17. Rascunhos Shakesperianos #VegasPete

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        Rak, Tankhun e Pete estão na casa de Khorn Theerapanyakul curtindo uma tarde de piscina. O sol escaldante muda a aparência do lugar e só não os queima,  porque os três estão protegidos no deque. Pete lê com o fond no ouvido, como sempre faz.  Volta e meia risca o livro,  fazenfo alguma anotação.

        Rak e Tankhun ouvem música, usando o mesmo fone. Por isso mesmo também conversam aleatoriamente.  Entretanto, o filho de Torrent não está  totalmente preso ao momento.  Sua mente divaga em diversos pensamentos. Um deles, o mais recorrente, é sobre Chan.

        Desde o dia em que Rak assumiu que deseja Chan, eles estão estremecidos. Khun foi quem primeiro percebeu. Rak voltou a viver com Torrent e dormir com os novos pais. E agora eles conversam sobre isso.

        -    Rak, meu bebê, se você se afastar dele vão acabar se perdendo.

       -    Foi assim com você e o Macau?

       Rak sabe que está sendo horroroso com o primo,  mas cansou de Chan e Macau. Esses dois podem dar a mão e sair por aí, porque são duas toupeiras. Ele não pediu P'Chan  em casamento, era só alguns momentos de prazer,  mas o homem ficou mais frio que lápide de granito! Como conversar com Khun que também estava vivendo o desamor?

        -    Quer uma adaga ritual? Talvez me machuque mais, seu menino rancoroso!    -    Tankhun reclama,  mas ainda assim abraça o primo.

        Desde que Rak entrou na vida deles que Tankhun vem cuidando dele com carinho. Assim como sempre apoiou Kim e Arm, agora protege o novo membro da família. Se depender dele, P'Chan vai acordar para a vida muito rápido.  Por bem ou por mal.

         -   Desculpe, Khun. Mas acho que não há nada que nós dois possamos fazer para despertar nossos homens.

        -    Há sim!   -   Pete, que está lendo Shakespeare à beira da piscina, ouviu e se meteu na história.

        -   Há mesmo, professor?

        -   Sim. E é a solução mais antiga do mundo. Nosso bom e velho Shakespeare a usou até a morte, nos três usaremos para a vida.

        Pete falou batendo a mão no livro que lia, o som rijo da capa dura fez os olhos de Tankhun verificar o nome da obra que o marido do primo lia.  Ao ouvir de estratégia que levou à morte, ele pensou em Otelo,  mas viu que Pete estava lendo a "Megera Domada".

        -     Está bem. Desisto. Diz logo o que você acha que vai despertar esses dois malucos!

        -     Ciúmes. Você e Rak vão namorar. Não dou três dias para Macau e P'Chan virem tirar satisfação com vocês.

        -     E meu primo correu atrás de você por anos. Como o Vegas se interessou por alguém tão idiota?

        Tankhun estava falando e pensando. A ideia não era nem de longe idiota. As pessoas precisam perder para valorizar. É a vida. Por outro lado, Rak não entende Pete rir ouvindo Tankhun implicar com ele.

        -    Você ainda não entende esse idiota. Ele está me xingando só por fora. É a estratégia dele e ja me acostumei. Issó é só para ganhar tempo e entender minha ideia. Ele está só prnssndo...

         E era.

         -    Petezinho! Você é um gênio! Como vamos fazer?

          -    Vocês dois nada. Ou melhor. Vão continuar juntinhos. Durmam juntos na rede.  Vão comer só os dois. Riam juntos. Fofoquem ao pé do ouvido.  Andem de mãos dadas.

O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde histórias criam vida. Descubra agora