𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒, 𝖗𝖎𝖈𝖍𝖆𝖗𝖑𝖎𝖘𝖔𝖓

Fᴏɢᴏs-Fɪɴᴀʟ

— Então eu te queimarei.

Excitada, era esta a palavra que me definia naquele momento, sua frase, a maneira suave e exuberante com a qual ela foi dita havia sido mais do que suficiente para acender as chamas dentro de mim, chamas que de maneira alguma poderiam ser apagadas, e sim, atiçadas.

Num piscar de olhos e já não estávamos mais lá fora.

A própria química tinha inveja da conexão que tínhamos, as paredes que recebiam nossos apegos também, batíamos em todas elas numa busca por fôlego desesperados, tanto tempo juntos e toda vez era como se fosse a primeira, tensos, ansiosos, nervosos, tomados pelo tesão.

— Rich.- anunciei quase que num gemido sentindo o maior soltar de meus lábios em direção ao meu pescoço, deixando um selar próximo a nuca pude notar os pelos da região se arriarem, em sequência foi levantando a barra do vestido sem nenhuma dificuldade, as pontas de seus dedos deslizaram pela fenda de minha calcinha a arredando para o lado, alisando aquela parte calmamente ele vai adentrando seus dígitos em meu canal úmido, a sensação indecifrável que aquele ato me causou era quase que indescritível, pressionando seu polegar em meu clítoris foi intercalando suas mínimas estocadas em minha intimidade num passe de vai e vem— Ri-Richarlison.- arfei— Aqui não.- com a mão livre desatou as amarras frontais da roupa bem acima de meus ombros, expondo então meu peitoral recentemente nu. Passando os lábios pela região linear da mandíbula me aproximei de seu corpo o dando o vislumbre de meu busto, exasperado abocanhou meu seio esquerdo, sua língua trabalhava conforme seus dedos em minha intimidade, loucos, os movimentos ágeis que ele me proporcionava eram chamativos, e eu gostava disso.

Ele sugava meu mamilo impaciente, seu carinho que antes era moderado se tornou agressivo, gostoso.

— Oh, isso querido.- instiguei entre gemidos prestes a alcançar meu limite, esse foi meu primeiro orgasmo aquela noite, me derramando em seus dedos sinto minhas pernas falharem, os tirando de mim impulsionou meu corpo contra a parede me pondo em seu colo estilo noiva, ironia né?

Assim que deixamos o local travamos em um beijo árduo e cativante, nossas línguas traçavam uma intensa melodia ao se chocarem, melodia a qual acelerava de acordo com o ritmo que seguia desregulado.

Ainda sem desgrudar do beijo fui colocada na cama com tanta delicadeza que quaisquer que seja a situação poderia julgá-lo como "carinhoso" na hora do sexo, mais eu sei que isso não é verdade, vocês sabem.

Nem notei quando me tirara o vestido

Restando então a única peça para ser tirada quebramos nosso contato labial, insatisfeita fui descendo minhas mãos para a cós de sua calça, desabotoando-a senti selares estalados em meu pescoço, que logo cessaram para me ajudar a tirar sua vestimenta, sua camisa? oh, essa já estava embolada em algum canto do quarto, jogada.

Ambos com apenas uma única veste nos corpos nos olhávamos sacanas, sua box transparecia o volume que escondia, e por tampouco não rasgava o material de tecido fino com tamanha ousadia, agora sentada sobre o colchão macio trato de me livrar de minha peça íntima a lançando por aí, atenta passo meus dedos pela superfície coberta de seu membro, o calor efervescente pairava sobre nós, eu queria mais, muito mais, eu queria ele, agora.

O empurrei para que deitasse sobre o acolchoado abaixo de si, ficando por cima arranquei-lhe sua box com os dentes, mas nunca deixando de o olhar nos olhos, sua lumes estavam sedentas eu podia sentir, ele estava, por mim.

Sentando em suas coxas passei os dedos pela glande de seu pênis, o primeiro toque provocou uma série de arrepios no Andrade, motivada comecei a masturbá-lo, a essência do pré-gozo me excitava de uma forma inexplicável.

Acelerando os movimentos de minha mão freneticamente pude perceber a lubrificação ejacular por entre as laterias de seu membro rígido, e sem avisar me posicionei sobre seu comprimento e o penetrei.

— A-Amor.- meu noivo soltou assim que nossas intimidades se chocaram, devagar fui me acomodando por toda a sua extensão, mas não porque incomodava, na verdade já estávamos tão ligados um ao outro que já havíamos transformado isso em um detalhe, eu apenas estava saboreando— Mais rápido amor.- e assim fiz.

A medida que eu acelerava maior era a vontade de quicar sobre ele, os vários gemidos e suspiros arrastados que soltava eram ensurdecedores, mas com certeza era o único som que queria ouvir agora.

A ardência se fez presente em meu ventre, a sensação de que as paredes internas de minha intimidade agora se contraiam contra seu membro era mútua, eu estava próxima.

Com as mãos em meus quadris Richarlison intensificou os movimentos, a cada estocada meu ápice parecia vir, naquele instante meu corpo já trabalhava por si só, não tinha controle nem se quer para raciocinar algo, mas quando me dei conta, ele havia chegado.

O líquido esbranquiçado agora deslizava entre minhas pernas, mas havia um porém, apenas eu havia gozado.

— De quatro.- antes mesmo que eu me levantasse fui puxada pelo mais alto que me pôs de bruços sobre a cama, seus braços fortes e tatuados alcançaram até a região de minhas coxas, logo as elevando, e sem aviso prévio, me penetrou.

Desgraçado

Nossas intimidades queimavam como fogos, a única diferença era que ao invés de se apagarem com o tempo, só aumentam a cada segundo. Ele não parava, suas estocadas iam mais fundo a seu mercê, em meu ouvido seguia sussurrando coisas impróprias, no meu corpo alinhava seus dedos, o toque quente deles não me saía da cabeça, eram a primeira vez que estavam assim.

— Isso é tão bom.- novamente aquela sensação, só que desta vez eu não estava só, ele ia comigo, eu sabia disso, sentia— Só mais um pouco.- a camada espessa de seu pênis se fechava apressadamente, todo seu membro já inchava dentro de mim, e em instantes, nos aliviamos.

Tive meu segundo orgasmo da noite, mesmo ele tendo apenas um eu sabia que já era o suficiente, além do mais, ele não se importava com quantidade. Sentir seu líquido me invadir por completo era uma das coisas mais prazerosas que já senti, e somente um homem era capaz para mim, ele.

Exaustos nos enrolamos debaixo dos lençóis, estávamos suados, aliviados e até mesmo realizados, mas felizes, felizes porque finalizamos mais um ano, felizes porque teríamos um filho, nossa própria família, felizes porque nos amamos.

Com a cabeça sobre seu peito depois de uma das melhores noites da minha vida.

— Eu te amo meu amor.- meus olhos fechavam conforme ele falava, e uma única coisa me foi declarada antes de apagar— Amo vocês dois.

Eu também os amo, meus pombinhos.