Alphas

Chapter 43 - Blood Runes

CAPÍTULO 43 – RUNAS DE SANGUE

Segunda feira, dia trinta de novembro – Noite de lua cheia

Seus ombros estavam tensos.

Tenten suspirou, os movendo devagar, tentando relaxar. Tinha passado o dia resolvendo problemas chatos, o que a deixava surpresa. Quem diria que uma cidade tão pequena pudesse ser tão entediante?

Novamente adolescentes bêbados haviam entrado na floresta, mesmo com o toque de recolher as pessoas estavam abusadas, ficando até tarde na rua. O que, tecnicamente, não era um problema, considerando que tinha um feitiço de proteção em volta da cidade, mas mesmo assim ela se sentia irritada.

Era como se eles simplesmente ignorassem suas ordens, e o que a deixava ainda mais puta era saber que se a grande bruxa do norte falasse, todos obedeceriam sem problemas.

Talvez ela devesse contar que seus dois seguranças eram na verdade dois lobisomens temidos. Quem sabe se soubesses que ela andava com os lobos, a respeitassem?

Soltando um suspiro, ela começou a arrumar a mesa enquanto esperava Choji que havia ido buscar comida chinesa para jantarem na casa da bruxa. Essa noite haviam ficado até mais tarde por causa dos jovens estrupidos e inconsequentes, o que justificava seu cansaço.

Bocejando, ela guardou todos os papeis, sobrando apenas uma única pasta preta, que já havia lido mais de cem vezes, tentando achar qualquer pista.

Arrastando sua cadeira, ela pegou novamente o arquivo dos caçadores, folheando mais uma vez. Não tinha nada de novo, e por mais que ela lesse e lesse, não conseguia perceber absolutamente nada de diferente, nada que a fizesse ter uma epifania.

A delegada soltou uma risada, se sentindo idiota.

Por fim, continuo lendo o arquivo, tentando matar o tempo.

O primeiro corpo apareceu em uma cidade pequena, cercada por uma floresta, e desde então corpos continuaram surgindo. Seus olhos se voltaram para as informações, e ela suspirou.

Tenten se arrastou até a tela do seu computador, e então fez o login, abrindo a cidade no mapa.

Não tinha nenhum lobo desaparecido na região, e a cidade não tinha nada de espetacular ou incrível, apenas uma cidade comum, cercada por fabricas e terrenos velhos.

Entediada, ela aproximou a tela até poder ver melhor as redondezas da cidade. Não tinha nada de interessante lá também. Uma antiga fábrica de cimento abandonada desde mil novecentos e bolinha, um celeiro velho caindo aos pedaços, e uma...

Tenten franziu as sobrancelhas, aproximando ainda mais.

Um banheiro?

Porque diabos teria um banheiro no meio do nada?

Ela tentou aproximar mais, porém, o mapa não permitia. Era pequeno demais para ser uma casa, excluído demais para um banheiro, e parecia ser feito de... pedras?

Piscando os olhos, ela se lembrou do altar de sacrifícios, aquela pedra estranha no meio da floresta, que agora não era mais utilizado. Aquela coisa se parecia muito com ela, mas em um formato completamente diferente.

Tenten mordeu os lábios, pegando o celular.

A ligação chamou apenas duas vezes de ser atendia, e ela se sentiu aliviada quase que imediatamente.