thirteen.

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  flashback
9 de Dezembro de 1977

GRIFFIN STAGG SENTIA-SE intocável quando estava perto de sua irmã, Olivia.

Desde que se entende por gente, não passou por uma situação sequer de medo de junto dela.
Ao seu lado, ninguém o provocava. Ao seu lado, era como se todo perigo do mundo sumisse.

Há na sociedade uma cultura dos homens protegerem as donzelas, os irmãos as irmãs. Bem, ao ter estes padrões invertidos em sua vida, tendo que recorrer a irmã para cuidar de si, Griffin foi taxado de viado, bicha, baitola. Não é preciso dizer que Olivia não deixou barato, mas mesmo assim isto o fazia questionar seu valor. Se em algum dia ela estivesse em perigo... como iria ajudar? As vezes, se sentia imponente.

Deitado no colo de Olivia, aninhado e encolhido como um gato, Griffin desejou ser um super-herói. Ele, modestamente, não se importava com o poder a ser ganho, apenas gostaria de um para ter como defender sua irmã se um dia precisasse.  Ele a salvaria, como nos filmes, e todos em sua escola o aplaudiriam. O pequeno Stagg sorriu ao visualizar mentalmente a cena.

— Está pensando em que, Griffn? — Olivia o despertou de seus pensamentos, reparando no mundo da lua que se encontrava.

Os irmãos Stagg adoravam assistir a filmes nas sextas feiras, era uma tradição boba mas importante para ambos. Neste dia, deitados no sofá largo da sala, eles optaram por ''Puff - O Ursinho Guloso''. Desenhos animados eram os favoritos deles, pois os faziam rir a ponto da barriga doer.

— Gostaria de ser um super-herói! — respondeu o mais novo.

— Ah é? E qual poder gostaria de ter? Eu gostaria de ter super força, assim nenhum babaca iria me atormentar.

— Isso não vale, Liv! Você já é super-forte, não precisa do poder! Eu não sei qual gostaria de ter... Talvez voar, como um pássaro! — Ele sorriu de forma tão genuína que contagiou a garota.

Após alguns minutos, o filme chegara ao fim. Griffin, que era acostumado a dormir cedo, bocejou.

— Venha, Griffin, vamos para a cama.

— Ah, Liv, agora não! Amanhã não temos aula, não preciso dormir agora! — Resmungou ele.

— Se for descansar agora, te conto uma história! — Chantagiou Olivia, sabendo que seria jogo vencido.

Dito e feito, em segundos o pequeno Griffin pôs seu pijama e se ajeitou na cama, lutando para não bocejar novamente. Ao seu lado, aconchegou-se a mais velha, fazendo carinho nos cabelos louros do irmão enquanto pensava numa história.

— Certo, vamos lá. Era uma vez, num bosque muito, muito distante, uma mamãe pata. Ela carregava, em sua barriga, vários patinhos, que, um dia, nasceram. Todos na família eram amarelinhos e gorduxos, umas fofuras... Mas, no meio deles, havia um patinho cinza e magrelinha, super diferente dos outros. Os irmãos do patinho ficaram espantados pela diferença dele, e o deixaram de lado. A mamãe dele também.

𝐒𝐔𝐑𝐕𝐈𝐕𝐎𝐑, the black phone Onde histórias criam vida. Descubra agora