CAPÍTULO 48 – DÍVIDA DE SANGUE
Seus olhos estavam pesados, doloridos, cansados demais para abrir. Todo o seu corpo parecia estar dormente, porém, ela não sentia dor, sentia apenas como se estivesse pesada demais para se mover. Sua cabeça não lateja, mas seu cérebro parecia pesar dentro do seu crânio, como se fosse uma maldita bola de boliche.
Tudo estava pesado.
Então era assim que a morte funcionava? Sem dor, sem nada?
Bom, com certeza aquilo era melhor do que antes, qualquer coisa era melhor do que antes. Mas ela devia ter um corpo? Sakura achava que devia ser um espirito, ou algo assim, talvez vagando pela floresta até a próxima colheita, quando sua alma partiria para a próxima vida.
Engolindo o seco, ela se forçou a abrir os olhos, mesmo sentindo sua vista doer.
O teto branco entrou na sua visão, embaçado.
Sakura piscou algumas vezes, tentando focar.
Estava no seu quarto?
Ela observou o ambiente, tudo parecia igual antes, incluindo seus tigres na cama, as cortinas levemente fechadas, a luz da lua inundando aquela pequena fresta no chão. Sakura respirou fundo, movendo-se lentamente na cama, tentando testar se aquela sensação pesada era apenas isso: uma sensação.
Se sentando devagar, Sakura soltou um pequeno gemido de dor. Não, não dor, e sim um desconforto em algumas partes especificas do seu corpo, como se não estivesse completamente curada. Sua cabeça latejou por alguns segundos, e ela se manteve imóvel até aquela sensação passar.
Estava com sede, estava se sentindo suja.
Será que podia tomar um banho de banheira? Um banho bem quente para ver se aliviada seus músculos doloridos? Novamente ela se moveu devagar, testando o próprio corpo. Definitivamente não.
Provavelmente nem conseguiria se levantar, e se por acaso conseguisse, provavelmente cairia no chão. Duvidava seriamente que suas pernas suportariam o peso do seu corpo: no momento, nem mesmo ela o suportava direito.
A luz do quarto se acendeu automaticamente, e ela piscou algumas vezes até se acostumar com a claridade. Tudo estava igual, tudo estava no mesmo lugar de sempre, e mesmo assim ela sentiu como se algo faltasse.
Suspirando, ela fez um carinho nos tigres que abriram os olhos imediatamente, miando em resposta.
Sakura sorriu.
A porta do seu quarto abriu quase que imediatamente, e Sasuke surgiu usando uma camisa preta velha. Seus olhos estavam cercados por olheiras escuras, sua barba estava por fazer, e ele parecia muito cansado, e ao mesmo tempo muito bonito.
Sakura nunca ficou tão feliz de vê-lo como estava agora.
- Bom dia, flor do dia – ela cumprimentou, ignorando sua garganta seca e a sua voz rouca, e então olhou novamente para a janela – Ou boa noite.
Devagar, quase como se não acreditasse, Sasuke caminhou em direção a cama, deixando a porta aberta. Demorou exatamente dois segundos até Naruto aparecer, e então Shikamaru, e o Rock Lee. Gaara e Konohamaru vieram logo atrás, parecendo aliviados.
O Uchiha se sentou na beira da cama, e então olhou para trás.
Naruto fez um sinal com a cabeça que Sakura não soube identificar o que significava, e por fim os olhos negros se voltaram para ela.
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Alphas
FantasiSakura Haruno estava acostumada a se meter em encrenca - afinal, havia crescido em um orfanato -, porém, essa era de longe a pior situação que ela já havia se metido. Sem emprego há duas semanas, sua conta no banco estava completamente zerada, contr...