colocar nenhum outro obstáculo e estava fazendo isso, embora sentisse algo fora do lugar.

Talvez mais uma de suas paranoias.

— Seis! — A loira saiu de seu devaneio quando ouviu Yeri berrar os números do dado. A vez de Joohyun passara e ela sequer notou.

Acaso Prometido | MiChaeng Onde histórias criam vida. Descubra agora