Fim da linha

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Maratona (1/5)

Dia de colocar o plano em prática.

Depois de me arrumar, vou ao encontro de Tewkesbury e Cecily. Chego no local, porém minha amiga estava sozinha.

– Bom dia. — Digo sorrindo.

– Ah, que bom que chegou. Bom dia. Tewkesbury me disse que ia lhe buscar em casa. Vocês devem ter se desencontrado, eu suponho.

– Sim, não sabia que ele ia me buscar. Bom, é melhor esperarmos.

Conversamos por alguns minutos sobre o plano. Repassamos tudo enquanto esperávamos Tewkesbury. Porém, ele chegou com uma surpresa.

– Quem é aquela acompanhando Tewkesbury? — Cecily pergunta.

Olhei na direção onde a mesma observava o jovem Lorde.

– O que? — Sussurrei. — Olívia?

– Quem é Olívia?

– Uma antiga vizinha de Tewkesbury. Penso que ela tem sentimentos por ele.

– Ah... Mas Tewkesbury tem sentimentos muito fortes por você, ele nunca daria muita atenção para ela. Só deve estar sendo educado.

– Assim espero. — Sussuro novamente.

Tewkesbury logo se despede da garota e vem em nossa direção.

– Bom dia damas. — Diz sorrindo para nós. — Aconteceu algo com o plano? Vocês parecem estar em choque.

– Nada demais. — Respondo desviando o olhar. — A fábrica já vai abrir, melhor eu ir logo.

– Espere... Ah, ali está ela. — Cecily começa a acenar para alguém, e logo em seguida uma garota vem em nossa direção.

– Olá. Vou ajudá-los com o plano.

Olho para minha amiga como se perguntasse: “quem é ela?".

– Bem, você disse que precisava que alguém lhe encobrisse, e eu disse que conheço alguém. Essa é Mae, uma amiga que trabalha na fábrica. Ela vai lhe ajudar para que não a vejam enquanto o plano estiver em ação. — Cecily explica.

– Isso mesmo. Vou distraí-los, então você precisa ficar ao meu lado até que eu fale que pode ir, tudo bem? — Balanço a cabeça em afirmação. — Ótimo. Esses homens tentam acabar com nossas vidas e nos objetificar e escravizar. Estou confiando em você para nos tirar dessa situação e para que mais mulheres não sejam vítimas. Não estrague tudo. — Diz séria apontando um dedo em minha direção.

– Pode confiar em mim. — Apertamos nossas mãos.

Finalmente entramos na fábrica. Começamos o trabalho normalmente, até um momento de distração. Logo o vigia foi brigar com uma garota que “derrubou os fósforos” - na verdade Mae jogou os fósforos que estavam com a garota, de propósito no chão, mas creio que já tenha combinado antes com ela, pelo que notei em suas expressões - e eu corri para colocar o plano em ação. Fui sorrateiramente até o andar de cima, sem olhar para trás. É importante ter foco para ser bem sucedida em algo. Consegui chegar na sala do chefe e logo vi uma mesinha com gavetas. Abri todas e fui procurando as provas do crime. Rapidamente achei algumas folhas que contavam toda a verdade que a população não sabia.

– Que planos terríveis! Preciso levar isso a público rapidamente.

Ao abrir a porta, percebi que o vigia já tinha voltado ao seu posto. Eu não poderia descer no momento.

– E agora? Se me virem aqui irão me prender. Preciso achar outra saída.

Comecei a analisar ao redor. A sala não possuía janelas, e se eu saísse os homens lá embaixo me avistariam. Estava sem saída.

My dear, dear Lord | HolmesburyOnde histórias criam vida. Descubra agora