Mᴀʟᴜǫᴜɪᴄᴇs

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— Você é maluca.- era incrível a maneira literal a qual me submetia correr riscos tão facilmente, e era exatamente isso que eu estava fazendo agora, mais uma de minhas maluquices.

— Só de vez em quando.- respondi enquanto entrava no vestuário masculino, logo me deparando com a figura do moreno seminu entre um dos armários.

— Já pensou se te' veem entrando?- enunciou fechando o móvel e se virando para me vislumbrar.

Ele me fitava expressivo, era impossível não notar a irritação em seu tom de voz, sua mandíbula travada e seu senho franzido explicitavam sua postura, e como se não bastasse pôs seus braços a cima de seu peitoral exposto, os cruzando em seguida. O homem vestia apenas uma boxer descorada em tom pastel, tonalidade essa que transparecia moderadamente seu membro rígido.

— Sabia que você fica muito sexy quando tá' enfurecido.- dialoguei indo até o mesmo em passos lentos.

— Por acaso você ouviu alguma coisa que eu falei?- indagou assim que envolvi meus braços em torno de seu pescoço efetuando um débil arranhão em sua nuca, enquanto cumulava seus ombros com mordiscadas escassas passeando meus lábios finos por toda a extensão de seu tronco, deixando alguns selares arrastados.

— Princesa.- murmurou entre suspiros— Eles podem entrar aqui a qualquer momento, não quero problemas pra' nós.

— Por que resiste tanto se sabe que não consegue.- proferi convencida após parar com as carícias e o encarar de um jeito modesto.

Assim que as demais palavras abancaram de meus pensamentos e vieram ao mundo sou empurrada para a parede detrás de mim, ao sentir o impacto desígnio com o ambiente sólido sou virada de costas constantemente.

Em um movimento ágil minhas mãos são postas sobre minha cabeça, sendo levemente apertadas pelo homem que as prendia. Num passe sagaz sinto seu corpo se aproximar do meu, com a mão livre ele aperta a minha cintura dando um fraco belisco que resultou em arrepios pelo momento propínquo. Após tentar me soltar de seu aperto fui surpreendida pelo seu tronco elevado em minhas coxas, fazendo com que nossas intimidades entrassem em contato. 

Mantendo a posição percebi o aperto em meus pulsos amenizar, calmamente foi descendo suas mãos para o meu quadril e quebrando nossa aproximação de outrora.

— O que você tá' fazen- sou interrompida com uma falsa estocada sendo simulada, acanhando ainda mais vossas intimidades necessitadas, um longo suspiro escapa de meu interior, provocando uma risada no maior.

— O que dizia...- pronunciou em meu ouvido aconchegando progressivamente sua boca ali, o sopro que ele dera no local me fizera arfar, e demonstrando-se satisfeito se desfaz dessa junção, em um rápido movimento me vira de frente para repará-lo, que logo me encara atenciosamente esperando que dissesse algo.

— Idiota.- instiguei envergonhada pela forma que era observada.

— Você que pediu.- fez um movimento de redenção com as mãos— Além do mais- sussurrou— Eu sei que gostou.- conteve uma risada assim que me viu rolar os olhos.

— Pombo irritante, cortou meu barato.- disse cruzando os braços.

— O pombo que você ama.- comentou os descruzando.

Feito isso o mesmo segura minha mão direita, a levando diretamente para seu rosto, com isso acaricio o local o vendo fechar os olhos e sentir meu toque comumente. Aproveito seu momento de distração, levo minha mão livre em direção ao seu membro já elevado o apertando em seguida, rapidamente o homem se desvencilha de seus olhos fechados, os abrindo para me fitar indignado.

Sem demora enlaço meus braços novamente em sua colina coberta por pelagem atacando seus lábios.

Automaticamente sinto suas mãos me envolverem em um abraço delongado, esse com direito de passeios impróprios por certas regiões do meu corpo, sentindo sua língua invadir meu paladar pressiono seus lábios aos meus, a melodia que passara pela minha cabeça com certeza nunca fizera tanto sentido quanto agora, ele tinha razão, era visivelmente um pombo irritante, mais um pombo que eu amava.

Sem interromper o beijo Richarlison alisa minhas coxas, e delicadamente vai me levantando e erguendo contra seu corpo, não perco a chance de prender minhas pernas em volta de sua cintura, sem quebrar o contato começa a andar pelo cômodo, finalmente livrando minhas costas da parede.

Me deitando sobre o sofá macio e confortável descolamos nossas bocas que clamavam por ar, mais ao mesmo tempo, clamavam por mais...

Aqueles olhos, oh' como eu era apaixonada por aqueles olhos obscuros que transmitiam pureza, por aquela boca que só de o ouvir falar me dar vontade de sentir-la, por cada pedacinho e órgão que o complementavam, como eu era apaixonada por ele.

— Eu te amo.- declarou encostando nossas testas tentando regular a respiração.

— Eu também te amo meu amor.- toquei nossos narizes.

Não demorou para que o homem tomasse meus lábios novamente, só que desta vez mais necessitado, e sinceramente, eu gostava.

Eram poucos os momentos que eu tinha ao seu lado, seus compromissos e jogos sempre ocuparam muito do seu tempo, então sempre que podia aproveitava, mesmo que isso resultasse em invadir o vestuário da seleção brasileira de vez em quando.

Sentindo o toque quente de Richarlison dentro da minha blusa optei por deixar um gemido arrastado sair por entre o beijo, tal ato encorajou o Andrade a deixar selinhos em meu busto recentemente exposto, causando um mar de suspiros de ambas as partes.

— Richarlison você viu meus óculos por aí, não os encontrei na minha mochi...- Antony entrou no cômodo apressado, mais se auto-interrompeu ao presenciar a cena— Eu não vi nada.- comentou fechando os olhos— Vê se esconde isso aí tá quase pulando pra' fora.- se referiu ao membro elevado do homem enquanto deixava o local envergonhado.

— É, parece que te descobriram pombo.- falei rindo da sua cara fechada observando o homem que se levantava procurando suas roupas.

— Você ainda me paga!- balbuciou intrigado pela situação vestindo sua calça.

Vou me aproximando devagar do local onde ele está, assim que estou perto o suficiente estico meu braço para alcançar sua parte inferior, sem que ele note aperto seu membro uma última vez e saio correndo do quarto o mais rápido possível.

Talvez eu goste de correr riscos as vezes...

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, 𝖗𝖎𝖈𝖍𝖆𝖗𝖑𝖎𝖘𝖔𝖓Onde histórias criam vida. Descubra agora