O olhar castanho da loira repousou em um ponto qualquer do assoalho mais à frente, estava na sala da grande casa, enquanto um filme qualquer passava na tv, apenas para evitar o silêncio. Chaeyoung estava ao seu lado, ambas sentadas sobre o tapete felpudo, desfrutando de um café da manhã simples posto sobre a mesinha de centro.
Mina sentia-se anestesiada.
Após o beijo trocado na cozinha, decidiram levar o café da manhã até aquele cômodo e comer por ali mesmo, mas a partir do momento em que se sentou no tecido macio, ela pareceu mergulhar na própria bolha de pensamentos.
Chaeyoung, que estava ao seu lado, passando geleia de morango na sua torrada, olhou-a de soslaio. Se pudesse ter um poder, escolheria o de ler pensamentos e entender o que se passava na mente da loira, mas não possuía, então fez o que pessoas normais fazem. Ela perguntou.
— No que tanto pensa? — A morena indagou curiosa. — Em você.
Mina quase disse, foi por pouco.
— Apenas algumas coisas idiotas. — Ela sabia que agir daquela forma não ajudaria em muita coisa, mas era acostumada a pensar demais, planejar demais. Sentia que havia saído dos trilhos e não saber o que fazer depois a amedrontava.
— Compartilha comigo. — Chaeyoung pediu, deixando as torradas sobre o prato e depositando toda a sua atenção na garota ao seu lado.
— Não sei se devo encher você com as minhas paranoias. — A loira disse de forma baixa, mais um pouco e a outra não a ouviria.
Chaeyoung encostou suas costas no sofá atrás delas, dobrou os joelhos e apoiou os braços sobre o mesmo. Pensativa com a fala da mais alta, ela perguntou-se mentalmente o que seria dali para frente, poderia dar tudo certo ou dar tudo errado, mas não podia fingir que nada tinha acontecido a partir daquele ponto.
O toque dos lábios macios da loira sobre os seus ainda estavam gravados em sua mente e ela jurou ainda poder sentir o gosto do beijo e o toque das mãos quentes e pequenas em sua nuca. Chaeyoung, por mais confusa que pudesse parecer, não estava disposta a desistir naquele ponto e deixar tudo do jeito que estava antes.
Uma semana havia sido mais do que suficiente para que ela pudesse ver a outra com outros olhos, ou que pelo menos notasse o quanto tanto negava inconscientemente. Lembrou mais uma vez de quando foi o porto seguro da garota em meio a tempestade e da sensação de importância quando teve os braços dela rodeando o seu corpo, querendo apenas a sua presença, precisando apenas do seu cuidado.
Chaeyoung queria estar ali para Mina.
E admitir aquilo para si mesma causava pequenos redemoinhos em seu estomago, como se borboletas voassem de um lado para o outro. Sentia-se insegura e receosa, mas se deixasse aquilo tomar conta de si, o beijo durante a madrugada sequer teria acontecido e sabe-se lá por mais quantos dias elas seguiriam daquela forma.
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Acaso Prometido | MiChaeng
FanfictionCONCLUÍDA Cansadas de ter que aturar suas melhores amigas em um pé de guerra há dois anos, as namoradas, Jeongyeon e Nayeon, decidem bolar um plano como uma última tentativa de fazer aquele inferno acabar de uma vez por todas. E o plano envolvia: u...