A perca de alguém querido.

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    Após anoitecer, Patrick ainda estava com medo, do que aconteceu, o que aquele sonho queria dizer, foi tudo muito estranho para ele, e estava assustado porque o clima do apartamento estava muito estranho, um clima tenso, como se Patrick não estivesse sozinho, um clima pesado, como se alguém tivesse morrido. Patrick já estava começando a querer sair de seu apartamento e ir para o de seu amigo Gyutaro, mas mesmo com essa tensão no ar ele decide ficar, resolve assistir um filme, depois resolve assistir seu programa favorito.
  Patrick ficou assim até de madrugada, resolveu tomar um banho, ligando sua banheira, ficou na água quentinha por um bom tempo, ele estava muito pensativo, estava se sentindo estranho, ele não estava gostando dessa sensação, até que o rosto sombrio do homem surgiu em sua mente, o deixando mais assustado após lembrar daquele sorriso medonho, parecendo o sorriso do próprio demônio, o que deixava mais tensão e medo em Patrick, era o silêncio que estava, e para piorar Patrick tinha desligado as luzes de seu apartamento, apenas a do banheiro estava ligada, um silêncio onde não havia nem barulho de grilos, apenas o som do vento lá fora, o tempo estava nublado, onde não havia estrelas no céu, começando assim a chover. Patrick escuta os barulhos da chuva lá fora que começam a aumentar, e surgindo barulhos de trovões, o que o deixava mais preocupado, é que no pesadelo, estava praticamente o mesmo clima, chuva lá fora, com a casa toda escura, e um silêncio assustador, como se algo estivesse prestes a acontecer, ao mesmo tempo ele sentia o silêncio e também sentia como se estivesse uma presença naquele local, como se estivesse mais alguém no apartamento.
  Até que a porta do banheiro é aberta de leve, Patrick se assusta, ele se sentia indefeso, estava completamente nu dentro da banheira e sem nenhuma arma ou algo que pudesse usar para se defender caso necessário, até que o telefone da sala toca, Patrick coloca seu roupão e vai lá para atender, pensando que poderia ser Gyutaro, chegando lá, ele observa aquela escuridão, com apenas a luz do banheiro acessa que clareava uma parte do ambiente escuro, ele atende o telefone.
- Alô. -mas ninguém responde, ele ainda deixa mais alguns minutos no ouvido esperando ouvir algo, entretanto parecia que não havia ninguém do outro lado da linha.
  Ele volta para o banheiro e entra na banheira, e fica lá, assustado com o clima, um medo percorrendo seu corpo, a porta do banheiro que estava até aquele momento fechada se abre, fazendo um barulho, parecendo que alguém que abriu a porta, até que algo puxa a porta com força, aquilo não era o vento, a porta se abre com uma força novamente que faz um barulho e bate na parede com força, o deixando mais assustado.
- Meu deus, que não tenha mais ninguém nessa casa, isso está me dando muito medo. - pensa Patrick.
  Até que Patrick vê um vulto enorme passando pela sala, neste momento o telefone toca mais uma vez, ele vai lá atender, pega o telefone com suas mãos tremendo
- Alô. - diz Patrick com a voz trêmula.
- sério pode parar com essa palhaçada.- diz Patrick desligando o telefone, ele volta para o banheiro e senta na banheira, ele pensa.
- Acho melhor sair dessa banheira e jogar uma água gelada no corpo. - Patrick liga o chuveiro na água gelada, esperando que aquele vulto foi apenas impressão sua, mas ele escuta passos em direção a porta do banheiro, ele olha rápido, e vê um vulto que passa rapidamente pela porta, o telefone toca mais uma vez, e ele vai atender, chegando lá ele atende e diz.
- Caralho para com essa merda e me deixa em paz. - diz Patrick com medo e raiva ao mesmo tempo, até que uma voz surge no telefone dizendo:
- Seu amigo torto está aqui, você até que ficou bonitinho com o arranhão nas costas hahahaahhahahaha. -diz uma voz assustadora, parecendo a voz do próprio coisa ruim, Patrick resolve dizer o seguinte:
- Pra começo de conversa nem estou em casa. - diz Patrick, mas a voz no telefone diz:
- Não minta pra mim, seu amigo torto te viu entrando na banheira sem nada no corpo, e neste momento você está na sala, com seu roupão, vou mostrar que estou aqui. - a voz no telefone some, deixando Patrick mais assustado, ele corre para o quarto para se vestir, conseguindo colocar apenas uma bermuda fina e uma regata, ele escuta mais barulhos e corre lá para baixo, vento mais uma vez o mesmo vulto passar de maneira rápida, ele vai para a cozinha e puxa uma faca e diz:
- Vou chamar a polícia, cai fora daqui, me deixa em paz.
  Patrick vai imediatamente para o telefone para ligar a polícia:
- Alô, por favor preciso de ajuda, tem alguém na minha casa.
- ok, me mande o endereço. - diz o policial atrás da linha.
- rua winter, no apartamento 515, minha casa é próxima a uma conveniência, por favor, mande logo essa viatura!!
- Ok ok, mas tome cuido com o invasor, saia pra fora da casa, e se for preciso pegue algo pra se defender, logo a viatura chega.
- Ok ok.
  Patrick vê outro vulto passando pela cozinha, quando ele corre para sair para fora da casa, as portas se fecham, o deixando preso dentro da casa com o homem torto, quando ele olha para o banheiro, ele vê um ser, igual de seu pesadelo (no caso o homem torto) saindo do banheiro tendo que se abaixar por conta de sua enorme altura. Patrick imediatamente corre para o segundo andar, a criatura vai atrás dele correndo de maneira atrapalhada, Patrick entra em seu quarto e tranca a porta, pois acaba sendo uma má ideia, mas por conta do medo ele mal conseguia pensar em nada, o homem torto da um soco na porta fazendo um buraco e agarra Patrick com sua mão fria, e começa a sufoca-lo, Patrick usa a faca e fura a mão do homem, fazendo ela jorrar sangue preto, Patrick se afasta da porta, mas o homem usa a outra mão passando pelo buraco que ele fez e abre a porta, Patrick fica cara a cara com o homem torto, que era gigante e assustador, ele vai para cima de Patrick e o agarra pelo pescoço o erguendo com uma força incrível, sua mão que estava com um corte profundo causado pelo Patrick, logo se regenera do ferimento.
  Ele usa a faca contra o pescoço do homem, igual ele fez em seu pesadelo, o homem torto o arremessa para a porta, e solta um som assustador causado pela dor, Patrick corre para baixo e vai para a cozinha tentando sair pela janela, mas o homem o agarra por trás e o arremessa pra mesa da cozinha, Patrick enfia a faca no peito da criatura, mas não adianta, porque ele agarra a mão de Patrick e usa suas garras enormes e corta a mão de Patrick fora, fazendo jorrar muito sangue, e arremessa Patrick como se ele fosse um boneco, mesmo com uma mão fora, Patrick luta usando a faca que estava presa ainda na sua mão arrancada para lutar, mesmo sentindo muita dor ele tentou enfrentar o homem corpo a corpo, o homem torto pega a faca e a arranca da mão de Patrick, e segura a cabeça dele e arremessa contra a televisão, deixando Patrick todo machucado em seu rosto, ele estava espantado com a força que o homem torto tinha, por mais que ele fosse torto e muito magro ele tinha uma força absurda, e olha que Patrick é bem forte e musculoso, mas não estava conseguindo bater de frente com o homem torto.
  Após ele se virar para o homem torto ele é perfurado com as garras do homem torto que atravessa seu estômago, e depois tem o braço cortado, o homem tira suas garras do estômago de Patrick. Ele perdeu muito sangue e estava sentindo muita dor, estando prestes a morrer, mas antes disso ocorrer o homem torto acaba com o corpo de Patrick e com sua face, deixando apenas sua carne, e fura os olhos de Patrick com suas garras enormes, e ainda, separa o corpo de Patrick ao meio usando suas garras que eram muito afiadas e rápidas. O corpo de Patrick estava irreconhecível, a criatura desaparece da mesma forma que veio.
  Quando os policiais chegam eles gritam para ver se tem alguém, eles arrombam a porta, chegando lá, eles observam a cena de Patrick morto, cortado ao meio, com os olhos furados, e com um braço separado do corpo, e antes do homem torto partir, ele tinha deixado uma mensagem na cozinha, escritas com sangue do próprio Patrick:
O HOMEM TORTO ESTEVE AQUI
  Ninguém sabia como aquele ser tinha entrado e saído sem deixar pistas, de alguma forma, o homem torto aparece através do medo que ele causa a sua vítima com o pesadelo que ele cria, de certa forma, é assim que esse ser perverso aparece e some quando bem intender, ele deixa seu clima pesado no ar, até os policiais quando entraram na casa sentiram isso.
  Gyutaro resolve ligar para o celular do amigo, mas quem atende é um policial:
-Alo Patrick, você está bem com o que aconteceu, sei que está tarde, me desculpe se te acordei. -diz Gyutaro do outro lado da linha.
- Infelizmente esse jovem está morto. -diz o policial no telefone.
- Oi como assim, quem está aí, o que aconteceu com meu amigo.
- Eu sou policial, infelizmente assassinaram seu amigo de forma brutal, ele tinha ligado para nós dizendo que havia algum invasor na casa dele, chegamos aqui e ele está morto.
  Gyutaro começa a chorar no telefone sem parar.
- Alô, você está aí ainda? - pergunta o policial.
  Gyutaro se veste e corre para pegar sua bicicleta, a casa de Patrick fica apenas em  6 quarteirões. Chegando no local, Gyutaro corre imediatamente onde está o corpo de seu querido amigo, os policiais não deixam ele entrar na casa, mas pela porta ele consegue ver o corpo de Patrick, e ele começa a chorar mais ainda, Gyutaro após ter conhecido Patrick quando ele tinha 11 anos de idade eram muito apegados como irmãos. Gyutaro chora sem parar, o policial tenta acalma-lo e pergunta.
- Você conhece os familiares do jovem. - pergunta o policial, que está prestes a se aposentar, mas antes disso ele quer pegar o sujeito que anda matando pessoas, ele quer fazer isso como seu último serviço de policial.
- Conheço, ele foi criado pelos tios, os pais dele morreram já faz um tempo. - diz Gyutaro ao policial, com a voz chorosa.
- Eu quero dar a notícia a eles. - diz Gyutaro e o policial fala:
- Você tem certeza meu jovem, você mal aguenta falar.
- Sim, eu quero dar a notícia a eles. - diz Gyutaro com a voz mais firme e determinado a dar a notícia.
- Tudo bem então meu jovem, mas qual era o nome de seu amigo, nome completo também.
- É Patrick Paterson, ele não é de origem do Japão, ele é americano. - diz Gyutaro.
- Ok, obrigado meu jovem.
  Imediatamente Gyutaro pega o celular e liga para a casa dos tios de Patrick, Gyutaro sentia um aperto no peito por dar uma notícia dessas para os tios de Patrick, ele sentia uma certa culpa, porque ele devia ter insistido para seu amigo dormir na sua casa está noite, e isso não aconteceria com seu colega, ele fica se sentindo culpado dessa forma, além de não saber como iria dar essa notícia tão horrível, ainda mais porque ele conseguiu ver o corpo de seu amigo, ele não tira essa imagem da cabeça.
- Boa noite Gyutaro, aconteceu algo pra você ligar. - quem está no telefone é a tia de Patrick, a senhora Elizabeth Paterson.
- Olá senhora Elizabeth, desculpe por ligar a essa hora, mas tenho que lhe dar uma notícia sobre Patrick.
- O que aconteceu com ele Gyutaro, me fala logo. - Diz ela com a voz desesperada e preocupada.
- Patrick acabou de ser assassinado.
- Meu Deus, ma... mas como, o que houve, isso só pode ser outra pessoa, não pode ser meu Patrick, ele veio aqui hoje.
- Sinto muito, mas é ele mesmo, ele foi assassinado de for...for...forma brutal.- diz Gyutaro quase gaguejando e querendo chorar no celular.
- Sinto muito por dar está notícia. - diz Gyutaro desligando o celular e começando a chorar muito. Os policiais fizeram uma vistoria completa na casa, e a única coisa que encontraram foi a faca que Patrick usou contra o homem torto, que ainda está com sangue preto da criatura, e encontrar o recado que o homem torto deixou, feito com suas garras pela parede da cozinha, dizendo:
O HOMEM TORTO ESTEVE AQUI.
  O polícial que conversou com Gyutaro que está prestes a se aposentar, mas não antes de pegar o homem torto se chama, Akira, e ele está conversando a respeito dos assassinatos que estão ocorrendo.
- Isso não pode continuar, temos que descobrir quem é este homem que está cometendo esses assassinatos, desde 2018, até esse ano, em 2022, e olha que já está acabando o ano e não pegamos esse sujeitinho, ele nunca deixa provas, nem nada, só suas assinaturas de sangue onde pode. - diz o senhor Akira, para o policial novato, Okumura, um jovem de 26 anos, de cabelos escuros, pele clara, olhos verdes, um rapaz de estatura média, mais baixo que Gyutaro, mas com o mesmo corpo atlético.
- Realmente, desde quando entrei pra corporação esse assassino anda solto, mas será que ele é realmente um homem, será que não é uma entidade, igual muitos dizem. - diz Okumura.
- Bobagem, isso é um simples assassino que usa uma lenda para cometer seus assassinatos, isso não é nenhum caso sobrenatural, ou de um ser que surgiu sabe se lá da onde. - diz o senhor Akira, descordando da opinião do Okumura.
  No dia seguinte foi o enterro de Patrick, o que restou do corpo foi cremado, Gyutaro resolve passar na casa dos tios de Patrick, eles ainda estão muito tristes com o que aconteceu, mas mão imaginam como estava o corpo de Patrick, Gyutaro ainda estava traumatizado em ver o corpo de seu amigo naquele estado.
 
Me desculpe se teve algo de errado na escrita, mas espero que gostem deste capitulo ☺️!

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