Seu rosto era fino e pálido, seus olhos fundos e caídos brilhavam como diamante em meio às suas orelhas fortes e escuras. Adeline se afastou rapidamente do garoto, e os mesmo se levantou-que era alguns centímetro mais alto-tentando se aproximar.
—Adel, porque está assustada?–perguntou o jovem.
A Peregrine piscou diversas vezes, fazendo enxergar novamente o verdadeiro de Enoch. Ainda amendrotada, ela saiu da sala correndo, passando por Cora e Horace que conversam entre si. A peculiar subiu para seu antigo quarto sentando-se na cama, enviou a mão no bolso de seu casaco, ond3 retirou sua bombinha de asma. Colocou na boca muitas vezes tentando recuperar o ar desgovernado para dentro de seus pulmões. Quando recuperou seu fôlego, a lembrança do garoto novamente apareceu em seu frente sentando na cama ao seu lado.
Sombras aparecem e tentam se prender ao garoto mas ele desaparece, deixando Adeline novamente sozinha. Ela levou as mãos até o rosto e apoio os cotovelos em suas coxas, ficou assim por um tempo até que sentiu uma mão em seu ombro. Levantou o rosto e observou o rosto delicado de sua mãe, seus olhos azuis cristalinos fixados na peculiar que parecia uma garotinha perdida.
—O quê ouve querida?–sua voz calma soou pelos ouvidos da jovem acalmando sua mente imperativa.
—Ele não sai de minha mente–disse pegando a bombinha de asma e colocando novamente no bolso da jaqueta.
—Quem?–Alma franziu a testa.
—O garoto dos olhos azuis, o que tem algumas semelhanças comigo.
Adeline olhou para para Alma novamente e viu em seus olhos, melancólicos. A Peregrine mais velha soltou um suspiro e se levantou do chão de madeira, passou a mão sobre seu vestido preto e olhou novamente para a garota.
—Venha comigo, meu amor–estendeu sua mão.
Adel a pegou e foi guiada para fora do quarto, indo em direção ao porão, a porta rangeu ao ser aberta, para a sorte da peculiar Enoch não estava lá. Alma andou em meio a bagunça sangrenta do local e vasculhou entre alguns móveis coberto por um grande pano branco. Ela só saiu quando conseguiu retirar um tipo de pergaminho grande, enfaixado por uma fita preta.
—É melhor irmos para meu quarto, aqui é muito empoeirado e sangrento
–diz a Peregrine mais velha, passando pela peculiar.Adel seguiu sua mãe novamente até seu quarto, que era um dos cômodos restritos da casa. Ao adentrar, Alma tranca a porta atrás de si e se aproxima de sua cama e entrega o objeto em suas mãos para sua filha. Adel o pega e desmancha o laço feito devfita preta, desenrolado o pergaminho revelando uma tela, onde havia dois garotos e uma garota, com algumas semelhanças.
O da direta era mais alto dos que os outros dois, parecia o mais velho entre os outros dois, cabelos negros que ia até seus ombros largos, terno preto, segurando uma bengala. O da esquerda tinha o cabelo bagunçado da mesma coloração, usava um sobretudo preto sobre uma blusa social, colete e gravata e escondia as mãos nos bolsos da calça.
E a moça no meio, era a mais jovem porém demonstrava madura para a pintura. Seus cabelos negros igual ao dos rapazes preso em um coque com alguns fios caídos em seu rosto fino, e as mão juntas na frente de seu lindo vestido azul claro. Havia uma coisa em comum nos três, os olhos, olhos azuis azuis gélidos.
—Esta sou eu–a mulher apontou para a jovem no meio—E os outros dois, são meus irmãos mais velhos.
—Irmãos?–Adel indagou, olhando para sua mãe, confusa.
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──𝐏𝐄𝐂𝐔𝐋𝐈𝐀𝐑𝐈𝐓𝐘 | Enoch O'connor
Fantasy❝ Como podemos ser melhores amigos, quando estou profundamente, apaixonado por você? ❞ QUANDO uma criança nasceu do fruto de uma Ymbryne e um peculiar, se tornando o Peculiar mais poderoso de todos, não apenas podia manipular o tempo e se transform...