Maratona (3/3)
Dois dias se passaram desde que Tewksbury me pediu uma resposta, e não parei de pensar nisso nem por um segundo. Nos veremos em breve para combinarmos mais detalhes do nosso plano, e sinto que preciso estar com a resposta para seu pedido.
Não tenho ideia de como reagir. Não quero perdê-lo, mas não tenho certeza sobre o que sinto. Além disso, não acho que tenho tempo para um relacionamento no momento. Não sei se poderia dar a Tewksbury tudo que um relacionamento exige.
Saí para passear e tentar me distrair um pouco de toda toda essa confusão. Ao chegar no parque, encontrei uma conhecida.
– Anne? O que faz aqui? — Perguntei surpresa.
– Enola! Olá. — Ela acenou e logo se sentou ao meu lado no banco. — Estou conhecendo um pouco da cidade. Sempre quis visitar a Inglaterra, então estou aproveitando todo o tempo que tenho, para conhecer cada lugar desse país maravilhoso. Tenho alguns amigos espalhados pelo país, então estou aproveitando para revê-los também. E como vai você?
– Vou bem, obrigada.
– Parece cansada. Aconteceu algo?
– Na verdade sim. Tem um tempo para me ouvir?
– Tenho todo o tempo do mundo.
– Tudo bem. Caso não saiba, eu sou uma detetive.
– Uau, que trabalho incrível!
– Amo o que faço. Bem, há alguns meses peguei um caso para investigar. Era de um Visconde desaparecido. Acabei encontrando esse Visconde, porém o caso não seria tão fácil de se resolver. Precisei escondê-lo enquanto investigava, e o levei até a vila onde nos encontramos da última vez.
– Então vocês se tornaram amigos?
– Sim. Mas... Naquele dia ele se declarou para mim, e eu não soube como reagir. Ele foi compreensivo e não me pressionou. Me disse para pensar com calma. Depois disso, tentei focar em meu trabalho para não ter que pensar em uma resposta para dar à ele. Porém, há poucos dias atrás ele me pediu uma resposta e disse que sofreu muito enquanto esperava que eu dissesse algo. Além disso, também me alertou que o trato como um mero caso, só um objeto de trabalho e não alguém importante. Não sei o que fazer agora. Precisarei me encontrar com ele em breve, mas não sei o que dizer.
– Que situação complicada. Sinto muito.
– Concordo. Já passou por isso com seu namorado? Você me disse que no início as coisas eram complicadas, certo?
– Bem, tecnicamente agora somos noivos.
– Parabéns! Espero que dê tudo certo.
– Obrigada. Mas acho que lhe entendo um pouco. Eu não sabia como agir com Gilbert depois que ele se declarou para mim. Eu acabei o rejeitando e me arrependi dessa decisão. Encontrei alguém que me fazia feliz, mas ainda assim ele não era Gilbert. Algo nele não estava certo. O rejeitei mesmo sem saber se Gilbert me aceitaria. Senti ciúmes dele, me senti culpada, mas no final deu tudo certo porquê decidi arriscar. Acho que deveria fazer o mesmo. Quero dizer, só se você tiver certeza do que sente.
– Eu... Nunca me apaixonei. Não sei como ter certeza se o que sinto é paixão ou confusão.
– Pense nas sensações que ele te traz.
– Como... Alegria, conforto? E também... Meu coração acelera quando estamos perto um do outro.
– Tenho certeza de que é paixão. Você ainda tem dúvidas depois de admitir tudo isso em voz alta?
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My dear, dear Lord | Holmesbury
FanficOnde Enola quer provar a todos do que é capaz, e Tewkesbury a ajuda com isso enquanto a mesma tenta solucionar alguns casos que envolvem o futuro Lorde. •.° "𝘐'𝘮 𝘢 𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵 𝘰𝘣𝘷𝘪𝘰𝘶𝘴𝘭𝘺, 𝘣𝘶𝘵 𝘐 𝘸𝘰𝘶𝘭𝘥𝘯'𝘵 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘭𝘺 𝘮𝘪𝘯...