𝐐𝐔𝐀𝐑𝐄𝐍𝐓𝐀 - 𝐍𝐎𝐕𝐄

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𝐍𝐎𝐌𝐄

Momento do sequestro :

Não mexe .. — o cara fala calmo quando tento abrir a porta. — Ou vou ter que te drogar.

— Me deixa sair por favor ! — as lágrimas já começaram a se formar.

— Não posso te deixa sair desculpa — ele fala calmo e eu engulo em seco.

Pego minhas chaves de casa que está no bolso. Procuro a chave que é mais pontuda. Aperto com a minha mão e ele volta a dirigir. O celular dele toca e ele atende, apenas para informar que estava chegando e que faria a troca. Eles iam me matar.

Estava esperando o momento certo para tentar fugir. O carro estava travado e eu não conseguia abrir a porta. Ele me olha pelo retrovisor e me dá um sorrisinho. Meu estômago embrulha. Mas tento não transparecer meu medo. A estrada deserta e de terra, me pergunto se ele vai se sentir culpado se algo acontecer comigo. Eu espero que não.

Assim que ele parou o carro, olhei em volta para ver se vejo algum sinal de alguém e não vejo. Agora é a hora. Me jogo para a frente e enfio a chave em alguma coisa.

— Sua filha da puta — o cara berra e eu vejo que acertei no canto da bochecha, deveria ter acertado no olho.

Destravo a porta e ao sair do carro eu caio. Mas me recomponho rápido e começo a correr. Ele sai do carro e começa a vir atrás de mim berrando. Continuo correndo. E um estava entrando em desespero. Não tinha nada nessa estrada.

— Volta aqui sua vagabunda — ele grita e eu tropeço e vou para o chão, tento me recompor rápido mas ele me segura — te peguei.

— Me solta — começo a gritar e debater nele — Seu porra, socorro.

— Não adianta gritar princesa — ele coloca um pano na boca e nariz — Bons sonhos.

[...]

Mexo a mão e sinto ela presa uma na outra, balando e som da corda, abro os olhos e a primeira coisa que eu vejo é uma menina deitada na minha frente, a calcinha dela está no tornozelo e seu vestido rasgado no decote. Olho em volta também tem outras meninas mas algumas sentadas no chão chorando outras olhando para o nada.

— Oi ! — uma voz germino feminina ao meu lado me chama atenção.

— Oi — respondo uma mulher — Aonde estou ?

— Rússia .. estamos aguardando pra ver pra que país iremos. — arregalo meus olhos — Você não faz ideia do que estou falando né ?

— Não— falo sentindo meu queixo tremer.

— Fomos vendidas, cada uma aqui vai pra um lugar.. fomos traficadas — arregalo meus olhos e quando ia falar algo a porta é aberta e três caras entrando.

— A cara, pelo menos arruma ela quando você comer. — ele aponta pra menina e revira os olhos e quando olha pra mim tudo em mim gela.

— É ela ? — outro cara fala e abre um sorriso.

— Putinha do Hajime — ele da risada — Leva ela ..

— Espera, me leva para onde ? — tento me debater mas o cara é mais forte.

— Não testa minha paciência porra — ele fala com o rosto milímetros do meu. — Você não está em condições de escolher — ele fala no meu ouvido — Já que agora é uma putinha qualquer.

O desespero de ouvir as palavras desse cara me toma. O que eles iam fazer comigo aquilo sim me assustava. Se fossem só me matar .. fecho meus olhos tentando impedir a lágrima de cair, mas foi tolice. Quando senti minha bochecha molhar e a risadinha dele. Eu sabia que eles tinham o que queriam naquele momento.

I wanna F*ck you | Hajime KokonoiOnde histórias criam vida. Descubra agora