Se você não está bebendo, então não está jogando.
Aquela era nossa deixa.
Nós voltamos para casa, finalmente. Mesmo depois de tanto, as consequências maciças de passar por reveses latente seriam processadas por mim somente dias depois.
Parecia mentira lembrar de tudo que aconteceu.
Eu estava bem agora.
Até que enfim a ferida do meu braço cicatrizava para formar mais uma das memórias que eram acumuladas pelo meu corpo.Mas as lembranças que seriam permanentes no cérebro ainda me deixavam algumas noites sem dormir e me amedrontavam em conjunto das consequências muito prováveis que se desenrolariam com o passar dos acontecimentos.
Bom, era presumível que eu seria escalada em outra força tarefa, afinal meu papel de Tenente não podia ser resumido em ajudante mirim.
Entretanto, mesmo por esse lado, aquilo significava que não veria mais Ghost, Soap, Gaz e Price diariamente. Muito menos Farah, Alejandro e Rodolfo, que voltariam para seus respectivos países em poucas horas.Tudo seria diferente.
Nunca fui alguém que gostasse de mudança, afinal, quem gosta?
Principalmente nesse contexto, eu faria com que essas coisas durassem para sempre. Talvez eu fosse muito covarde para dizer que eles haviam se tornado as pessoas que eu confiaria minha vida.
Não sei... acho que estou lidando as coisas de um jeito muito emotivo, e eu sabia muito bem que esse seria o maior problema de se relacionar afetuosamente com eles.Porque a saudade é maior do que qualquer abraço no inverno que tente te esquentar.
Apesar disso, depois de muita insistência por parte de Soap e Farah, que compartilhavam o mesmo neurônio por um final digno de história, as comemorações de forma não muito elegante e o mais embriagada possível iriam se oficializar em um bar no final da esquina.
Todos concordam com a ideia a partir do momento que John constata, levantando as mãos para cima, se rendendo ao pensar na ideia.—— Tudo por minha conta, pessoal!
Ora, é só uma comemoração estúpida que levava os desfechos de tudo aquilo que havíamos passado e um pouco de álcool no sangue não faria tão mau assim para ninguém.
Não quando Simon sussurrou no meu ouvido ao levantarem a hipótese que havia sido colocada em questão..."Eu só vou se você for."
As palavras foram presas ao meu cérebro por longas horas. Talvez apenas corroborando para os resquícios de suas atitudes fixadas ao longo do que fosse aquilo que tínhamos. Mas, no fundo, sabíamos que nunca daria certo. Não poderia existir um "nós" nessa circunstância para início de conversa.
Não existiria mesmo...
Relutantemente, Farah me obrigava a ir pelo bem de sua saúde mental, porque segundo ela, eu "devia me divertir um pouco mais enquanto dançava com desconhecidos que poderiam suprir um espaço com o calor de seus corpos".
O problema era que eu não queria que fosse um estranho qualquer que fizesse isso. Eu queria que fosse ele, e isso... isso era um grande obstáculo, porém não o suficiente para impedir uma noite de diversão com minha amiga. Não quando ela partiria para o outro lado do mundo sem data prévia de retorno.Então, lá estávamos nós, nos arrumando para sair como adolescentes no último semestre da faculdade. Felizes, bonitas e inconsequentes, enquanto minhas mãos fechavam o zíper da saia preta que vestia, e as de Farah, claro, dançavam ao ritmo das músicas que tocavam no seu celular.
Chegava a ser cômico ao quão animada ela estava.
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𝐔𝐥𝐭𝐫𝐚𝐯𝐢𝐨𝐥𝐞𝐧𝐜𝐞, 𝗌𝗂𝗆𝗈𝗇 𝗀𝗁𝗈𝗌𝗍 𝗋𝗂𝗅𝖾𝗒.
FanfictionDois paradoxos que fazem sentido quando colocados juntos. Elizabeth Rockwell, uma mulher desafiadora, calculista e fria como um gelo. Afinal, seu próprio codinome revela isso. "Ice" não foi feita para derreter e muito menos fracassar... Bom, era iss...