Ele é o Garoto Mascarado Idiota!

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No dia seguinte, Jung-kook chegou à escola e encontrou Ji-min e Yoon-gi.

— Bom dia, Kookie! — Ji-min sorri e o abraça de lado, os três andando na escola.

— Bom dia, meninos. — Olha para Yoon-gi, que sorri fraco.

— Está mais desanimado que o normal ou é impressão nossa? — Yoon-gi pergunta.

— "Nossa"? Consegue saber o que o Ji-min está pensando pelo olhar dele? — Arqueia a sobrancelha.

— Não muda de assunto, moleque! — Ji-min dá um tapa em sua cabeça, defendendo o namorado, brincando.

— Tá... — Revira os olhos. — É que... — Suspira, enrolando para falar.

— É ela de novo, não é? — Ji-min se arrisca a perguntar, com certeza, pois o sorrisinho maldoso em seus lábios entregava. Jung-kook não sabia se eles eram amigos ou inimigos dele!

— Como sabe? — O olha com o cenho franzido.

— Que outra garota te deixa assim? Vai, conta, como tá com a dona do seu coração? — provoca, fazendo o namorado rir.

— Babaca! — Mostra a língua, como uma criança. Pranpriya deveria saber que Jung-kook não era nada idiota perto daqueles dois capirotinhos. — Olha, eu queria contar para ela que era eu naquela noite, debaixo daquela máscara, mas não sei como fazer isso... — Suspira novamente.

— Olha, eu tenho uma ideia? — Ji-min sugere, ganhando toda a atenção do moreno.

— E qual seria? — Os outros dois o olham.

— Ainda faltam vinte minutos para a aula começar, chegamos cedo. Sua casa é muito longe? — pergunta e ele assente negativamente. — Você ainda tem a máscara? — confirma. Não teve coragem de jogá-la fora com memórias tão boas, mas não admitiria isso para aqueles dois idiotas que ele chamava de melhores amigos. — Vai lá, a pega e eu digo o que fazer. — Dá batidinhas em suas costas.

— M-mas! E se for uma ideia ruim? — pergunta, antes que eles fossem embora.

— A outra opção é ficar aí de braços cruzados! — Dá de ombros e segue andando, sumindo no corredor com as pessoas passando.

Jung-kook suspira e vê que, realmente, a outra opção era bem pior do que qualquer ideia besta. E a frase mais idiota possível surge em sua cabeça "Só se vive uma vez!"

...

Assim que voltou para a escola, falando cinco minutos para o sinal tocar, com a máscara em sua mochila, tomando todo cuidado do mundo para não amassar, ele procura seus amigos e os acha na sala de aula, com Ji-min acariciando o rosto do outro, que, como sempre, estava tirando um cochilo, antes daquele lugar virar um caos.

— Ji-min! — chama a atenção do loiro, que faz sinal de silêncio para ele, para que não acordasse o mais velho, enquanto ele se senta ao seu lado.

— Diz. — Apoia seu cotovelo na mesa.

— Tô com ela aqui. O que eu faço? — pergunta, abraçando a própria mochila.

— Primeiro, para de agir como se tivesse contrabandeando droga. — brinca, fazendo o outro revirar os olhos. — Segundo, — o sinal toca. — espera o intervalo chegar e coloca debaixo da carteira dela com uma carta, anônima ou não, você decide. — Se levanta, indo para seu lugar.

— E-esse era o plano brilhante? — pergunta, perdido.

— Confia em mim, Kook. Ela vai entender no final e sem brigar mais contigo. — Se senta em seu lugar.

Jung-kook suspira, sabendo que aquela ideia, com 100% de chance de dar errado, era sua única opção.

...

Assim que o sinal do intervalo tocou, ele já estava com a carta pronta, após ter escrito — e procrastinado muito. Ele deu uma olhada para Ji-min, que já estava junto ao seu namorado, que assentiu para dar-lhe confiança. Ele suspirou e esperou a sala se esvaziar.

— Priya, sai desse livro e vamos na cantina comigo! — Sana diz, puxando a garota que estava lendo, de fones no ouvido. Jung-kook agradece, pois essa era a deixa dele para colocá-la na mesa da loira.

— M-mas, Sana! — tenta ficar.

— Sem mas, garotinha! Vamos agora! — a puxa de vez, tirando-a de lá.

Jung-kook espera ter uma distância considerável e vai até a mesa da mesma, com a máscara e a carta em mãos. Ele as deixa em cima da mesa da garota, antes que ela voltasse e o visse.

— Espera, Sana! Me deixa, pelo menos, pegar meu lanche que eu deixei na sala. — diz, se soltando da garota que já tinha se distraído ao encontrar-se com sua "ficante".

Assim que chega na porta da sala, ela vê pelo vidro, Jung-kook em frente à sua mesa e franze o cenho, confusa sobre o que ele estaria fazendo ali. Então, ele se afasta da mesa, indo em direção à porta, e ela anda para outro lugar, enquanto ele cruza a porta da sala, colocando seus fones para tentar sair daquela realidade um pouco e acalmar seu coração disparado.

Ela vai até sua mesa e vê a máscara em cima da mesma, ficando boquiaberta. Então, ela pega a carta e começa a lê-la.

"Pranpriya Manoban,

Olá, sei que não sabe quem sou eu. Bem, agora eu sei. Vi que não me reconheceu, mas eu te reconheceria em qualquer lugar, porque você continua sendo a garota mais interessante. Infelizmente, não posso chegar e dizer quem eu sou, e também não posso te dizer o motivo, pois isso me entregaria. Só saiba que eu amei a noite que tivemos e isso só me confirmou o quão especial e diferente você é. Espero um dia poder te ver assim de novo, mas, dessa vez, quero poder revelar minha identidade.

Anônimo, mas com carinho.!

Quando viu, estava sorrindo bobo, e, ao olhar ao redor para ver se alguém percebeu, ela vê Ji-min e Yoon-gi a secando, procurando por uma reação. Ela revira os olhos. Aqueles dois não sabiam mesmo disfarçar.

Ela pega seu lanche e sai da sala, indo atrás de Jung-kook, nada contente. Ao encontrá-lo, sentado num banco, sozinho no corredor, ela vai até ele e tira os fones de seus ouvidos.

— Jeon Jung-kook, precisamos conversar.

— Hum? — A olha confuso, tremendo um pouco.

— Era você aquele dia no baile, não era? — pergunta, séria.

— E-eu... — Cora e olha para baixo.

— Sim ou não, Jung-kook? — Se aproxima ainda mais, o intimidando.

— E-era! — admite, com as bochechas tomando um tom ainda mais avermelhado.

— Eu sabia! — Suspira e pisa forte. — Por que não me disse que era você?! Eu não teria dançado com você, se soubesse! — diz isso e ele sente seu coração doer, por algum motivo. — E muito menos te beijado... — fala a última parte mais baixa, com medo de que alguém pudesse ouvir. Se Ye-ji suspeitasse disso, era capaz de a loira nunca mais ser vista lendo seus livros inocentemente.

— E-eu sei! — insiste, olhando, pela primeira vez naquela conversa, em seus olhos. — Foi por isso que eu não te disse! — diz, liberando toda a dor que sentia por eles terem aquela relação, quando o que ele queria era a relação que tiveram no baile.

— Você é um completo idiota! — diz, virando-se de costas para ir embora.

— Espera! — Segura sua mão, impedindo-a de ir embora tão rápido. Sentia que tinha arruinado tudo com ela, quando estavam minimamente próximos. Ela olha para ele segurando ela e ele a solta, ganhando sua atenção. — E nosso trabalho?

— Eu... — hesita. — Não sei. — Então, ela finalmente vai embora.

Ele solta um suspiro preso em sua garganta e se senta no banco novamente, pensando na besteira que havia feito.

ㅤ⩨.⊸ 𝙊 𝙈𝙖𝙞𝙨 (𝙄𝙙𝙞𝙤𝙩𝙖) 𝙋𝙤𝙥𝙪𝙡𝙖𝙧 ❜ .Onde histórias criam vida. Descubra agora