26. Anjo Caído

16 5 17
                                    

Time e Tay esperaram por uma hora no aeroporto. Houve dificuldade de pouso e a órbita de espera foi longa e cansativa para tripulantes e passageiros. Algumas aeronaves tiveram que descer logo, dificultando o avião que os trazia, que mesmo já estando no aeroporto, quase teve que mudar de rota, mas enfim conseguiu pousar.

Vegas e Chan desembarcaram e os dois que os esperavam perceberam que o namorado de Rak tinha tornado tensa a viagem para Vegas.

- Como ele está, Vegas? - Time perguntou quando foi retirar a mala.

- Ele ficou muito nervoso e me pôs igual. Ainda bem que viemos juntos. Foi minha melhor escolha nesse caos que ele está vivendo. - A família de Zara ainda não sabe de nada, mas foram informados que Chan passou por uma situação estressante nas últimas vinte e quatro horas e está pronta para acolhê-lo.

- Pol nos preveniu para dar apoio a ele. Se ele precisa de amor, você sabe que mamãe e papai não vão lhe dar menos. - Timd confia nos sogros. Eles o receberam sem fazer perguntas e farão o mesmo com o namorado do sobrinho.

Já estavam no portão do aeroporto e Chan parecia ainda mais nervoso, apressando-os. Time tinha notado as olheiras. Em sua opinião era outro que bateu quatorze horas de vôo sem dormir nada.

- Ele precisa. Precisa desde sempre. De amor, colo e apoio irrestrito. - Vegas completou, apertando os passos.

- Ótimo. Ele terá. Pete ligou agora pouco. Estava preocupado com ele. - Time aliviou o tema, já que se aproximavam do veículo de Tay.

- Pete tem uma alma de ouro. Eu sou muito grato por ter o amor dele, Time. Desde que Pol nos avisou sobre o sumiço de Rak, ele me empurrou para a casa de tia Joly e me apoiou em minha decisão de vir com Chan, sem fazer perguntas.

- Nos casamos bem, amigo. Tem e Tay também me apoiam sempre. - Time tentou dorrir, mas estava tenso.

- Dá para os jovens exibirem seus maridos mais tarde? Temos pressa! - Tay os apressou, solidário a Chan.

O carro seguiu até o hospital com todos calados. Vegas de novo abraçado a Chan. Já no hospital, Chan correu para o quarto de Rak. O rapaz não estava na cama e ele só não surtou porque Tem foi mais rápido que os nervos oprimidos do recém-chegado e avisou:

- Ele está com a mamãe no banheiro, P'Chan.

Minutos depois a porta se abriu e a voz de Rak surgiu:

- Tia, eu posso tomar banho sozinho. - A voz estava rouca e cansada, mas ele tinha um sorriso nos olhos, enquanto olhava para Zara.

- Rak, você não vai convencê-la. Se ela pudesse dar banho em nós três até com saúde, com certeza ela daria. - Tay riu junto com os maridos.

Rak virou-se para ver os dois maridos de Tem e viu Chan. Com os olhos inchados de cansaço e de choro, em nada lembra o homem forte que ele ama. Solidário, nem notou Vegas logo atrás. Sua dor encontrou dor e sofrimento nos olhos e na alma que ele reconhece de outras vidas. E se ele tivesse se precipitado? E se o tal Dim o tivesse enganando?

"Espere aí! Nós ficamos quatro meses na Coréia do Sul e em nenhum momento esse Dim ligou ou foi até lá. Se eles estão em contato, como eu deduzi, não tinha lugar para se verem sem que Vegas e eu os víssemos juntos! Mas tem aquilo de querer ter filhos com uma mulher... Mas Kinn teve e não se casou com ela! Foi inseminação! Como eu fui tão idiota a ponto de fugir sem do menos uma briga!"

O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde histórias criam vida. Descubra agora