— Ela acabou de sair. Fiquem atentos ao carro. Eu quero fotos. As melhores fotos.
"Acidente próximo a Avenue Delancey D, Filadélfia, PA. Ambulâncias partiram para o local, mas ainda não há números ou informações sobre as vítimas."
"Repórteres e jornalistas no local confirmam que o carro pertence à Maraisa Pereira, cantora que estava atualmente em turnê na cidade. No carro com ela, apenas sua segurança, Marília Mendonça. Ainda não há informação sobre o estado de saúde de ambas."
Pov Marília
Tudo havia acontecido rápido demais.
Por mais que minha mente não conseguisse reviver de forma completa todos os momentos, eu ainda podia reprisar o exato momento em que Maraisa entrou no carro. Apesar de dizer que estava bem, seu corpo estava tenso. Havia acontecido algo que eu deixaria para descobrir quando chegássemos ao restaurante.
E infelizmente, não deu tempo.
Maraisa acelerou assim que notamos as motos nos seguindo. Inúmeras câmeras sensacionalistas apontadas para nós. Mas por quê? Com que propósito? De onde eles surgiram?
— Onde está Maraisa? — tentei me levantar da maca mas fui imobilizada por um homem ruivo que pedia com o olhar para que eu ficasse quieta. — Porea, você não pode impedir que eu a veja.
— Se acalme. — o socorrista pediu. — Maraisa está sendo atendida na ambulância ao lado. Junto com os outros feridos. Logo ela será encaminhada para o melhor hospital da cidade.
Fechei os olhos com força sentindo as lágrimas descerem. Meu corpo inteiro doía, tinha algumas partes machucadas por conta da batida do carro. Só não estava pior que meu coração, que só se acalmaria quando soubesse algo sobre ela.
— Você não ouviu? É fratura exposta. Estamos indo para o hospital agora. — meus olhos se arregalaram ao escutar uma voz desconhecida. Eu tentava mover a cabeça procurando em desespero por quem falava, mas o objeto que imobilizava meu pescoço não me permitia. — Raul não está nada bem, e nem sei se vai ficar.
Por eu não conseguir ouvir nenhuma réplica, concluí que o homem estava no telefone. A equipe de socorristas também atendiam um homem desconhecido que estava ao meu lado. Ele estava acordado e calado, mas não parecia fisicamente muito debilidado.
— Pra mim essa merda já deu. O Alexandre já perdeu sangue do nariz e agora o Raul... chega! — Alexandre. O mesmo paparazzi que Maraisa havia quebrado o nariz. — Covarde ou não, eu tô fora, Matias. Ir atrás desses famosos já é difícil, com as ordens de Lauana então... é quase uma missão suicida.
A maldita mulher tinha um dedo — senão a mão inteira — nisso. Senti meus punhos se fecharem com força, levando uma forte dor ao meu ombro esquerdo. Dei um pequeno grito chamando a atenção de uma socorrista que se aproximou preocupada.
— Meu ombro dói. — eu tinha o peito ofegante.
— Consegue apertar minha mão? — ela encaixou sua mão na minha. — A aperte o máximo que você conseguir.
Eu assenti com o pescoço rapidamente.
— Não. Por favor, não faça isso. Apenas aperte, você consegue?
Apertei sua mão como ela havia pedido e ela tocou alguns pontos do meu ombro fazendo eu me encolher de dor.
— Você é uma mulher de sorte. Se tivesse quebrado, seria complicado continuar sua função.
Minha função. Que merda de trabalho mais inútil foi minha função nesse tempo todo? Maraisa não precisava de minha segurança. Nunca precisou. Pelo menos porque Lauana era a fonte de todo o mal causado a ela.
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My Protection - Malila
FanfictionO que você faria se fosse obrigada a ter uma segurança particular? Após uma festa muito louca regada a bebidas e drogas, Lauana Prado, empresária de Carla Maraisa impõe uma segurança particular para acompanhar todos os seus passos e quem sabe assim...