A prisão é um lugar frio. É estranho estar em um lugar junto de assassinos, ladrões e pessoas que fizeram todo tipo de barbaridade, quando se é inocente. Três dias presa e nenhum sinal de que serei solta. Me pergunto se minha família está planejando algo e por isso a demora.
Para provar minha inocência, Tewkesbury precisa levar as provas até as autoridades. Então eles precisarão analisar tudo e só então decidirão o que fazer. Mas a espera é torturante.
Estava sentada no chão pensando em como fazer para sair daqui, quando um homem aparece em minha frente. Era um guarda.
– Seu irmão veio lhe visitar.
– O que ele queria? — Pergunto ao me levantar.
– Levar a senhorita daqui. Ele jura que você é inocente. — Ele diz com desdém.
– E ele vai conseguir provar isso.
– Temos provas contra você. Você fugiu da polícia.
– Sou inocente, não queria vir parar aqui, é claro que estava fugindo.
– Por que a polícia estava atrás de você? Eles não perseguem as pessoas só porquê não gostam delas.
– Porque um homem poderoso e mentiroso espalhou uma mentira de que eu era uma ladra, e nesse mundo machista é mais fácil acreditar em qualquer homem do que numa mulher, não é mesmo?
– Nós acreditamos na realidade. Você acabará apodrecendo neste lugar se continuar nos afrontando assim, senhorita. — Ele disse ameaçador, mas isso não me afeta, continuo confiante.
– Quando a verdade aparecer, vamos ver quem estará atrás das grades.
Ele ri e sai, voltando para o lugar de onde veio. É difícil ser otimista quando se está limitada a ficar dentro de um quadrado minúsculo em que você mal consegue andar, e parece que você não sairá tão cedo.
Resolvi ocupar minha mente com planos de como fugir. Talvez na hora das refeições. Não pretendo sair correndo pela prisão até achar uma porta e fugir, isso seria imprudência, mas eles não vão de cela em cela para levar cada preso para a área de refeições, só mandam um guarda abrir as celas e saímos todos juntos. Talvez eu possa me esconder em algum lugar até que todos saiam, e aí sim procuro uma saída.
[...]
Estou esperando o dia inteiro para colocar meu plano em prática. Finalmente chega a hora do jantar e começam a abrir as celas. Quando o guarda finaliza, ele volta para a porta de grade de onde veio e dá a ordem para sairmos. Enquanto todos estão tumultuados tentando passar uns pelos outros, passo na direção oposta e vou até uma porta que vi no fim do corredor. Para minha sorte, a porta estava aberta. Entrei no local e tranquei a porta. Tinha uma janela no local, mas estava emperrada. Procurei objetos ao redor para quebrar a mesma e achei um martelo embaixo da mesa que tinha ali. Antes de quebrar a janela, encostei o ouvido na porta para ter certeza de que não tinha ninguém no corredor para ouvir o barulho. Silêncio. Então fui até a janela, peguei impulso e joguei o martelo, estilhaçando o vidro. Com muito cuidado para não me cortar, passo pela janela e chego ao lado de fora.
– Finalmente livre! — Digo e respiro fundo.
Saio correndo antes que alguém me pegue. Só então percebo o quão sem segurança é essa prisão. Todos os lados têm muro, consigo vê-los, mas não desse lado. Foi tão fácil fugir, como garantem que um assassino perigoso não vai fugir também? Vou ver o que Tewkesbury pode fazer sobre isso.
Enquanto corro, vejo uma carruagem se aproximando e me escondo atrás de uma árvore. Então escuto uma voz conhecida me chamando.
– Enola? É você, meu bem?
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My dear, dear Lord | Holmesbury
FanfictionOnde Enola quer provar a todos do que é capaz, e Tewkesbury a ajuda com isso enquanto a mesma tenta solucionar alguns casos que envolvem o futuro Lorde. •.° "𝘐'𝘮 𝘢 𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵 𝘰𝘣𝘷𝘪𝘰𝘶𝘴𝘭𝘺, 𝘣𝘶𝘵 𝘐 𝘸𝘰𝘶𝘭𝘥𝘯'𝘵 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘭𝘺 𝘮𝘪𝘯...