Cap 20 - Mal entendido.

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OI GAYS

Tô só passando pra dá oi mesmo e dizer que talvez, eu mude a capa dessa fic, não se espantem se caso acontecer kk

é só isso. boa leitura!

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Pov Marília Mendonça

Marcela havia completado um ano. Era a criança mais linda do mundo e digo isso não porque era minha filha, mas por ser uma verdade irrefutável. Ela era doce, brincalhona, amava meu colo e já conseguia dar seus próprios passos embora ainda não fossem tão coordenados. Seus pequenos e gentis olhos caramelizados tinham um brilho especial quando ela me olhava. Ela sabia que eu era dela e que ela era minha. Minha vida, meu futuro e todas as minhas ações agora eram destinadas àquela criança que mudou meu mundo da melhor forma. Forma que eu jamais imaginaria que fosse possível alguém mudar.

— Você é linda, sabia? — rocei meu nariz no dela, ouvindo sua gargalhada ecoar pela cozinha.

Ela tinha a boca suja de morangos. Estava comendo sozinha... na verdade tentando.

— É sim! — ela amava minha voz melosa. Beijei o topo da sua testa, sendo invadida por seu cheiro de neném. — Coisa linda da mamãe.

— Ma-mam... — aquele pequeno sorriso com poucos dentes falando exatamente aquela palavra fez meu coração se esquecer de como se batia corretamente.

— Meu Deus! — eu quase gritei com a mão na boca. — O que você disse? Você falou "mamãe"? Cacete, você falou mamãe, eu não acredito.

— Mamam, ma-mam... — ela parecia feliz em pronunciar aquelas palavras.

A tirei daquela cadeirinha e a enchi de beijos. O amor era tão, tão grande que não cabia no meu peito e eu precisava demonstrá-lo a todo instante. Eu beijava suas bochechas como se minha vida fosse depender desse momento. Ela amava e sempre ria com um pequeno nervosismo, envolvendo suas pequenas mãozinhas no meu rosto enquanto eu lhe dava o mais puro e forte amor que existia.

Agora eu sorria orgulhosa enquanto via minha pequena mesmo que com um pouco de dificuldade, se vestir sozinha para a escolinha. Ela parecia estar levando uma surra da calça moletom que fazia parte do uniforme, e eu estava abobada demais para reagir e ajudá-la. Seus cabelos estavam com o penteado que eu amava fazer. Preso em cima e solto em baixo, com sua franja devidamente aparada e penteada. O pequeno casaco acompanhado da blusa social, uma legítima miniatura da mãe.

— Filha, vem cá. — pedi e ela veio com seus passinhos curtos. Ajeitei a calça, colocando-a devidamente na linha do quadril, não no umbigo como ela havia deixado. Logo aquela peça não caberia mais nela.

— Vai me levar na escola? — perguntou enquanto eu passava a mão pelo seu uniforme, tirando alguns pequenos amassados.

— Vou sim. — sorri orgulhosa. — Tempo que eu não faço isso, não é?

Ela afirmou com a cabeça fazendo um pequeno bico pensativo.

— Eu gosto quando você me leva. Gosto quando o vovô me leva também, mas gosto mais quando é você.

— Mamãe ainda vai te levar muito pra escola. — beijei seu nariz, a fazendo sorrir com os olhinhos cerrados. — Até você ser uma adolescente e não querer minha presença por perto.

— Igual tia Yas com a vovó. — gargalhamos juntas.

— Exatamente assim.

Como há muito não fazíamos, tomamos o café da manhã juntas e em seguida minha mãe nos levou de carro até a sua escola. Marcela ia falando animada no caminho sobre tudo o que estava aprendendo, o que me levava a uma realidade que dali para a adolescência seria apenas um pulo. Eu estava envelhecendo e logo minha pequena garotinha se tornaria uma jovem independente que não grudaria em mim como agora. Eu não precisaria mais amarrar seus sapatos, servir sua comida ou pentear seus cabelos. Ainda tinha tempo, claro que tinha, mas cada minuto que eu perdia ao seu lado durante esse tempo eram minutos que não teriam volta.

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