sixteen.

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10 de Dezembro de 1978

FINNEY BLAKE SOUBE que estava vivo assim que a dor em sua cabeça foi forte o suficiente para acorda-lo do sono.

Mortos não sentem dor, sentem?

Ao finalmente conseguir abrir os olhos e ver o pesadelo de porão que ainda se encontrava, a realidade caiu sobre os ombros do garoto. Lembranças anteriores preencheram seus pensamentos, tornando tudo mais claro. Ele e Olivia tentaram fugir, eles falharam, ela tentou salvar ele, o Sequestrador a machucou e depois o machucou.

Olivia recebeu socos, pelo o que Finney lembra. Ai meu Deus, ela estava bem? A preocupação tornou-se pânico ao perceber que a melhor amiga não estava ao seu lado. Passando o olho por todo o cômodo, nenhum sinal da garota. Finney chamou seu nome instantaneamente, mas foi em vão.

— Não, não, não, não...

A garota não estar mais ali só poderia significar algo ruim, como ela estar com o Sequestrador agora sendo obrigada a algo que o Blake não poderia nem imaginar ou sua morte. Honestamente, ele não conseguiria dizer qual o pior.

Finney Blake gritou, mesmo tendo noção que não adiantaria. Talvez só precisasse aliviar a angústia que sentia, ou talvez esperasse que Olivia Stagg escutasse onde quer que tivesse, que ela gritasse de volta e ele soubesse que estava bem.

Uma bolha de vergonha e culpa o engoliu com uma ferocidade assustadora. Com o corpo tremendo de medo do destino de Liv, o garoto se permitiu chorar. Sentiu-se como se todos os próprios fracassos que já sofreu passassem a lhe atormentar de uma vez só, o assombrando como fantasmas.

Por que ele não correu? Que tipo de pessoa não tem controle do próprio corpo?

Ele deveria ter a protegido, merda.

Se Robin Arellano estivesse lá, faria o que Finn foi incapaz de fazer - os protegeria - e Olivia estaria ali com ele, bem.

Um dia, a comparação ainda iria lhe matar. Isto é, se o Sequestrador falhar nessa missão.

Desesperado, o Blake se direcionou até a porta do porão e distribuiu inúmeros chutes exacerbados, uma tentativa falha de fazer com que abrisse a mesma. Com sua perna não sendo forte o bastante, o garoto resolveu lançar o próprio corpo contra o metal. O impacto do material duro contra sua pele era forte e o explodia em dor, mas não o suficiente para dar qualquer rastro que estava abrindo-a.

Nunca o suficiente.

Finney repetia o nome da melhor amiga em meio aos gritos, como um disco arranhado. Com a raiva de si mesmo, da situação e do homem que os sequestrou o guiando na sua inútil atitude de tentar abrir a porta, ele podia sentir a pele se abrindo aos poucos em pequenos arranhões devido o impacto. O metal nem ao menos mexia. Ele estava dando o próprio suor, sangue e lágrimas em vão.

𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐎𝐑, the black phone Onde histórias criam vida. Descubra agora