-027-𝐢𝐬 𝐭𝐡𝐞𝐫𝐞 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐡𝐚𝐭𝐞?

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Os dois peculiares se entreolharam com a saída de Olive, nem por um segundo haviam imaginado que estavam sendo observados pela garota, eles correram de mão dadas atrás dela, voltando para o orfanato. Enoch se sentia culpado de certa forma, pois sabia da paixão de sua amiga sobre ele e nunca tinha feito nada para esclarecer as coisas. Adeline parou no saguão da casa, quando seus olhos paralisaram diante da cena de Alma andando ao lado de Adam pacificamente e parecia ser confortada pelo homem. 

Ela sentiu um gosto amargo na boca, que o engoliu seco como se de algum modo pudesse se livrar daquela amargura. Não entendia nada do que acontecia ao seu redor e não tentou entender, ficar louca era tudo o que ela menos precisava. Seu olhar se encontrou com os de seus pais, que estavam surpresos com a presença dela que os observava calada, sem nenhuma emoção em seu semblante.

A peculiar subiu as escadas e se aproximou deles, observando cada movimento dos dois adultos. O cabelo escuro dos dois, os olhos negros de Adam e a pele pálida de Alma era as características passadas para a garota, que a fazia ser filha deles. Sua respiração pesada, puxava o ar gélido daquela casa, era o único som entre os três que pareciam ter medo de falar algo.

—  Mãe...— Adel olhou para Alma e depois para Adam ao lado dela, que apertava a cintura da mulher com medo da reação de sua filha— Pai— sua voz saiu ríspida e seus olhos ficaram semicerrados.

— Você sabe...— ele engoliu seco ao sentir a voz falhar e olhou para Alma.

—  Sei - foi ríspida novamente. Ela não conseguiu deixar de sentir a raiva do seu pai e da história maluca dele também ser seu pai adotivo— Devemos falar sobre isso, não é papai?

— Não fale deste modo Adeline!— a Peregrine mais velha deu um passo frente.

— Então como eu deveria falar depois de descobrir tudo isso?!— ela retrucou em tom alto, cerrando os punhos— Me fala! Como eu tenho que reagir depois de descobrir a verdade sobre meu pai?

—  Tenha respeito! Não foi essa educação que eu lhe dei— Alma lançou um olhar severo com seus olhos azuis florescentes semicerrados, tornando eles assombrosos. Mesmo com aquele olhar, Adel não recuou, se aproximou ainda mais encarando sua mãe com seriedade. A peculiar havia visto aquele olhar muitas vezes e não ia se intimidar por algo tão estúpido mesmo vindo de sua própria mãe.

—  È melhor conversamos do que estarem se encarando desse modo- interveio adam se colocando no meio das duas. Sentindo ambas se acalmarem, ele abriu as portas dublas do escritório de Alma fazendo as duas peculiares adentrar e continuarem se encarando sem nenhum tipo de diálogo— Querida, sei que está confusa com tudo isto, mas eu lhe prometo que explicarei tudo.

Ao ouvir o suspiro da garota e vê-la sentar-se no sofá de cor verde esmeralda escuro, cruzando os braços se controlando para manter a paciência de ouvir as palavras de seu pai. Adam começou a contar tudo de forma resumida e de como a mais nova pudesse entender sua situação e toda a baderna que ele tinha feito. A pura verdade é que o Olsen planejava acabar com o líder dos etéreos e para se aproximar mais ele se tornou um do seus seguidores, conseguindo total confiança e para isso teria que afastar todos que amava para não serem afetados caso se o plano não funcionasse.

Adeline sabia boa parte da história já que seu tio Frederick a contou, mesmo assim não acalmou a faísca de ódio em seu ser, de certa forma ela sentia raiva o tempo todo por mais que não deixasse transparecer. Entretanto, por outra parte parecia aliviada por saber que seu pai não estava dos lados dos seguidores lunáticos de Barron, que assumiu o controle dos etéreos após a morte do verdadeiro criador. Continuou ouvindo o lado dele da história, mas sua mente se deslocou para algo muito mais importante, Frederick havia avisado que Barron estava aqui, atrás dela e de Jake, prestes á possuir os olhos das crianças de Alma.

— Não consigo perdoa-lo por tudo, mas de certa força é bom saber que sempre esteve do lado certo— Adel se levantou e ajeitou a faixa branca do seu braço esquerdo, que já estava se recuperando.

— Sério?— ele levantou a sobrancelha, com uma pontada de surpresa em sua voz. Adam não esperava que a peculiar fosse tão compreensível. 

— Tio Frederick me contou— ela deixou escapar dos seus lábios. Percebendo o que havia acabado de falar fez com que seus pais a olhasse surpresa.

— Como que— Alma não terminou a frase. Estava perplexa demais ao ouvir o nome do irmão mais velho que estava morto á séculos.

— Ele é um velho amigo da morte.

Adeline podia vê os olhos azuis florescentes de sua mãe se escurecendo com angústia da morte do seu irmão querido, apesar dele ter sido um peculiar das sombras, ela sabia que a vida de Frederick sempre esteve aliada com morte, tornando ela sua companheira para todo o sempre e acabando sendo um tormento e maldição para Alma. Principalmente, quando essa "maldição" caiu sobre sua filha. Foi naquele momento que a ymbryne mais velha percebeu a grande semelhança de Adeline com Frederick, era a alma de seu amado irmão que habitava na garotinha durona que cuidava de todos. 

O tempo todo Frederick estava em Adel, ela nasceu morta no mesmo instante que o Peregrine mais velho morreu, assim concebendo não apenas sua alma para a sobrinha como também sua peculiaridade. O destino dela já tinha sido traçado antes do nascimento dela, Adeline Margaret Peregrine-Olsen não era apenas a sobrinha do maior peculiar de todos, ela a chave do plano dele, a salvadora do mundo dos peculiares.

—Não me importo como conheceu seu tio, eu irei te proteger— Adam abraçou a garota— Não vou falhar com você, como falhei com ele.

Adel respirou fundo e retribuiu o abraço de seu pai com o seu braço saudável e ergue o olhar para sua mãe que possuía lágrimas descendo por sua pele pálida. Até chorando ela era bonita. Parecia um tipo de punição na família Peregrine, todos era perseguidos pela desgraça que habitava em suas vidas constantemente, esperando os momentos melhores para ficar e se expandir. O ódio que um dos maiores sentimentos de um Peregrine, os tornando assustadores e divinos por sua linhagem peculiar, começando pelos irmãos Bethan e caindo sobre Adeline que carregava o legado de sua mãe e seus tios sobre si.

 O ódio que um dos maiores sentimentos de um Peregrine, os tornando assustadores e divinos por sua linhagem peculiar, começando pelos irmãos Bethan e caindo sobre Adeline que carregava o legado de sua mãe e seus tios sobre si

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oiie meu queridos,
voiteii com mais um
capítulos para vocês.

desculpa a demora, eu
estava esperando meu
notebook chegar para
eu começar á escrever,
com celular é muito
complicado e vamos
admitir que o som das
teclas do teclado de um
computador é satisfatório
ksks.

desculpa por qualquer
erro na escrita e se eu
fugir um pouquinho do
assunto no meio do
capítulo, eu tenho essa
mania.

não seja um leitor
fantasma, por favor.

aproveitem e obrigado
por sua leitura. 🎀

bjs do Darling ☆

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bjs do Darling 

──𝐏𝐄𝐂𝐔𝐋𝐈𝐀𝐑𝐈𝐓𝐘 | Enoch O'connorOnde histórias criam vida. Descubra agora