꧁༺քʀóʟօɢօ༻꧂
Sião - 1782
"Sempre o cheiro de Sândalo!"
Enquanto a vida fervilhava em Sião e Bangcoc era elevada a Capital, nos corredores do Palácio, um jovem sofre as amarguras de ser descoberto.
Homem rico, obrigado a se casar com uma das filhas de um nobre falido para manter o tal homem no poder e trazer luz ao nome de sua própria família. Mas no meio do caminho as coisas mudam e tudo se perde. Ou se encaixa. Ninguém realmente sabe ao certo...
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— Ela é uma boa moça e vai lhe fazer feliz. — Disse o pai, quando lhe contou sobre o compromisso com Chomp. Mas tudo o que Chomp é não chega perto de ser bondade, carinho ou delicadeza. Ela quis ele como capricho e o pai dela o conseguiu para a filha mimada. E nem foi por amor. Nunca era. Ela sabe o valor da chantagem. Mesmo a preço de sangue...
Rak Fiat não era um homem fraco e estava longe de ser alguém visível aos olhos de outros. Aceitaria sua sina e seguiria o fado dos homens que nasceram como ele.
Não havia nada que ele pudesse fazer. Nada e ninguém protegeria alguém como ele das pessoas que deveriam amá-lo. Foi pensando assim que ele seguiu para o templo e foi lá que conheceu o seu destino.
Ou foi atropelado por ele.
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As festividades animam as pessoas. Menos o homem de confiança do novo soberano. O general do rei segue seu caminho pensativo. Há dias as palavras do mago, que encontrou no rio, o perturbam.
"Quando encontrar o amor vai ter que escolher vivê-lo ou perdê-lo. Se a sua escolha for deixar ir, vocês só se encontrarão quando o mundo for maior e as asas dos homens não se desmancharem mais ao sol."
Piongchantaron conhecia a história de Ícaro, que querendo voar, tinha colado penas das aves em seu dorso e conseguiu levantar vôo, mas o contato do calor com a cera que usou como goma, derreteu seu trabalho e o final não foi o esperado.
Ele era um general das antigas. Homem versado nas armas e nas letras. Homem de guerra como os seus ancestrais. Não queria crer naquelas palavras, mas elas não saiam de sua mente. E porque ele deixaria o amor ir embora?
Os dias se seguiam e as palavras do homem da feira flutuante seguiram-no até fazer parte de Piongchantaron, ser as moléculas e átomos que compunham seu belo corpo e sua honrada alma. Assim como aquele perfume. Sândalo.
Em todos os lugares as pessoas vendem e compram flores e buscam conhecer sua sorte. Alguns desses seres nem se importam realmente com os méritos. Seus agradecimentos são automáticos e sem significado. Voltam aos templos apenas por passeio e diversão. Outros, crédulos que são, ouvem todas a sorte de premonição.
No templo, as pessoas se juntam para ver a leitura das pétalas. Piongchantaron passou reto, fugindo das mãos que tentam alcançar os desavisados para conhecerem sua sorte.
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O Fruto Proibido 3 #ChanRak
FanfictionAkai Ito. Onde Rak, irmão de Pol, para satisfazer a vontade do sobrinho, aceita conhecer P'Chan. Onde P'Chan descobre que o rosto desconhecido é do irmão de Pol, seu amigo. Onde um amor que venceu o tempo e as injúrias procura florescer, apesar do...