13. Esperança 1.2

19 4 2
                                    


          Dois meses se passaram desde que Vegas chegou à Coréia e só agora Rak tem reagido bem. Há uma semana os últimos exames foram feitos e agora os três estão no consultório do médico para receber o diagnóstico.
 
           -   Senhor Rak,  como lhe disse desde o início,  você não tem nenhum tipo de tumor. Os exames que pedi por último foram pedidos para que tenha certeza que nem mesmo  tem alguma tendência genética.

           -   Doutor,  minha mãe morreu dd câncer.  Como não tenho propensão genética?

           -   Sim. Solicitei ao médico de sua família o prontuário dela. Entretanto, ela teve câncer de útero. E ela só faleceu por descobrir tarde demais. Hoje em dia esse tipo de tumor é facilmente tratado se diagnosticado em tempo.

         -    Sei...

         -    Uma ocorrência familiar possível seria se você tivesse irmãs, mas sei que não é o caso.

         Rak ouviu ainda sem acreditar. Lembra que a mãe fazia exames regularmente.  Como ocorreu essa doença sem que ela percebesse?

          -    Rak, o laboratório comunicou seu médico que houve a troca de exames. Infelizmente,  se você quiser entrar com um processo contra eles, seu susto vai ser de conhecimento de sua família.

             Chsn e Vegas seguram as mãos de um Rak ainda enfraquecifo. Desde a chegada de Vegas que ele tem se esforçado para fugir de seus medos, mas ele realmente não cuidava das suas refeições quando estava sozinho.

         -    Eu vou aconselhar ele processar, dr Gangbam. O sofrimento pelo  qual ele passou não deve ser enfrentado por mais ninguém.

          -    Concordo com você, khun Chan. É visivel os transtornos que ele passou.

         -     Podemos boltar à Tailândia, doutor?  -   Vegas perguntou preocupado com o primo.

         -    Quero ver minha mãe.  -   Rak está cpm saudades de casa.

          -     Eu prefiro que ele passe mais alguns dias por aqui. Precisamos combater essa desnutrição que ele adquiriu com o estresse e a falta de alimentação adequada.

          -    Quantos dias?   -    Chan perguntou. Enganar khun Joly não está sendo fácil e sua desconfiança tinha acabado por abortar os planos de Pete de ficar na Coréia nas férias de Venice. Eles até visitaram Rak,  mas voltaram logo.

        -    Mais um mês. Depois disso ele fará acompanhamento lá. E vocês precisam conversar com o psicólogo dele aqui.

         -    Vegas conversou com ele ontem,  dr. Ele acrefita wue nosdo Rak aqui vai continuar fazendo terapia em nosso país.

         -     E você tem que levar sua promessa a sério, meu jovem. Enfrentar o luto sozinho é mais fácil quando a perda é recente.  Depois que passa o tempo, fica mais difícil porque além da for tem a ansiedade e o paciente até se culpa por incubar a dor.

        -    Agora eu sei, doutor. Vou continuar lá e vou conversar com minha família sobre isso. Vegas e pī Chan têm me feito ver que agora não estou mais só e posso aceitar colo.  Agora tenho uma rede de apoio muito maior.

        -    Colo não vai lhe faltar. Você viu que até minha madrasta veio aqui ver seu estado.

        -    Nem sabia que tia Nane conseguia guardar segredo.

        -   Provavelmente contou para meu pai e para tio Khorn. Todo dia eles perguntam de você como se nada soubessem.

         -   Viu, meu rapaz? Você vai ter muito apoio por lá.

        -    Obrigado, doutor. Obrigado principalmente por ter respeitado meu estado e ter feito todos os exames possíveis para me acalmar.

        -    Imagine! Não fiz mais do que minha obrigação.  E tive o apoio de seu médico. Fico feliz que ele também tenha respeitado sua dor e tenha colaborado quando você aceitou refazer seus exames aqui.

          -   Então estamos conversado. Orientei a secretária para marcar seus retornos semanais. Daqui quinze dias faça um hemograma completo e me traga no retorno. Tudo bem?

         Saíram do consultório com Rak nuito mais leve.

         No restaurante, minutos depois, Rsk olhava as opções de sobremesa e Chan lhe sorria. Vegas percebia o alívio do amigo msis velho.  Chan não quer dar o braço a torcer, mas o entiado de Naneng Theerapanyakul já percebeu que ele está se envolvendo aos poucos com Rak.

        -    Acho qie ele está voltando ao normal. Voltou a escolher sobremesa antes de pedir a comida...

        Chan pensa o mesmo, mas ainda acha cedo para comemorar.

         -   Você vai esperar mais para confiar nessa melhora, não é, pī?

         Chan sorriu. De alguma forma ele e Vegas dividem essa habilidade. Ambos sabem o que o outro está pensando.

         -    O que precisamos fazer, Vegas,  é prepará-lo para a volta. Os pais dele vão ficar revoltados com nós dois por ajudá-lo a esconder esta história toda.

         -    Sim. Mas nós dois pensamos no bem-estar dele e estávamos certos que era só um erro do laboratório.

         -    Eles não vão aceitar fácil. 

         -    Não mesmo, mas meus tios vão mimar ele,  enquanto nos darão muito sermão e até um gelo.

          Eles sabem e não se importam. Rak vai enfrentar o tratamento junto deles e isso é o importante.  Uma vez bem de novo, ele mesmo vai conseguir convencer os mais velhos que foi sua escolha.

          Rak voltou para a mesa.

          -   Tem uma receita nova com frutas brasileiras e chocolate.  Eu provei e amei. Vocês já pediram a comida?

           -    Não.  Estamos lhe esperando, rapaz.

           Sorrindo, sem notar,  com faz já com frequência, Rak acariciou a mão de Chan que estava sobre a mesa.  Vegas sorriu da naturalidade do ato. Os dois nem perceberam o que faziam. Uma leve esperança pousou no coração do amigo. Pelo visto eles estavam se aproximando devagar.

         Fizeram o pedido e almoçaram conversando. Rak comeu praticamente tudo e depois comeu o creme de cupuaçu com chocolate.

          Ofereceu de sua colher para Chan, que aceitou e aprovou a escolha.

           -   Delicioso mesmo. Vou pedir para mim...

           -   Pī, não precisa, você come tào pouco... Por que não dividimos esse aqui?

           -   Isso, Chan. Comam juntos. Se ele quiser mais, depois pedimos outro.

          Vegas ficou feliz de ver Rak comer e mais feliz ainda de vê-lo dividir com Chan a sobremesa.  Por dous meses ele viu o rapaz engolir louco da pequena porção que se servia. Vê-lo comer tão bem, sem ao menos notar,  lhe trouxe  a esperança de volta. Ele vai sair dessa depressão e vai notar as belezas à sua volta. Vai notar que ele e Chan já estão construindo uma relação amistosa.

        -   Quer que eu peça mais, Rak?

        -   Não, Chan. De repente me deu um sono... Podemos ir para casa?

        Chan saiu com ele para o carro,  enquanto Vegas pagou a conta. Eles já espetavam o sono. Tanto tempo sem comer direito,  o organismo de Rak reagiu de forma dsperada. Ele adormeceu no pmbro de Chan. Foi assim que eles seguiram para casa.      

          -   Vou colocá-lo na cama, Vegas. Depois conversamos.

         -    Fique com ele. Vou ligar para casa. Pete está ansioso esperando notícias. Nem sei como ainda não ligou.

         -    Está bem. Sinta-se em casa. Vou seguir sua orientação e ficar com ele.

🌿🌿🌿🌿🌿🌿

        

O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde histórias criam vida. Descubra agora