Tᴀʟᴠᴇᴢ ᴅᴇ̂ ᴄᴇʀᴛᴏ- Fɪɴᴀʟ

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POV' LEITORA

Era domingo, e como todo fim de semana eu preparava um mimo para ajudar na descontração do tempo, eu até que gostava de ter um passatempo, me ajudava a relaxar e espairecer em dias a qual minha mente se obriga a permanecer bagunçada, como agora.

A única diferença era que hoje eu não estava sozinha, meu irmão me ajudava a assar um bolo, ou pelo menos tentava.

— Como 'tá indo as aulas com o Richarlison?- Rodrygo indaga após por o bolo no forno.

— Estão indo bem.

— E você?- se põe em minha frente— Como está?- pergunta depois de uma pausa.

— Como assim?- o encaro confusa com suas palavras mal ditas, eu sabia exatamente do que ele me questionava, só não queria aprofundar este assunto— Eu 'tô bem.- digo guardando os utensílios que utilizamos para cozinhar.

— Tem certeza?- arqueou uma sobrancelha enquanto me encarava, sério.

— Tenho.

— Você sabe do que eu 'tô falando né?- aborda insistente.

— Sei.

— Então por que não 'tá sendo sincera comigo?

— Do que você tá falando, é a verdade.- finalizo saindo de seu campo de visão e andando até a sala.

— Não é não.- me segue— Eu sei exatamente quando você 'tá mentindo pra' mim, crescemos juntos mana, por que esconder o que sente quando sabe que o certo a se fazer é se abrir com alguém.- declara me segurando pelos ombros e me virando para que pudesse avaliar minhas expressões.

Ele sabe que não consigo esconder nada dele, maltido!

— E esse alguém por acaso é você?- franzo as sobrancelhas o fitando divertida.

— Claro, eu sou seu irmão predileto.- esboça um sorriso sincero em sua face.

— Único você quis dizer né.- rio zombeteira notando sua cara de decepção.

— Mais é sério, precisa colocar isso 'pra fora logo, antes que a opressão te consuma de vez.

— Não entendo o porque disso agora.- falo indiferente.

— Eu sei que gosta dele.

— Não sei do que você 'tá falando.- eu não sabia como ou em que ocasião Rodrygo havia descoberto, afinal eu nunca demonstrei interesse pelo jogador da camisa nove, muito pelo contrário, eu sempre gostava de deixar bem explícito o quanto eu o odiava.

Mais a verdade estava longe disso, eu o amava, era essa a questão, e usava o argumento de "ódio" para reprimir o sentimento desconhecido, o amor.

— Pois eu sei, você se apaixonou pelo Richarlison.- cuspiu as palavras como míseros requisitos despedaçados, mas que um dia já foram alguma coisa— E pelo visto não quer admitir.

Ele tinha razão, eu não queria, mas também não aguentava guardar esse sentimento 'pra mim, eu tinha que compartilhar para alguém, e esse alguém não poderia ser ele.

— Não diga asneiras Rodrygo- rolo os olhos exausta daquela discussão.

— Você pode mentir o quanto quiser, mas nunca vai conseguir enganar o que sente, ele vai continuar aí, te consumindo aos poucos.

— Vêm cá, como têm tanta certeza que isso vai me consumir?- o questionei duvidosa, afinal não era todo dia que se ouvia algo do tipo vindo do seu irmão mais novo.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, 𝖗𝖎𝖈𝖍𝖆𝖗𝖑𝖎𝖘𝖔𝖓Onde histórias criam vida. Descubra agora