8. I Still Remember Us

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Seis meses antes da adoção de Sam

A família está toda reunida na casa de Joly Rungrot. Khun Torrent, o pai biológico de Pol, chegou com o filho caçula, Rak e os noivos deram continuidade ao plano.

Pol e Tawan são o motivo dessa reunião. O que eles passaram não foi fácil. Crimes foram cometidos contra os seus amigos, familiares e contra o noivo jornalista, tudo para impedir que os dois ficassem juntos.

Dois continentes envolvidos no processo de juntar dois corações que estão apaixonados há décadas e escolhidos desde a eternidade. Polícia, jornalistas e empresários fizeram uma grande busca de informações e a maior inimiga deles, Same, está destruída.

Same foi ferida após tentar matar Tawan mais uma vez e no desespero, acertar Pete. Depois de condenada, ela conseguiu render os policiais do Tribunal e usar a arma de um deles contra o homem que ela julgava ter roubado sua sorte.

O noivado foi o primeiro evento familiar de grande porte desde que Pete se restabeleceu. Infelizmente o atentado à sua vida o tirou definitivamente das salas de aula e agora ele segue os passos de alguns amigos e abriu um canal de Literatura na internet. É o mais próximo que ele pode chegar dos alunos hoje.

Gun e Nane seguem amando e mimando filhos, sobrinhos e o neto. Assim como todos os membros dessa família bem peculiar.

Joly se assumiu como mãe em tempo integral de Rak e o marido vive de rir de suas fugas do escritório para agradar sua prole.

Khun Torrent pretende voltar a morar em definitivo na Tailândia para ficar perto dos filhos e está em processo de adequação da diretoria internacional. E mesmo que Tom Rungrot não seja da mesma área empresarial, está auxiliando, já que ele e Pete coordenaram muitas mudanças na empresa de segurança da família, quando o pai adotivo de Pol resolveu regressar para Bangcoc.

Foi um momento lindo o do pedido. Mágico até. Todos os presentes ficaram felizes. Mesmo os amigos mais recentes são conhecedores de todas as maldades que se levataram no caminho dos noivos e por isso todos estão alegres. Mas há algo novo no ar.

Momentos antes do belo pedido a casa dos Rungrot foi testemunha de um encontro marcado há centenas de anos.

Vegas, Pete e Venice tiraram Rak da beira da piscina com a desculpa de mostrar algo para o belo jovem e foram para o escritório do tio Tom. P'Chan vinha saindo entretido ao telefone e os qustros se aproximavam em uma conversa despreocupada, sem prestar atenção à frente. O hábito da familiaridade dando aos passos toda a geografia do lar dos pais de Pol. Entretanto a memória geográfica não leva em conta o acaso e menos ainda a locomoção de algo ou alguém movido pelo Destino. E o Destino quis interferir ao seu modo na história de Rak e Chan. O mais velho deles, tendo terminado de enviar o documento que o fez ir ao escritório dos amigos, resolveu voltar para a sala. Pol tinha lhe dito por mensagem, momentos antes, que ia pedir Tawan em casamento e queria sua presença.

Foi nesse ínterim que tudo se moveu. P'Chan saiu do escritório e trombou com a comitiva Theerapanyakul que trazia Rak. Não houve beijos inesperados, toques ou queda. Houve algo como uma parada de tempo e todos naquele corredor a sentiram. O tempo voltou a girar em um ritmo próprio quando as duas vozes esclamaram a mesma pslavra:

- Você? - P'Chan e N'Rak disseram, surpresos. Um perguntando e outro apenas surpreso. Ambos preso em um instante perdido em que suas almas msrcaram esse encontro.

Pete estranhou o reconhecimento e perguntou se eles se conhdciam. Não obteve respostas dos dois homens presos em um só olhar. Vegas e Venice entreolharam-se certos que eram partícipes desse momento.

- De outras vidas, Pete, de outras vidas.

Vegas respondeu, tirando o marido e o filho da cena.

O primeiro movimento já tinha sido executado.

🏺🏺🏺🏺🏺

Chan ficou mexido com aquele encontro. De algum lugar de sua mente surgiu uma imagem que ele reconheceu. Um divã e dois jovens enamorados: Rfk e ele. O problema é a certeza de que aquilo nunca aconteceu ou foi sonhado. O ambiente, a ânfora sobre a mesa, próximo a um cavalete. Um porta-tinta. Um colar de jade. Eram imagens claras e rápidas de um lugar desconhecido, mas que por algum motivo lhe parece um lar.

Os olhos surpresos e depois assustados de Rak grudaram na memória de Chan e ele ainda ouve os passos do jovem o afastando dele. Passos rápidos e trôpegos.

Chan assistiu todo o resto do pedido e as alegres comemorações com o coração apertado. Rak não l procurpu ndnhuma vez com seu olhar.

P'Chan e P'Torrent se irmanaram rapidamente. Passaram muito tempo conversando. Rak fugiu para o colo de khun Joly e a mulher ficou cuidando dele toda carinhosa.

Chan ficou pensando em Rak. Partiu levando seu rosto preso na mente e aquela sensação estranha, como se tivesse abandonado o jovem à própria sorte. E esse sentir era incômodo.

Partiu para sua nova casa, depois de se despedir de todos. Talvez a história de Venice não fosse de todo loucura. Aquele reconhecimento e aquela sensação de renascer que ele teve quando viu o outro foi muito forte e o deixou zonzo. Talvez ele tenha a necessidade de descobrir o que houve entre eles. Talvez ele devesse voltar para a Coréia e nunca mais retonar.

À noite...

Acordou molhado de suor. O sonho ainda fresco em sua mente. O homem que ele viu pintando o quadro da casa de Vegas lhe sorriu, um instante antes dele despertar e lhe disse sincero:

- Eu me lembro de nós...


O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde histórias criam vida. Descubra agora