30. O retorno do mal

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A charrete corria pela estrada e a mulher sentia o solavanco. Reclamar não estava adiantando, então ela puxou a portinhola para reclamar com o condutor e o viu.

Alto, elegante, rosto jovem, perfil explêndido de homem bem nascido. Nada a ver com o charreteiro de antes. O homem desculpou-se dizendo que o amigo adoeceu e lhe deu a corrida na última troca de animais. Ela não gostou. Havia um som de morte no fim do riso do homem.

Chomp acordou assustada. Nos últimos dias a bela mulher
vinha tendo esses pesadelos. Dessa vez não foi assassinada, mas nas outras noites morria com um tiro de um revólver estranho. E aquele rosto! Ela tem certeza que é o mesmo homem que foi baleado no fórum um ano antes. Mas é impossível aquele homem de sorriso terno, que encantou todo o país, depois de retomar as memórias, pudesse ser dono daquele olhar frio e mortal de seu sonho.

Levantou-se, sabendo que seria impossível dormir de novo. Seus pensamentos lhe garantindo que deveria desistir de ir atrás do jovem Raksh porque de alguma forma ele estava ligado aos sonhos ruins. Mas ela não é mulher de dedistir fácil. Era bom saber que ele estavs ligado à família wue o destruiu. Ela já descobriu que ele é doce e tem empatia para com o próximo.

Ela já tem um plano. Aproximação Reconhecimento. Desabafo. Amizade. Daí para dar o bote nele. A única dificuldade é fingir doçura e feminilidade. Destruir o relacionamento dele seria a coisa mais fácil. O tal Piong Turion Changchan não teria a mínima chance.

O novo trabalho lhe dá a facilidade necessária para se mover e ela sabe de alguns hábitos de seu futuro marido. Pela manhã, depois de algumas horas de trabalho, ele sai para um café solitário no shopping center próximo ao edifício de escritórios.

Um expresso e biscoitos de nata de coco. Depois um latte e uma volta por todo o andar e o retorno ao trabalho. É um dos poucos lugares que ele vai sem aquela família horrorosa.

Tudo bem que da última vez ela dru bobeira e ima bicha louca lhe perguntou porque estava seguindo o amigo dele. Mas ela soube que não era amizade, pois apesar de ambos se saudarem pelo nome, o ser espalhafatoso pareceu ter uma atitude submissa em relação ao seu objeto de desejo.

Pensando nisso, ela tomou seu café e se preparou para de arrumar com esmero. Estava decidida a dar o bote em sua doce caça.

Preparou sua maquiagem com cuidado, escolheu um perfume com ação afrodisíaca, um vestido vermelho próprio para envergonhar todas as mulheres do Continente.

Os acessórios eram seus maiores aliados. Brincos de agata negra, colar de pérolas negras, bracelete de opala também negra e relógio Patek Philippe que por si só vale uma pequena fortuna e um sapato que era uma obra de arte, todo trabalhado em cristais negros e azuis. A bolsa, um tesouro da Channel era outra arma de composição de sua imagem arrasadora.

Não se importou com a hora, simplesmente se preparou para ser o centro das atenções de Wishian Raksh. Era um estupendo primeiro passo e se ela ainda tem sorte na vida, ela o conseguirá no primeiro movimento.

Sua imagem estava mesmo de arrastar infiéis até Buda, mas a rainha da impiedade jamais se renderia a um deus comum. Sua divindade é ela própria. Olhou o espelho e desejou sucesso ao seu plano:

- Sucesso, rainha, porque sorte está reservada aos que não se preparam. - Jogou um beijo para si e saiu de casa.

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O trajeto até o centro de compras foi feito de forma silenciosa. Volta e meia ela sorria para a sua imagem, certa de seu sucesso.

Ao entrar no centro comercial sorriu por dentro, feliz com o burburinho que sua aparição causou. Escolheu a escada rolante que a faria surgir na frente de Raksh e preoarou o melhor sorriso sue esboçaria tão logo chegasse ao andar do café preferido do rapaz.

O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde histórias criam vida. Descubra agora