-002-𝐭𝐡𝐞𝐲 𝐟𝐨𝐮𝐧𝐝 𝐮𝐬

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Na infância de Jacob, seu avô, Abraham Portman, era a pessoa mais extraordinária que ele conhecia. Ele e  Adel, sua melhor e única amiga. Adel morava na casa vizinha, com o seu pai adotivo, o sr. Cole. Quando eles não estavamos no quintal da garota brincando com a mangueira, estavam na casa do Portman ouviamos as incríveis histórias do avô do garoto.

Depois da escola, as duas crianças ficavam brincando e fingindo serem aventureiros e lutavam contra os monstros o avô de Jacob descrevia serem corcundas, terríveis, que contiam pele podre e olhos negros. Ele fazia os gestos de como eles andavam correndo atrás dos dois que gritavam pela casa rindo.

O tempo se passou e Jacob começará a achar que as histórias de seu avô, não passavam de contos de fadas. Isso aconteceu devido o dia em que Robbie Jensen, puxou suas calças diante as meninas e falou para elas que Jacob acreditava em contos de fadas. Ele se lembrava muito bem desse dia, havia acontecido no segundo ano, um momento muito foi vergonhoso.

Também lembrava-se de quando Adel havia acabado de adentrar na escola e ter ficado sem intervalo logo no primeiro dia, já que seu próprio pai ensinava em casa, por ter enfrentado a professora de iniciação de álgebra. Quando ela soube do o acontecido, deu uma bela surra no Jensen na saída. Ela levou suspensão de três dias, o sr. Cole não gostou muito da sua atitude, mas deixou passar porque foi para ajudar um amigo.

Ela tinha um pele pálida, cabelos e olhos negros e circulos escuros cadavéricos que circudavam seus olhos grandes e caídos. Suas roupas são sempre pretas, de couro e elegantes, o máximo que ela bebe é café, gosta de musicas dos anos 80 e é profissinal em arco e flecha.

. . .

Jake estava tentando ser demitido da Smart Aid deste o começo do verão. Enquanto refazia a pilha de fraldas geriátricas, Shelly, sua supervisora se aproximou com dificuldade em meio as caixas de fraldas espalhadas e apontou o dedo em meu peito.

—Jacob, chamada para você na linha dois–ele se afastou da mulher e andou até a sala dos funcionarios, um lugar úmido e sem janelas, ele se aproximou do telefone e pego o fone que prendia ao aparelho.

—Yarkob?–a voz do avô de Jake soa.

—Oi, vovô Portman.

—Graças a deus!–ele exclamou nervoso, quase sem fôlego—Preciso da minha chave, onde está a bendita da minha chave?

—Que chave?

—Você sabe que chave–retrucou.

—Papai pegou a chave–Jake respondeu, enquanto discava os números do número de Adel no celular.

—Eles estão vindo atrás de mim, entendeu? Não sei como me encontraram depois de todos esses anos, mas conseguiram–sua voz saía trêmula da outra linha—Ligue para a Adel, ligue para ela e mande ela vim, só ela pode matar eles, e o que eu devo fazer enquanto ela não chega? Lutar contra eles com uma porcaria de faca de pão?

—Vovô já tomou seus rémedios hoje?– Ele ignora.

Não era a primeira vez que Jake ouvia seu avô falar assim. Ao longo do verão sua demência que o tomava tomou um rumo cruel: as historias que o mesmo criou tornaram-se completa e opressivamente reais. Mais uma coisa não estava certa, em meio de seus diversos surtos ao longo do verão, ele nunca havia pronunciado o nome de Adel, apesar dele sempre a tratou como um boa e velha amiga. Jake tentou acalmá-lo como sempre faço, e ao mesmo tempo ele ligava mais uma vez para Adel e rezava para que ela atendesse.

—Você está em segurança vovô–ele tentou acalmá-lo novamente—Está tudo bem. Vou levar um filme pra gente ver mais tarde, junto com a Adel, o que acha?

──𝐏𝐄𝐂𝐔𝐋𝐈𝐀𝐑𝐈𝐓𝐘 | Enoch O'connorOnde histórias criam vida. Descubra agora