Eu estou nervosa. Não parei de pensar em Tewksbury em momento algum, desde aquele dia em que fui visitá-lo.
Depois que eu afirmei ser a pretendente de Tewksbury, o casal resolveu ir embora para nos deixar conversando. Porém eu também resolvi ir embora, afinal não conseguiria olhar para meu amigo depois do que falei.
Já tem uma semana desde que isso aconteceu, e eu não falei mais com ele. Entretanto, recebi uma carta dele ontem. Tewksbury disse que desde a minha visita, surgiram boatos de que o "jovem mais bonito da vila" estava pensando em se casar e recebendo pretendentes. Desde então, todas as moças entre quinze e vinte anos, estão querendo visitá-lo. Ele contou que tem passado mais tempo no trabalho para fugir delas, porém os pais de algumas jovens também trabalham nas minas de carvão, e não param de incomodá-lo falando sobre como suas filhas seriam ótimas esposas.
Senti um certo alívio por ele não estar interessado em nenhuma daquelas garotas. Depois da nossa conversa, percebi que um de seus sonhos é formar uma família. Fiquei com medo de que ele se casasse com a primeira moça bonita, ou a primeira que ele achasse interessante. Só então percebi que não gostaria de ver Tewksbury com outra. Estou desde ontem tentando me convencer de que é porquê quero o melhor para meu amigo. Quero que ele ache uma boa moça para se casar, não uma interesseira qualquer. Afinal acabamos de nos tornar amigos, então seria impossível que eu estivesse interessada nele, certo?
Bom, de qualquer forma resolvi escrever uma carta para responder a dele. Assim que termino, entrego nos Correios e volto para casa.
Percebo que não sei como continuar minhas investigações. Então decido fazer algo que quase jurei que não faria: pedir ajuda ao Sherlock. Bom, meu objetivo é falar com ele sem demonstrar que preciso de ajuda.
[...]
Ao chegar em sua residência, entro após ele abrir a porta.
— Veio procurar ajuda?
— Vim para conversarmos.
— O engraçado é que você nunca veio me visitar, a não ser que eu lhe convidasse.
— Percebi que se somos irmãos e temos uma boa relação, deveríamos nos ver mais vezes.
— Se insiste...
Me sentei em seu sofá e ele se sentou ao meu lado.
— Sobre o que gostaria de conversar?
— Me diga: está muito difícil resolver casos ultimamente?
— Não muito. Mas para você parece que sim. Não achou muitas pistas sobre o paradeiro do Visconde? A mãe dele parece muito preocupada.
— Ela está passando por um período difícil. E ainda teve aquela invasão... Bom, de qualquer jeito eu estou quase resolvendo meu caso.
— Por que tem tanta certeza?
— Porque sinto que estou chegando perto, minhas pistas indicam isso.
— Que bom então.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, então continuo a conversa.
— Me explique sua tática para resolução de casos. Parece tão eficaz.
— E realmente é. Bom, não é nada complicado. Eu pego o caso, o analiso, encontro provas, sigo as pistas e resolvo.
— Hum, interessante.
— Está seguindo todos esses passos?
— Acredito que estou presa no último. Não consigo sair do lugar.
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My dear, dear Lord | Holmesbury
FanfictionOnde Enola quer provar a todos do que é capaz, e Tewkesbury a ajuda com isso enquanto a mesma tenta solucionar alguns casos que envolvem o futuro Lorde. •.° "𝘐'𝘮 𝘢 𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵 𝘰𝘣𝘷𝘪𝘰𝘶𝘴𝘭𝘺, 𝘣𝘶𝘵 𝘐 𝘸𝘰𝘶𝘭𝘥𝘯'𝘵 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘭𝘺 𝘮𝘪𝘯...