My dear, dear Lord | Holmesbury

Em busca do Visconde perdido

Para procurar o Visconde, preciso de alguns itens que estão na minha agência, por isso, antes de sair para investigar, preciso passar lá.

Abro a porta, pego o que preciso e logo em seguida ouço o sino da porta, indicando que alguém havia entrado.

— Ahn, olá? Em que posso lhe ajudar?

Era uma jovem de cabelos ruivos e lisos, da minha altura e parecia ser da alta sociedade. Ela estava séria como se tivesse uma informação importante para me dizer.

— Olá. É sobre o Visconde Tewksbury.

— Ah sim. Gostaria de perguntar algo ou me contar? É sobre o desaparecimento dele?

— É sim. Soube que um Holmes está cuidando do caso, então vim aqui para saber se é a senhorita ou Sherlock. Tenho uma informação para passar.

— Sou eu mesma. O que tem para falar?

— Vi o Visconde em um trem, indo para o norte. Parecia que estava tentando despistar alguém. Usava roupas simples e se passava por um carregador de bagagens. Ele subiu no trem e então foi embora.

— Oh, sim. Obrigada senhorita...

— Cecily.

— Obrigada senhorita Cecily, essas informações foram muito necessárias.

Após a sua saída, fui até a estação de trem e peguei o trem para o norte.

Então ele não foi sequestrado, assim como eu imaginava. Mas de quem ele está fugindo? Ele até mesmo se disfarçou, então provavelmente está tentando despistar alguém. Ou, ele está fugindo da responsabilidade. E se ele for só um garoto mimado que não quer assumir o cargo de Lorde? São muitas perguntas sem resposta.

Chegando em meu destino, desci do trem e comecei a andar pela estação, até que esbarrei em alguém.

— Ai! Oh, me desculpe. – Falei com o garoto a minha frente.

— Me desculpe senhorita. Não trabalho aqui há muito tempo. Ainda estou me acostumando com esse emprego. – Ele fala e finalmente posso olhar seu rosto. Ele é bonito e tem uns traços da família do Visconde... Espera um pouco.

— Ahn, me desculpe perguntar e atrapalhar seu trabalho, mas há quanto tempo trabalha aqui?

— Quase uma semana. – O Visconde sumiu há uma semana! E parando para analisar cada detalhe seu, percebi que ele se encaixa quase perfeitamente na descrição que recebi. Só o seu cabelo não se encaixa, pois é curto e na descrição ele é um pouco maior. Mas ele pode ter cortado para despistar alguém.

— Ah sim. Bom, e qual seria o seu nome?

— Ahn, tenho que voltar para o trabalho, desculpe-me. – Ele se virou, contudo chamei sua atenção.

— Sabe algo sobre o desaparecimento do Visconde Tewksbury, Marquês de Basilwether?

— O que? Por que eu deveria saber de algo? – Ele perguntou ainda de costas para mim.

— Não sei. Mas tem algo que deveria ser do meu conhecimento, senhor Tewksbury?

Nesse momento ele se virou assustado.

— Que é você? Quem lhe mandou atrás de mim? Quanto lhe pagaram? Posso pagar o dobro.

— São muitas questões, se acalme. Não quero seu dinheiro. Não faço esse trabalho para ganhar dinheiro, faço porquê gosto. Preciso lhe levar de volta para casa. Sua mãe está preocupada.

— Sinto saudade dela, mas não posso voltar. Estão tentando me matar! Aliás, qual seu nome, senhorita? E porquê está atrás de mim?

— Enola Holmes. – Estiquei minha mão e ele me cumprimentou. – Sou detetive.