Novas pistas.

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   Gyutaro estava muito triste ainda pela perca de seu amigo, por isso ele foi dispensado do serviço para se recompor, ele nem foi ao clube de tênis de mesa e nem na academia, da escola para casa, ficou lá chorando, com aquela memória do corpo de seu amigo naquele estado, Patrick era uma pessoa boa e muito legal, além de gentil, ele não merecia ser assassinado. Até que Gyutaro recebe uma ligação de sua amiga Chelsea:
- Olá Gyutaro, estou preocupada com você, você está muito triste, posso te ajudar em algo. - diz Chelsea do outro lado da linha.
- Não Chelsea, só vou ficar aqui em casa, quem sabe ver umas séries com uma pipoca. -diz Gyutaro.
- Se você quiser posso ir aí para ficar com você.
- Tudo bem, ficarei feliz de ficar perto de você nesse momento. - diz Gyutaro.
   Chelsea acaba ficando corada do outro lado do telefone, e então parte para a casa de seu amigo. Ela mora sozinha também, se mudou para a rua Albert Einstein, no endereço 123, ela foi morar sozinha após completar 18, seu aniversário é em dezembro, e de Gyutaro em fevereiro, ela faz aniversário antes dele, seus pais moram em Quioto, eles já moraram em Tokyo, mas quiseram ir para Quioto, Chelsea não quis ir pois gosta de Tokyo, decidindo ficar por aqui. Ela sempre mantém contato com seus pais. Os pais dela não queriam deixar ela morando por aqui sozinha, mas por conta dos pais de Chelsea confiarem no Gyutaro eles falaram pra ficar de olho nela se precisar. Chelsea nesse dia acabou ficando emburrada, pois ela estava achando que eles estavam a tratando como criança e que precisaria de alguém pra ficar de olho nela. No final eles deixaram ela em Tokyo, Chelsea trabalha dentro de um escritório mexendo com alguns arquivos, ela pretende fazer faculdade de medicina por amar essa profissão e admirar bastante os profissionais dessa área.
   Chelsea chega na casa de Gyutaro, ele abre a porta para ela entrar, ele estava só de toalha por estar indo para o banho, Gyutaro diz:
- Desculpe Chelsea por ter te recebido nesse estado, é que eu estava indo para o banho.
- Se... se...sem problemas Gyutaro. - diz Chelsea meio que gaguejando, por ficar observando os músculos de Gyutaro, ela ficou um pouco sem jeito neste momento, Gyutaro também estava meio constrangido, pois percebeu que ela estava  olhando para seu corpo.
- já volto, só vou tomar um banho rápido, mas pode ficar a vontade. - diz Gyutaro e entra imediatamente para o banheiro, Chelsea fica sentada na sala esperando ele, ainda com a imagem na cabeça de Gyutaro só de toalha. As garotas da escola achavam Gyutaro muito bonito e Chelsea não pensava diferente, ela sempre achou ele bonito, por ser um rapaz que se veste bem, além de ser muito legal e simpático.
  Saindo do banho Gyutaro se senta na sala do lado de Chelsea e ficam conversando, Gyutaro ainda está triste, Chelsea tenta conversar com ele. Chelsea não era tão próxima de Patrick igual Gyutaro, mas achava ele uma pessoa muito legal. Ele começa a contar a Chelsea o quanto brincavam juntos de vez em quando, além de sempre estarem aprontando algo juntos.
- Não me esqueço a vez que colocamos cola no vaso, que justamente quem usou o banheiro naquele dia foi o professor de economia, saiu melhor do que o esperado aquele plano. - conta Gyutaro a Chelsea.
- Então foi vocês que fizeram aquilo com o professor, vocês são malucos.
- Na verdade era para zoar os alunos, mas no final quem usou o banheiro foi o professor, nós achamos bom, porque o professor era chato, ninguém aguentava ele.
- Eu achava ele um ótimo professor. - diz Chelsea.
- Ah, você só gosta dos professores que ninguém suporta.
- Não, aquela professora de matemática, a senhora Emi, é uma insuportável, arrogante que nem eu aguento.
- Aquela dali, Deus me livre.
- Mas você e Patrick eram como irmãos. - diz Chelsea neste momento.
- Sim, eu gostava muito dele, ele não merecia isso, é porque você não viu como o corpo dele estava. - fala Gyutaro, quase querendo chorar.
- Você conseguiu ver o corpo dele? - pergunta Chelsea.
- Sim, quando cheguei lá os policiais não me deixaram entrar, mas pela porta consegui ver o corpo dele, estava destroçado e partido ao meio, no local estava cheio de sangue. - Gyutaro diz isso com os olhos saindo lágrimas.
  Chelsea abraça Gyutaro, e ele coloca sua cabeça no colo de Chelsea, ela começa a acariciar o cabelo de Gyutaro que ainda estava molhado, sentindo o cheiro de Gyutaro, um cheiro muito bom. Ela continua passando a mão pelos cabelos lisos e loiros de Gyutaro. Ela diz:
- Se você quiser chorar tudo bem, mas coloca pra fora o que você tá sentindo, eu vou estar aqui com você.
- Obrigada Chelsea, você é muito carinhosa, mas chega de chorar, já chorei bastante. - diz Gyutaro com a cabeça no colo de Chelsea enquanto ela faz carinho em seu rosto e pergunta para ele:
- Mas como isso foi acontecer, os policiais pelo que disseram não tem nada que possa provar ou ajudar a saber se é alguem, desde quando estou acompanhando as notícias desses assassinatos que o homem torto anda fazendo ele nunca deixa nenhum rastro, e o que os policiais falam sempre é que em todos os corpos sempre tem marcas de garras muito profundas.
- Sim, desde 2018 eles não pegam esse homem.
- E se isso não for nenhum homem. - diz Chelsea fazendo Gyutaro tirar a cabeça do colo dela.
- por que você diz isso, como assim, você acha que pode ser uma entidade ou algo assim que anda fazendo os assassinatos? - pergunta Gyutaro com o olhar meio confuso.
- Talvez, você já ouviu falar na lenda do homem torto.
- Acho que já, mas o que isso tenha a ver.
- Talvez você pode me achar maluca, mas eu acho que pode ter algo a ver sim.
- Me explica isso direito então. - diz Gyutaro.
- Há uma lenda sobre um ser, que se chama homem torto, bom, essa lenda já é muito falada, se você pesquisar no YouTube, alguns Youtubers falam dessa lenda. - Chelsea começa a contar a lenda a Gyutaro.
- Parece que por volta de 1964, um pai junto com seu filho se mudaram para uma casa, onde os móveis eram todos tortos, numa noite quando eles foram dormir, o pai acordou com os gritos do filho, quando ele chegou no quarto ele viu seu filho sendo agarrado por uma criatura, que tinha uma certa aparência humana, mas era toda torta, com uma pele decomposta e um sorriso medonho, e que no lugar dos olhos eram buracos pretos, com braços longos e rosto palido, quando o pai partiu pra cima da criatura ela simplesmente sumiu como se não estivesse lá.
- Meu Deus. - diz Gyutaro prestando bastante atenção.
- Depois disso eles saíram da casa. - continua Chelsea contando a história.
- Mas por falta de dinheiro eles tiveram que voltar na casa, num dia o pai estava pela casa andando a procura de seu filho e entra num sótão, pensando que seu filho poderia estar escondido lá, quando ele chegou lá viu o corpo de seu filho sem vida e do lado do corpo tinha uma carta com um poema, bom, não vou cantar esse poema porque dizem que quando você canta ele você atrai o homem torto, na lenda foi esse homem torto que matou esse menino.
- Mas onde ocorreu essa lenda? - pergunta Gyutaro.
- Isso eu não sei.
- Mas como isso tem haver com os assassinatos, você disse que não pode recitar esse poema que atrai o homem torto, pra isso todas as vítimas que morreram teriam que ter lido este poema em algum lugar. - diz Gyutaro.
- Mas tem outra história que dizem que ele pode surgir para quem ele quiser, ele primeiramente aparece no pesadelo de uma pessoa, a pessoa acorda assustada, o medo acaba atraindo ele, aí ele começa a meio que perseguir essa pessoa até mata- lá ou que ela tire a própria vida, após ter o pesadelo com ele significa que ele tá querendo te matar e que uma hora ele vai aparecer para você, da para você saber se ele está por perto porque a presença dele é muito pesada, dando a impressão de alguém estar junto com você, e mesmo após ele sumir do local, você ainda sente um clima tenso e pesado.
- Então quer dizer que a pessoa sente a presença dele de tão pesada? - pergunta Gyutaro.
- Sim, mas nessa versão dizem que começa quando a pessoa tem um pesadelo com ele.
  Gyutaro neste momento se lembra que seu amigo disse a ele no mesmo dia em que ele morreu que ele teve um pesadelo, e que o ser que a Chelsea estava contando batia com o que Patrick tinha dito para ele.
- Olha, Patrick me disse que teve um pesadelo com está criatura, as características batem, ele me falou que sonhou com está criatura e que levantou assustado de madrugada, quando ele se levantou sentiu uma ardência em suas costas, quando passou a mão tinha sangue, decidindo ir ver no espelho, quando ele chegou lá ele viu um corte nas costas bem profundo, aí ele falou que apareceu uma figura de um homem com um sorriso medonho, e que no lugar dos olhos eram esses buracos pretos aí, ele me contou que pulou para longe do espelho, aí o espelho explodiu cortando ele.
- Meu deus, mas você chegou a ver esse arranhão. - pergunta Chelsea.
- Sim, era um arranhão enorme, e ele estava mesmo todo cortado, ele falou que foi a explosão que o vidro causou nele, mas ele fez uns curativos, ele me contou isso no mesmo dia em que foi assassinado.
- Por que você não vai a delegacia falar isso, você meio que foi um dos últimos que conversou com ele. - sugere Chelsea.
- Você acha que eles vão acreditar nessa história.
- Tenta uai, você teve contato com ele antes dele morrer.
  Assim Gyutaro e Chelsea partem para a delegacia, Gyutaro ainda achava essa história muito maluca e confusa. Chegando na delegacia o policial que ele conversa é o mesmo policial que ele conversou no dia que Patrick foi morto, o policial Akira.
  Senhor Akira já estava prestes a se aposentar, mas aparentemente tinha o corpo em forma ainda, com sua careca que chega brilhava na delegacia, e seus olhos castanhos escuros, e sua pele de tom moreno. Gyutaro e Chelsea entram na sala com ele, junto ao polícial estava o novato, o policial Okumura.
- O que vocês vieram fazer aqui. - pergunta Akira.
- Quero falar algo sobre o assassinato de meu amigo, o jovem Patrick.
- Olha, se veio aqui perguntar se temos uma pista sobre o assassino os tios deste jovem já vieram aqui e fizeram uma confusão aqui porque ainda não temos nenhuma pista, então podem se retirar. - diz Akira com a voz ranzinza e rabugenta.
- Não, muito pelo contrário, eu vim falar de algo que o Patrick tinha me dito antes de ter sido assassinado, eu tive contato com ele antes de sua morte. - diz Gyutaro.
- Hum, isso pode ajudar, me diga rapaz.
- Talvez o senhor não acredite muito no que vou dizer, mas não quero que me interrompa em nenhum momento. - Akira e Okumura ficam prestando atenção, mas com uma dúvida nos olhos sobre o que Gyutaro iria dizer.
- Antes dele ter sido assassinado ele me contou que teve um pesadelo, com um homem com um sorriso medonho, e não possuía olhos, e tinha garras enormes, ele levantou no meio da madrugada assustado com o sonho, quando ele se levantou sentiu uma ardência nas suas costas, chegando no banheiro para ver o que era ele viu um arranhão enorme em suas costas, depois apareceu o rosto deste homem no espelho, ele saiu de perto do espelho que acabou explodindo e cortando ele, bom, não sei como isso pode ajudar, mas foi a última coisa que tinhamos conversado, ele me contou isso no dia que foi assassinado.
- Vocês estão de brincadeira com minha cara, vocês me fazem perder meu tempo pra eu ouvir uma histórinha de terror. - diz Akira com a voz nervosa.
- Vocês não vão me dizer que também acham que a morte dele foi provocada por uma lenda que muitas pessoas estão acreditando. -diz Akira já revoltado.
- Senhor me desculpa, mas não tem nenhuma prova no local, só uma faca que vocês tinham dito numa entrevista, que estava manchada com algo preto, que parecia ser sangue aquilo, e que tinha as digitais do meu amigo nela, como se ele tivesse lutado antes de ter sido morto, vocês não encontraram mais nada lá, nem alguma bala de revólver, marcas de tiro? - pergunta Gyutaro.
- Não, mas o que vocês está insinuando, que eu não estou fazendo meu trabalho direito em moleque. - diz Akira parecendo que vai explodir de raiva enquanto Okumura fica observando.
- Eu acho que seu amigo só pode estar drogado naquele dia pra ter tido este pesadelo. - afirma Akira ainda zangado.
- Não, meu amigo nunca usou esse tipo de coisa, além disso eu vi as marcas de garras nas costas deles, e um pouco dos cortes que ele teve, vocês por acaso não viram se onde ficava o espelho do banheiro estava sem nada ? - diz Gyutaro.
- Realmente no local onde devia ter um espelho não tinha, como se tivessem quebrado, porque ainda tinha alguns pedacinhos presos. - diz o policial Okumura desta vez.
- Então, isso de alguma forma já prova que a história do espelho pode ser verdade, ele não teria por que mentir. - diz Chelsea que até aquele momento estava calada.
- Mesmo assim vocês sugerem que um ser fictício de uma lenda está por trás disto, a faça mil favor, vão embora da minha delegacia que eu tenho mais o que fazer. - diz Akira já muito com muita raiva.
  Chelsea se levanta da cadeira já cansada com o modo que o policial estava falando com Gyutaro.
- Então por que o senhor não investiga mais um pouco. - diz ela em tom alto e com uma voz nervosa.
- Vai lá e investiga mais um pouco, o senhor disse que Patrick foi assassinado de forma brutal, que o corpo estava cortado ao meio e destroçado, como um ser humano conseguiria fazer aquilo, vocês não acharam nem sangue do assassino, só um sangue preto sabe se lá de que coisa foi aquele sangue preto, se o suspeito não estava com nenhum revólver provavelmente Patrick de alguma forma revidou, e possivelmente usou aquela faca para isso, e Patrick era bem forte ele conseguiria se defender contra alguém, se vocês fizeram a perícia pelo menos talvez viram alguma marca de garra no corpo dele, por mais que estivesse destroçado daquela forma, se tiver essas garras na perícia, então me explique como um ser humano iria usar garras para fazer um estrago desses ao ponto de cortar uma pessoa com tanta profundidade, e como esse assassino conseguiria escapar sem ao menos ser visto, nas entrevistas que vocês já tiveram, vocês sempre diziam que quase em todos os corpos tinham marcas de garras, não acha que é melhor começar a pensar por esse lado, será que isso é uma criatura ou sabe se lá o que, mas já sabemos que um humano não poderia fazer essas coisas desse modo sem deixar nenhum rastro apenas sangue na parede dizendo que o homem torto esteve aqui. - diz Chelsea e junto de Gyutaro vai embora, mas antes ela fala:
- Tente pensar de outro modo polícial, e tenha uma boa tarde. - Chelsea vai embora mais Gyutaro deixando os policiais na dúvida, até que Okumura diz ao senhor Akira:
- Ela tem um ponto.
- Até você Okumura. - diz Akira um pouco mais calmo.
- De fato está garota tem um ponto, na perícia mostrou que de alguma forma, aquilo tudo no corpo do jovem pode ter sido feito com garras, e aquele sangue preto que estava na faca.
- Pode ser tinta sei lá. - diz Akira já confuso.
- Não, porque o perito disse que aquela coisa preta na faca era sangue, só que era preto, na verdade bem preto ainda por cima, porque nem o sangue humano tem aquele mesmo  tom de sangue que estava na faca, e no corpo dele não tinha bala nem nada do tipo, só cortes e muito profundos, além do braço arrancado e o corpo cortado ao meio. - diz o policial Okumura.
- Então o que você sugere para fazermos agora Okumura? - pergunta o senhor Akira.
- Pode parecer uma ideia maluca, mas vamos perguntar para os familiares e pessoas que tiveram contato antes das vítimas terem sido assassinadas, bom, pelo menos vamos saber se mais alguém teve esse tipo de pesadelo, ou se antes de terem sido assassinadas estavam com medo ou se comportando de modo estranho do que de costume. - diz o policial Okumura.
- Elas vão achar estranho essa pergunta, mas não custa tentar, estou vendo que está investigação irá para o fundo do poço, mas fazer o quê. -diz o senhor Akira ainda duvidando da possibilidade de não ser um humano que está fazendo os assassinatos, mas ele acaba desistindo de questionar e implicar.
- Quem sabe de alguma forma isso ajude a investigação. - diz o policial Okumura.
- Então vamos começar com os familiares da primeira vítima de quando começou a ocorrer os assassinatos então. - sugere o senhor Akira.

Notas finais do autor:

  Olha me desculpem se a história não está muito boa, é que é minha primeira história, então peço desculpas se não estiver muito boa, mas vou tentar dar o meu melhor. E está lenda que eu contei eu pesquisei ela no canal fatos desconhecidos, não fui eu que criei essa lenda, meio que já existe, tipo uma Creepypasta. E peço desculpas se tiver algum erro de escrita que passou despercebido por mim.

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