Chapter 36 - Akatsuki

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CAPÍTULO 36 - AKATSUKI


Não havia nenhum alfa desaparecido.

Isso era algo bom, e ao mesmo tempo algo ruim. Na noite anterior – se é que podia ser chamada assim, considerando que em nenhum momento o sol nasceu e agora o relógio marcava quase sete da noite – Sakura conversou com um número absurdo de lobisomens, e seus próprios lobos fizeram uma pesquisa. Haviam dois novos alfas prontos para serem nomeados, porém, seus antecessores estavam bem vivos, então havia sido um beco sem saída.

O que eles tinham, portanto, era um alfa errante sem matilha, porém, isso não fazia o menor sentido. Como um lobo solitário poderia ser alfa? Sakura havia feito sua pesquisa, e só haviam poucos modos de um lobo se tornar um alfa. O natural era por linhagem, exatamente como o Sasuke e o Itachi, cujo o pai era um alfa, conhecidos como alfas legítimos. Também havia a opção de desafiar o atual alfa e lutar, caso ganhasse conseguia absorver o poder do antigo alfa e se tornar o novo líder. Existia o alfa por mérito, que eram lobos comuns transformados em alfas em um ritual sagrado, que ocorria principalmente quando uma matilha não possuía nenhum alfa, seja por falta de herdeiros ou qualquer outro motivo.

E existia o alfa de sangue.

Essa era uma prática proibida entre os lobos, pois significava assassinar um alfa e comer seu coração. Não existia nenhum registro dessa prática nos últimos trezentos anos, o que não facilitava muito as coisas.

- E agora? – perguntou a casa.

Sakura não obteve nenhuma resposta. Parada em frente ao espelho a bruxa observou o vestido azul que usava. Talvez azul não fosse a descrição exata, considerando que era muito claro, em um tom quase imperceptível a olho nu.

O segundo dia da colheita estava começando, e ela não tinha a mínima ideia do que fazer para descobrir sobre o alfa errante.

Ou sobre o que os elfos guardavam.

Hinata havia desaparecido junto a Tenten desde a noite anterior, e haviam tantas pessoas querendo falar com ela que ficava difícil investigar qualquer coisa. E os lobos tinham tido tanta sorte quanto ela.

A verdade era que seu plano era uma merda, e ela não tinha a mínima ideia do que fazer agora.

Se pelo menos soubesse o que os caçadores estavam escondendo sua vida ficaria bem mais fácil.

A cor do primeiro dia era branco, que representava o primeiro dia da última batalha, que representava a pureza da deusa da lua antes de todo o sangue ser derramado.

No segundo dia se usava azul claro, exatamente como a chuva que desabou dos céus para impedir as chamas negras de se espalharem.

No terceiro dia a cor era verde, igual a grama antes de ser manchada de sangue.

No quarto dia a cor era cinza, igual ao exército queimado pelas chamas do inferno.

No quinto dia a deusa da lua puxou de volta a alma dos mortos e levantou seu exército mais uma vez, e por isso se usava rosa, que representava as cicatrizes nos corpos dos mortos.

No sexto dia se usava vermelho, pois foi o dia em que todo o campo se banhou em sangue.

E por fim, no sétimo dia a cor era preta, representando as trevas que foram derrotadas junto ao seu senhor.

Sete dias, sete cores diferentes, representando a última batalha do milênio, quando a humanidade havia sido salva. Ou pelo menos era isso o que seu único e solitário livro sobre os costumes e tradições dizia. Esse era o mais perto que ela tinha chegado de entender a colheita, e se olhando no espelho Sakura só conseguia imaginar como tinha sido o segundo dia da guerra. Ela duvidava muito que essa cor representasse bem a chuva, pois na sua cabeça devia ser um maldito temporal para evitar as chamas negras.

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