I wanna F*ck you | Hajime Kokonoi

N o v e

[Nome]

Estava em um catálogo. Ou melhor, fazendo as fotos para um catálogo de lingerie, como da última vez. Para ser mais clara.. o mesmo cliente. Estou com Kallie, na última rodada de fotos. Vi por canto de olho Kokonoi entrar no estúdio e indo pro fundo. Continuei fotografando até que chegou ao fim as fotos, que por sinal Takuya disse que estava ótimo.

Tudo do nada ficou em silêncio, e escuto a voz da Maggie. Veio buscar a Kallie ? Já suspeitava que tinha rolado algo entre os dois. Afinal, o Kokonoi tem cara de ser pegador. Ele me olha meio sem graça, e entendo. Normalmente algumas meninas achariam ruim, mas eu acabei de conhecer ele. Então não ligo o que ele faz ou deixa de fazer. Takuya me chama para mostrar as fotos. Eu coloco o roupão branco. E, Kallie sumiu. Acho que já foi se arrumar. Acredito que Kokonoi esteja esperando ela.

- Essa é a minha preferida. - ele fala me mostrando as fotos. - Quer dizer, todas estão lindas.

- Obrigada Takuya. - olho para ele e umedeço meus lábios involuntariamente, e ele olha automaticamente para os meus lábios. Acabou que ficou um clima entre nós. Mas foi interrompido.

- Não vai se arrumar ? - Kokonoi me pergunta, e interrompe o que estava rolando entre eu e o Takuya - E ai Takuya.

- Kokonoi. - Takuya sorri simpático - Veio buscar a Kallie ? - ele pergunta pro Kokonoi, e eu só o olho.

- Na verdade. - ele aponta pra mim - Vim buscar ela pra jantar. - Takuya fica sem graça.

- Não sabia que estavam juntos. - Takuya murmura.

- Na verdade, só saímos uma vez. - umedeço meus lábios. - Estamos nos conhecendo.

- Entendi. - ele força um sorriso. - Bom, vou ver se vamos ter novos catálogos com esse cliente.

Takuya sai, e Kokonoi vai pra minha frente com as mãos no bolso. Mas não demora nada para as mãos dele ir pra minha cintura e me puxar para mais perto. Com nossas bocas milímetros uma da outra, fecho meus olhos ao sentir tocar a minha. Sua boca macia e sua língua, cacete, entendo porque muitas modelos caem aos pés dele. Quando sua mão ia para minha bunda, dando uma apertada, dou risada no beijo e me afasto.

- Aonde vamos pegador de modelo ? - pergunto e ele suspira.

- Um restaurante. - ele olha o celular - Ainda não me decidi.

- Tudo bem. - vou vestir uma roupa. Pisco para ele me virando e ele me puxa pelo braço e me dá mais um beijo.

Vou até a sala aonde fica as modelos, Kallie estava sentada na janela. Posso dizer que ela está bem arrumada, ela não me olha ao entrar, mas juro que tenho a sensação de ela estar com raiva de mim, o que me deixa intrigada, já que ela nunca mencionou que era afim dele ou ficava com ele. Então não tenho culpa nisso. Não digo nada, apenas dou o espaço necessário e pego minha roupa no armário, estou com uma calça jeans justa e simples e uma regata branca. Coloco minha jaqueta jeans e por sorte já estava maquiada do ensaio. Quando estava prestes a sair, Kallie resolveu falar.

- Coloca algo mas elegante. - ela fala sem me olhar. - Calça jeans e regata não combina a onde ele vai te levar. - esqueci, ele já fez isso com ela.

- Estou confortável assim. - falo e sorrio fraco.

Saio e vou até o Kokonoi que está conversando com a Meggie. Ela me olha de cima abaixo, e parece que eu cometi um assassinato ao mundo da moda. Mas não fala nada, paro ao lado dele e ele se despede de Meggie com um abraço e ela me dá um beijo no rosto. Saímos de onde está tendo as fotos e vamos até o carro dele.

- Você gosta de comida japonesa ? - me pergunta ao entrarmos no carro e colocar a mão na minha coxa - Tem um restaurante que só fui com meus amigos de trabalho. - porra ele fala como se trabalhasse em uma empresa e fosse tudo da lei. - E acho que você vai gostar.

- Gosto de comida japonesa sim. - falo e sorrio - Mas eu quero te levar em um lugar, pode ser ? - ele me olha surpreso.

- Tudo bem. - ele fala e liga o carro.

O caminho foi um silêncio, mas o tempo todo a mão dele estava na minha coxa apertando. Tinha colocado o endereço no eazy para ele seguir, e conseguia ver a interrogação na testa dele, mas também não queria que ele pensasse, que precisa ficar me levando em restaurantes caros e toda essa frescura. Então, ele me olha com a boca aberta ao ver aonde estávamos.

- Você me trouxe em um lugar pra comer lanche ? - me pergunta com indignação.

- Aqui tem as melhores batatas de Paris. - ele da risada. - Você vai adorar.

- Tudo bem. - ele fala entrando no carro novamente. - Mas vamos comer no carro. - concordo com a cabeça e entro novamente e fomos para o fila do Drive.

Chegamos na nossa vez de pedir, e eu pedi um combo triplo bacon e uma batata chegada com cheddar e pedacinhos de bacon por cima e uma coca-cola. Kokonoi pediu o mesmo. Ficamos um olhando para o outro até entregarem nosso pedido pela janela. Meus olhos brilhavam e minha boca até salivava de desejo. Sempre como a batata primeiro e depois o lanche e Kokonoi também fez isso. Ele disse que foi muito caro pra desperdiçar um pedaço que seja.

- Você é a primeira modelo que eu vejo comendo assim. - olho para ele e limpo minha boca para falar - É daquelas que comem e não engordam ? Apesar que você tem um corpo muito bonito.

- Eu engordo sim. - respondo tomando minha coca - Mas não me privo de comer só por conta de ser modelo. Claro, a maioria dos dias são dietas e treinos, mas como lanche ou besteiras quando sinto vontade.

- Por quê não me deixou levar em um restaurante ? - me pergunta tomando a coca.

- Porquê acho desnecessário. - falo dando de ombros - Sendo que pra mim, fazer isso. - aponto para o lanche - É mais divertido.

Ele não fala nada, apenas me olha e sorri. A música moonlight Chase Atlantic começou a tocar e eu voltei a comer meu lanche e encarar a visão do estacionamento da lanchonete a minha frente. Voltei meu olhar para o Kokonoi que continuava a me olhar. Estreito minha testa e termino de tomar a coca.

- Por quê está me olhando assim ? - pergunto e ele se aproxima.

Coloca a mão no meu pescoço pela nuca e me puxa, colocando nossos lábios, em um beijo calmo, que termina com um selinho um tanto demorado. Ele se afasta e pega as embalagens do lanche, saindo do carro e jogando em uma lixeira que tinha perto, voltou para o carro o ligando.

- Vamos pra minha casa. - ele fala e eu concordo.